sexta-feira, 31 de maio de 2013

Católicos e amigos cantam juntos para apoiar a população LGBT nos Estados Unidos. Cantam para celebrar boas novas do amor de Cristo. Composto por David Lohan !


'La vie d'Adèle', filme lésbico vencedor do Palma de Ouro, virá ao Brasil


A história de amor entre duas mulheres, retratada em "La vie d'Adèle", exibe cenas tão apaixonadamente declaradas que deixaram os presentes do Festival de Cannes surpresos e boquiabertos, segundo divulgam os sites de notícias. O sobressalto maior veio com a coroa do Palma de Ouro na categoria "Melhor Filme".

Graças ao ineditismo do fato -- as imagens picantes de sexo lésbico exibidas no Festival de Cannes, o  prêmio e as três horas de duração da película -- vários países, entre outros, o Brasil, o México, a Colômbia e a Espanha compraram o direito de exibição, após a repercussão de Cannes.
Conforme divulgou na última terça-feira (28/05) Brahim Chioua, diretor-geral da Wild Bunch (produtora), 'La vie d'Adèle' já havia sido vendido antes para muitos outros países, principalmente da Europa. O filme será também distribuído no Canadá, Hong Kong, Coreia, Nova Zelândia, Rússia, e há negociações em curso na Venezuela, Peru, Bolívia, Equador e Argentina, complementou.
Abdellatif entre Lea e Adèle em foto na 66ª edição do Festival de Cannes, França, 23 de maio, 2013 (Xinhua/Gao Jing)
O filme
Dirigido pelo franco-tunisiano Abdellatif Kechiche (gente, que nome!), é baseado na história em quadrinhos ("HQ") "Le bleu est une couleur chaude", escrita e desenhada em 2010 pela francesa Julie Maroh. Aborda o despertar sexual e a paixão de uma adolescente por uma jovem de cabelos azuis, vivida por Adèle Exarchopoulos (19 anos), excepcional no papel da estudante de 15 anos que descobre o desejo ardente depois que conhece Emma, interpretada por Lèa Seydoux.
"La vie d'Adèle" usa uma técnica um tanto inovadora e curiosa com o objetivo de deixar o público também apaixonado pela principal personagem. Durante a exibição, os lábios da atriz Adèle Exarchopoulos são constantemente evidenciados em 'closes', seja falando, dormindo, comendo ou beijando sua parceira.
"O que vocês viram na tela, nós fizemos", disparou Lèa, emocionada. Há uma verdade maravilhosa em um trabalho tão realista. Em diversos momentos, eu até esquecia que havia uma câmera nos filmando." Sua colega Adèle confirmou. "As cenas foram surpreendentes, porque não seguimos nenhum roteiro. Era tudo improvisação, um trabalho de meses entre os atores".

'Façam HQ, é legal'
Em seu site oficial, Juilie (a criadora da HQ) publicou uma mensagem de agradecimento e incentivo aos que se interessam pelos quadrinhos:
"Obrigada a todos por suas mensagens de hoje. Eu não tenho palavras para descrever a magnitude do que passei por algumas horas. Eu sei que muitos estão à espera de um comentário meu sobre o filme. Eu já vi duas vezes. Vou comentar mais tarde (...).  Mas obrigada novamente. Façam história em quadrinhos, é legal".

Trailer


Fonte:
http://www.identidadeg.com.br/2013/05/989-laviedadele-filme-festivaldecannes-Brasil.html#more

“Os jovens são a grande maioria das vítimas dos casos de homofobia no Brasil”, diz presidente do Conjuve

Novo presidente do Conselho Nacional da Juventude, Alessandro Melchior, atua no movimento LGBT desde 2008

Por Marcelo Hailer

Há duas semanas, o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) elegeu o seu novo presidente, Alessandro Melchior, 26. Melchior iniciou a sua trajetória política no movimento estudantil secundarista, na UMES- São José do Rio Preto. Posteriormente atuou como gestor municipal e teve os primeiros contatos com a agenda política internacional da juventude, através da Unidade Temática de Juventude da Rede de Mercocidades, que reúne prefeituras de diversas cidades do Mercosul.

Alessandro Melchior: “Estamos entrando hoje em um novo ciclo de políticas públicas de juventude” (Foto: Divulgação)

Em 2008, Alessandro Melchior iniciaria a sua atuação no movimento LGBT e, já em 2009 assumiria a Coordenação da Juventude da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis), representando esta instituição desde 2010 no Conjuve. Em seu primeiro mandato foi representante na Reunião Especializada de Juventude do Mercosul, no segundo mandato integrou a Coordenação da Comissão de Acompanhamento de Políticas e Programas.
Na entrevista que você lê a seguir, Alessandro Melchior se diz contrário à política de internação compulsória aos usuários de drogas, a qual ele classifica como “higienista”. O novo presidente do Conjuve também é categórico ao afirmar que hoje os “jovens são a grande maioria das vítimas dos casos de homofobia no Brasil” e que vivemos, atualmente, um “verdadeiro genocídio da juventude negra e da periferia”.

A partir de sua experiência com a militância política, qual a demanda que você considera mais urgente à juventude?
Precisamos parar, imediatamente, de exterminar os nossos jovens. Temos um verdadeiro genocídio da juventude negra e da periferia, com responsabilidade social e estatal, não apenas pela omissão, mas também pela ação. Nossos índices, em diversos casos, são próximos aos apresentados por países em estado de guerra. Darcy Ribeiro dizia em um de seus textos que o Brasil sempre foi, e ainda é, um moinho de gastar gentes. Se ele vivesse hoje, diria que o Brasil é um moinho de gastar jovens.

Em seu ponto de vista, o que difere a eleição de um presidente oriundo do movimento LGBT ao Conjuve?
Isso, entre outras coisas, exemplifica a capacidade de diálogo com os outros movimentos sociais que o movimento LGBT adquiriu no período recente. Não apenas com os movimentos sociais, mas nossa eleição também foi fruto de um diálogo sincero com os vários ministérios e outras organizações da sociedade civil. Obviamente, também foi uma resposta à sociedade e à institucionalidade, considerando o momento que vivemos no Brasil.

Desde 2010 o Brasil vive um cenário de forte embate político entre setores fundamentalistas e progressistas. Acredita que os discursos de ódio proferidos pelos parlamentares e pastores atingem de maneira mais forte os jovens? Visto que muito deles nem do armário saíram ainda.
Não só no âmbito da homofobia. Esses discursos de ódio têm atingido a juventude de forma geral. Eles têm incentivado a perseguição às culturas indígenas, queimando templos religiosos no centro-oeste, impedido os avanços para garantia de mais direitos às jovens mulheres, apoiado a política de drogas falida que temos hoje e agora fortalecem a ideia de criminalização da juventude, por meio da defesa da redução da maioridade penal. E, infelizmente, eu vejo que nós, os progressistas, estamos perdendo terreno na luta institucional. Tem muita gente que veio da banda de cá, que está tocando do outro lado, sendo cooptado e defendendo o que esse ‘Eixo do Mal’ representa. Estou falando de parte do núcleo duro do governo federal e da timidez, pra não dizer outra coisa, das bancadas mais progressistas do Congresso.

Como você colocaria a pauta LGBT no âmbito da juventude?
A situação de violência em que vive a juventude LGBT é comum a de outros setores. Mas a resposta não. Então, em primeiro lugar, é preciso avançar no sentido de confrontar essa realidade. Relatório do Governo Federal, da Secretaria de Direitos Humanos, revela o que o movimento LGBT vem dizendo há muito tempo, os jovens são a grande maioria das vítimas dos casos de homofobia no Brasil. Por isso é preciso cobrar atitude do Governo Federal, dos Estados e Municípios. Nessa mesma linha precisamos incidir mais no Legislativo e temos disposição para isso no Conselho. Em relação à juventude, especificamente, é importante que os jovens atentem que, os mesmos que atacam hoje a liberdade sexual e a cidadania LGBT, são os que defendem restrição de liberdades em geral, menos participação política e menos direitos para o povo brasileiro. Essa galera está unida do lado de lá.

Ultimamente as políticas de internação compulsória para cidadãos usuários de drogas têm sido adotadas por alguns governos. Qual é a tua posição sobre este tema?
Essa é uma das expressões de um movimento mais amplo contra as liberdades democráticas. Eu sou contra esse absurdo neofascista. Você não interna ninguém compulsoriamente. A história tem mostrado, inclusive, que quando isso surge, é para limpar a sociedade, numa lógica higienista em que entram pobres, negros, prostitutas, homossexuais, travestis, usuários de drogas e outros. Além do que, quem defende isso aí não quer saber de fortalecer os CAPS AD, os equipamentos e a política pública de saúde, quer é jogar dinheiro público para ser lavado nas comunidades terapêuticas do fundamentalismo religioso.

Você é a favor da liberação e descriminalização das drogas? Fale sobre isso.
Sim. Sou favorável. Assim como a sensatez e o bom senso também são. A Organização dos Estados Americanos se posicionou recentemente sobre a necessidade de uma nova política de drogas e vai realizar um seminário em junho para debater o tema. O Governo dos Estados Unidos começou a reconhecer a falência da política atual. Por quê? Porque ela não funciona, porque ela, com a criminalização da venda, cria uma reserva de mercado ao crime organizado, que sustenta o sistema financeiro internacional e financia a política pelo mundo afora. Em 2008, quando estourou a crise financeira que ainda assola o mundo, quase US$ 400 bilhões de dólares foram lavados pelo sistema bancário, o que representou 1/3 das perdas com a crise. Alguém realmente acredita que a maconha causa mais danos à vida da juventude que o álcool? Vamos pegar os dados de mortes no trânsito, violência causada pelo consumo de álcool. Acredito que ainda teremos maturidade para debater esse tema com o nível de densidade que ele precisa, não com o preconceito atual ou com o medo que permeia o Governo nesse assunto.

O que você achou da medida do CNJ que normalizou a união igualitária nos cartórios?
Achei importante e necessária. Ela mostra que os avanços têm de vir de algum lugar. Por outro lado, mostra como essa pauta, especificamente, tem mais facilidade de compreensão no âmbito do Poder Judiciário, que no Legislativo e Executivo. Só fico triste quando alguns avanços da cidadania têm de vir por um poder que não seja o político. Mostra que a política brasileira ainda tem problemas em entender o que é cidadania e igualdade de direitos.

Os jovens estão perto ou longe dos partidos políticos?
Não dá pra falar nessa abstração. Alguns partidos são os preferidos pela juventude brasileira, por conta da afinidade programática e ideológica. Outros são partidos velhos, de ideias e de pessoas. Alguns têm garantido mecanismos de renovação geracional, o que empodera o jovem na estrutura partidária, fortalece os espaços de organização juvenil no interior do partido também. Mas como melhorar esse cenário? Com uma reforma política que estimule a participação do jovem e do povo brasileiro, que permita que o Executivo e o Legislativo estejam mais próximos de representar a diversidade que nos caracteriza como nação. Pessoalmente posso dizer que o meu partido não é um coração partido. Tenho lado.

Em relação ao governo federal, como você avalia as políticas para juventude?       
Estamos entrando hoje em um novo ciclo de políticas públicas de juventude, com a consolidação dos espaços de controle social e gestão no Governo Federal, respectivamente o Conselho Nacional de Juventude e a Secretaria Nacional de Juventude. Com a aprovação do Estatuto da Juventude e a sanção posterior da presidenta Dilma, teremos no horizonte a possibilidade de construir um Sistema Nacional de Juventude que consolide essa como política de Estado, com estruturas, responsabilidades de todos os entes federados, orçamento. As políticas que tem sido tocada têm se mostrado importantes. Hoje temos o Juventude Viva, de enfrentamento à mortalidade da juventude negra, um programa bem estruturado, planejado e articulado, que precisa de mais envolvimento dos Estados e municípios. A atualização da Política Nacional de Juventude e Meio Ambiente, a criação de equipamentos de referência territoriais, as Estações da Juventude. Por outro lado, programas essenciais como o Projovem Urbano e Trabalhador tem sofrido dificuldades. Os Pontos de Cultura estão abandonados e a Aids tem avançado sobre a juventude sem qualquer resposta eficiente e corajosa do Governo. Mas no geral, podemos tranquilamente dizer que nos últimos dez anos o Governo Federal deixou de entender essa como uma pauta marginal. A prova disso é que ela só passou a ser tratada como política pública justamente nesse período.

Ilustradores Franceses se unem contra a Homofobia




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Conhecido como Projet 17Mai, nome dado em razão do dia internacional do combate à homofobia, o projeto criado pelo desenhista Pochep em 2012 reúne grandes nomes das artes do país, como Julie Maroh, cuja HQ Le Bleu est Une Couleur Chaude inspirou o filme La Vie D’Adèle, que acaba de ganhar a Palma de Ouro em Cannes.

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Eis uma genial resposta de ilustradores e quadrinistas contra a onda homofóbica que ganhou força na França – as denúncias de agressões estão aumentando no país, segundo associações de direitos humanos, em razão dos protestos contra a lei que garante aos homossexuais o direito de se casar e adotar crianças,  aprovada definitivamente pelo Parlamento em abril.
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O nosso objetivo é promover a reflexão. Queremos oferecer várias visões e abordagens que sirvam como referência dos males provocados pelo preconceito, mesmo que ele seja, como é em grande parte, enrustido”. O projeto virou livro – comercializado pela Amazon – e exposição itinerante – está agora na Association Rimbaud, em Lyon. Todo o lucro com as vendas e ingressos é revertido para a ONG SOS Homophobie. Confira alguns dos trabalhos produzidos:
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Fonte:

Glória Pires vive arquiteta lésbica no filme “Flores Raras”. Veja trailer:


Nas décadas de 1950 e 1960, a poetisa americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto) e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires) vivem uma história de amor. Bishop era uma mulher frágil, alcoólatra, que ganhou forças com as perdas em sua vida. Lota, por outro lado, era uma pessoa confiante e otimista, que se fragilizou com a perda do seu grande amor.


Um Filme de Bruno Barreto




Repúdio à suspensão de Editais para criadores negros reúne produtores culturais em diferentes estados

Data: 31/05/2013
Em São Paulo na segunda-feira (03/06), na Bahia sexta (07/06). Série de encontros já aconteceu no Rio de Janeiro e terá ainda participação de agentes culturais de Pernambuco e Maranhão para debater a suspensão dos Editais de fomento à arte e cultura afro-brasileira lançados pelo MinC em parceria com a SEPPIR

Produtores se reúnem em São Paulo (03/06), Salvador (07/06), Pernambuco e Maranhão

Produtores culturais, artistas e militantes do movimento negro reunidos pelo fim das práticas racistas no campo das artes e da cultura afro-brasileira. É a proposta da série de reuniões que acontecem no mês de junho, em diversas cidades brasileiras, a começar por São Paulo/SP (03/06) e Salvador/BA (07/06).

A Fundação Cultural Palmares (FCP) participa dos debates, em resposta aos anseios dos setores culturais organizados, para discutir a liminar que suspendeu os editais lançados pelo Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), destinados a produtores, criadores e pesquisadores negros.

Hilton Cobra, presidente da Fundação Palmares, avalia positivamente a mobilização das organizações sociais, em especial as do Movimento Negro, para debater o tema. Para ele, essa posição reafirma a busca por uma política cultural justa, inclusiva e verdadeiramente democrática. ”A FCP se une à gente negra brasileira para refletir sobre o significado de mais uma ameaça às políticas por equidade racial, buscando soluções para o impasse da suspensão dos editais para criadores negros do MinC/SEPPIR. Estou certo que sairemos vencedores dessa batalha”, expôs Cobra.

Para a ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial), “a decisão judicial demonstra que a vitória jurídica obtida no STF (Superior Tribunal Federal) deverá ser seguida por uma outra batalha, a ideológica, até que as ações afirmativas sejam entendidas como necessárias em todos os campos da vida social, e não apenas na educação”.

Até o momento, estão confirmadas as agendas em São Paulo, para segunda-feira (03/06), e Salvador sexta-feira (07/06). Os encontros nas demais cidades estão em fase de articulação.

Primeiro encontro
– Os debates tiveram início no Rio de Janeiro, no último dia 23/05, com a presença de Hilton Cobra, lideranças do movimento negro carioca, artistas e agentes culturais negros. No encontro foi decidido que o Movimento Akobem, em nome de todos os participantes, irá solicitar uma audiência com a ministra Marta Suplicy, no Rio de Janeiro, com o objetivo de discutir caminhos para revogar a decisão da Justiça Federal pela suspensão dos editais.

Agenda

São Paulo/SP

Data: 3 de junho de 2013
Horário: 19 horas
Local: Funarte, Alameda Nothmann, nº 1.058, Auditório MinC, Campos Elíseos – São Paulo.

Salvador/BA
Data: 7 de junho de 2013
Horário: 19 horas.
Local: Biblioteca Pública do Estado da Bahia: Rua General Labatut, 27, Barris, Salvador-Bahia
Mais informações: (71) 8886.6706; e-mail: performancenegra@gmail.com


Com informações da Ascom FCP

Fonte:

IV Encontro Nacional Rede Mocambos

MENINO DE 6 ANOS TRANSSEXUAL


Legisladores da Nigéria aprovam lei antigay 1

Camillus Eboh
De Abuja

A Câmara dos Deputados da Nigéria aprovou nesta quinta-feira (30) lei que torna crime o casamento gay, "relacionamentos amorosos" entre pessoas do mesmo sexo e mesmo a adesão a grupos de direitos gays, desafiando a pressão das potências ocidentais para respeitar os direitos de gays e lésbicas.
O projeto de lei, que contém penas de até 14 anos de prisão, passou no Senado da Nigéria no final de 2011, mas o presidente Goodluck Jonathan deve aprová-lo antes que se torne lei.

Dois projetos de lei semelhantes foram propostos desde 2006, mas esta é a primeira vez que foi aprovado pela Assembleia Nacional.

Um porta-voz da presidência não respondeu a um pedido de comentário.

Como em grande parte da África subsaariana, o sentimento anti-gay e a perseguição a homossexuais são comuns na Nigéria, de modo que a nova legislação deve ser popular.

Sob a atual lei federal nigeriana, a sodomia é punida com prisão, mas esta lei caminha para uma repressão mais ampla sobre os homossexuais.

O Reino Unido e outros países ocidentais têm ameaçado com o corte de ajuda internacional, o que tem contribuído para retardar ou inviabilizar a aprovação desse tipo de legislação em países dependentes, como Uganda e Malawi.

Mas as ameaças têm pouca influência sobre a Nigéria, cujo orçamento é financiado pela produção de 2 milhões de barris de dólares por dia.

"As pessoas que entram em um contrato de casamento do mesmo sexo ou união civil cometem um crime e são passível de condenação a uma pena de 14 anos de prisão", diz o projeto de lei.

"Qualquer pessoa que se registre, opere ou participe em clubes gays, sociedades e organizações ou faz, direta ou indiretamente, demonstração pública de relacionamento amoroso de mesmo sexo na Nigéria comete um delito, devendo cada um ser passível de condenação a uma pena de 10 anos de prisão."

Fonte:

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Mulheres se unem contra violência de gênero no Facebook

Grupos feministas forçam a rede social a revisar sua política contra conteúdos ao pressionar anunciantes a retirar propagandas do site
por Gabriel Bonis publicado 29/05/2013 16:17, última modificação 29/05/2013 16:33  
 
Foram poucos dias até que o Facebook cedesse à pressão de um viral espalhado pela internet na última semana. Uma carta aberta à cúpula da maior rede social do mundo, com 1 bilhão de usuários, gerou a campanha FBrape e acumulou mais de 60 mil tweets de apoio. A ação aglutinou 100 movimentos de mulheres e organizações de justiça social de todo o mundo em torno da exigência da retirada de conteúdos que denigrem as mulheres e retratam estupros e violência de gênero de forma positiva.

A repercussão da carta, assinada pelas entidades Women, Action & the Media (WAM), The Everyday Sexism Project e pela ativista Soraya Chemaly, e reproduzida no Brasil pelo blog Cem Homens, forçou o Facebook a encarar um problema há muito tempo denunciado por usuários e organizações civis. Após a pressão das ativistas, o site assumiu um compromisso de remover rapidamente conteúdos com discurso de ódio de gênero.

O grupo encorajou os usuários da rede social a entrarem em contato com anunciantes cuja publicidade aparecesse próxima “a conteúdos que colocam mulheres como alvo de violência”. O objetivo era pedir que as empresas retirassem seus anúncios do Facebook até que o site banisse conteúdos que incitassem o ódio de gênero. “Muito já havia sido feito para encorajar o Facebook a agir contra esse tipo de conteúdo. Houve diversas petições e conversas, mas nada pareceu funcionar. Então, queríamos tentar uma nova abordagem", conta Jaclyn Friedman, diretora-executiva da WAM, a CartaCapital.

Além dos milhares de tweets, os usuários enviaram ao Facebook cerca de 5 mil emails criticando a postura do site. Em separado, uma petição online reuniu mais de 225 mil assinaturas. Resultado suficiente para fazer anunciantes relevantes entrarem na campanha, como a montadora Nissan. “Por causa da frustração em obter uma posição do Facebook, decidimos perguntar aos anunciantes o que eles achavam destes conteúdos, se achavam aceitável”, explica Laura Bates, criadora do The Everyday Sexism Project.

Segundo Bates, provocar os anunciantes a suspender suas propagandas foi importante para atrair a atenção do site, mas o apoio dos usuários teve papel crucial. “Centenas de milhares de pessoas se envolveram na campanha, escreveram para os anunciantes, para o Facebook e mostraram se importar com o assunto e que não iriam recuar. É um tributo à ação comunitária colaborativa.”

O grupo de ativistas exigiu que o Facebook não tolerasse mais conteúdos com “discurso que trivializa ou glorifica violência contra mulheres” e que treinasse seus moderadores para reconhecer e remover discurso de ódio de gênero. Destacou ainda páginas que “explicitamente compactuam ou encorajam o estupro ou violência doméstica contra mulheres”. Entre os exemplos estão: “Dando Voadoras no Útero de Vagabundas” e “Estuprando Violentamente sua Namorada só de Brincadeira”.

Páginas como essas são constantemente mantidas no ar sob a alegação do respeito à liberdade de expressão. Um conceito criticado por usuários, pois o site permite milhares de postagens com fotos de mulheres espancadas e feridas, enquanto remove imagens de mães amamentando. “É uma visão de moral contraditória e que fere as mulheres”, diz Friedman.

A repercussão da campanha levou o Facebook a apagar a maior parte das páginas criticadas pelas ativistas, mas o site precisou reconhecer falhas em seus sistemas de moderação, em um comunicado de terça-feira 28.

A rede social ressaltou estar trabalhando para agilizar a resposta às denuncias de violações de políticas do site e assumiu o compromisso de revisar as suas regras sobre discurso de ódio. O site também solicitará o apoio de especialistas legais e representantes da coalizão de mulheres da campanha, além de outros grupos historicamente discriminados, para solucionar o problema. “Precisamos melhorar. E vamos melhorar.”

A rápida reação do Facebook surpreendeu as idealizadoras do protesto. Eles [representantes do Facebook] ficaram assustados. É um assunto que tem sido jogado para debaixo do tapete por muito tempo e as pessoas se recusam a levar a sério em muitas esferas, não apenas no mundo virtual”, diz Bates. “Empresas pequenas nos escreveram para dizer que estavam tirando seus anúncios do Facebook porque isso importava para eles. Então, é tocante a extensão que as pessoas nos apoiaram.”
 
Fonte:

EM CARTAZ NO TEATRO SESI RIO VERMELHO - Espetáculo “Lenda das Yabás”

EM CARTAZ NO TEATRO SESI RIO VERMELHO - A Companhia de Teatro Terra Brasilis encena o Espetáculo “Lenda das Yabás”, que trata a ancestralidade da cultural Afro, com texto de direção de Fábio S. Tavares

O QUE: Espetáculo “Lenda das Yabás”

QUANDO: (01, 08, 15 e 29) de Junho às 20:h. - Sábados

ONDE: Teatro Sesi Rio Vermelho (Rua Borges dos Reis, 09, Salvador, Rio Vermelho.)

INGRESSOS: R$ 20, (int.) – R$ 10, (meia) – Classificação: 16 anos

CONTATOS: 71- 3018-7122/ 3328-3628 – www.lendadasyabas.blogspot.com.br





RESUMO SOBRE O ESPETÁCULO:


O Espetáculo Lenda das Yabás, que está em cartaz há ininterruptos cinco meses, realizará quatro apresentações em curta temporada no Teatro Sesi Rio Vermelho sempre aos Sábados (01, 08, 15 e 29) de Junho às 20:h.

A encenação que tem texto e direção de Fábio S. Tavares (Escombros, Benedita, Fogueira) apresenta a história da ancestralidade da cultura afro-brasileira utilizando-se das lendas de sete Yabás: Yansã, Obá, Ewá, Oxum, Nanã, Otim e Yemanjá descrevendo a fúria de um Deus (Olorum) que age de acordo com suas emoções. O espetáculo traz os Orixás em forma humana e sua dramaturgia valoriza a oralidade das personagens frisando que todo ser vivo possui uma parcela divina sendo capaz de se conectar com Deus com base nas suas energias e ações emitidas.

A história contada pelos 17 atores da Companhia de Teatro Terra Brasilis se localiza num passado e tempo indefinidos onde revoltado com a destruição e discórdias que os homens vêm causando a aiê (Terra) Olorum infertiliza as mulheres (as Yabás) e prende a chuva para que a terra fique seca causando a extinção da raça humana. Exu, que consegue chegar a Olorum tornando-se guardião do segredo que poderá salvar os homens e a Terra da destruição aproveitando-se da situação e ao longo de toda história causa diversas armadilhas buscando a vingança pelo mau que os homens lhe causaram exigindo festa e comida para revelar o segredo até que Oxalá vem ao reino de Xangô para selar a paz entre Olorum e os homens transformando-os em orixás e conscientizando os Seres que ali antes viviam sem valorizar o que lhes é dado de forma generosa pelo Deus Maior.

Deixar de ser racista, meu amor, não é comer uma mulata!

Considerações sobre elogios racistas

Por Charô Nunes para as Blogueiras Negras

Elogio racista é toda demonstração de admiração, afetividade ou carinho que se concretiza por meio de ideias ou expressões próprias ao racismo. Com ou sem a intenção de, que fique bem claro. Um dos mais conhecidos é o famoso “negro de alma branca” que nossos antepassados tanto ouviram. Mas não são apenas nossos homens que conhecem muito bem os elogios racistas. Nós mulheres negras também somos agraciadas com esses pequenos monstrinhos, usados inadvertidamente por amigxs, familiares. Muitas vezes até por nossos parceirxs.

Decidi fazer uma lista com 5 elogios racistas (e sexistas, diga-se de passagem) que muitas de nós escutamos quase que diariamente. Alguns são consenso, acredito. Outros nem tanto. Fico aguardando ansiosa para que você, mulher negra, deixe seu comentário dizendo se também acontece com você. Se concorda, se discorda. E sobretudo, o que você faz para deixar bem claro que esse tipo de comentário pode ser tudo, menos benvindo e apreciado.

Adriana Alves é atriz e frequentemente é chamada de morena
Adriana Alves é atriz e frequentemente é chamada de morena

01. “Você é uma morena muito bonita”

Esse é o elogio racista que mais escutei em toda minha vida. Minhas primeirass lembranças são do tempo da escolinha. Mesmo mulheres como Adriana Alves ainda são chamadas de morenas, pois se acredita que chamar alguém de negra é uma ofensa racial. Se você precisa se expressar, tente um simples “você é bonita ou atraente”. Ou ainda “você é uma negra linda”, o que, dependendo do contexto pode ser tão ruim quanto.
Mas em hipótese alguma diga que uma negra é morena, moreninha, morena escura. Que não é negra. Isto sim é racismo dos graúdos, pura e simplesmente. Quando acontece comigo, digo que não sou morena e nem moreninha, sou n.e.g.r.a. O bom é que, dependendo de como essa resposta é dada, a pessoa já se toca que ela não deveria ter começado o conversê, que simplesmente não estou disponível para esse tipo de diálogo. Nem com conhecidos, muito menos com estranhos.

Não toque no meu cabelo. Foto Afrobella.
Não toque no meu cabelo. Foto Afrobella.

02. “Seu cabelo é muito bonito, posso pegar?”

Há alguns anos atrás, uma senhora ultrapasssou todos os limites de uma convivência pacífica ao se aproximar de mim, cheia de dedos, me tocando sem permissão e dizendo que eu tinha uma “peruca muito bonita”. Não retruquei de caso pensado, antecipando seu constrangimento por jamais ter cogitado que uma mulher negra pudesse ter um cabelo comprido, ao natural. Minha vingancinha, e sou dessas, foi olhar aquela expressão de arrependimento por ter percebido o que fez.
Entendo que simples visão de uma negra com cabelo natural pode ser inebriante. Que persiste a completa desinformação sobre o nosso cabelo. Porém, isso não justifica o toque sem permissão. Não importa se é cabelo natural ou não. A menos que você conheça muito bem a pessoa, não toque em seu cabelo sem consentimento. Eu iria mais longe. Para mim a boa etiqueta simplesmente reza que não se deve nem mesmo pedir para tocar o cabelo de uma pessoa desconhecida.

Alek Wek é uma modelo de traços delicados
Alek Wek também é uma modelo de traços delicados

03. “Você tem os traços delicados”

Dizer que uma negra tem traços “delicados” muitas vezes tem a ver com a ideia de que será bonita se tiver uma expressão “fina”, leia-se semelhante a de uma pessoa branca. Como se determinado tipo de nariz (ou bochechas) fosse exclusivamente dessa ou daquela etnia. Uma de suas variantes é outra expressão igualmente racista – “você é uma mulher negra bonita” – algo que ao meu ver é a mesma coisa de dizer que “você é bonita para uma negra”.
Afinal, qual a dificuldade de dizer que uma mulher negra simplesmente é… Uma mulher bonita? Porque Alek Wek tem de ser descrita como uma “mulher negra bonita” enquanto as mulheres brancas são apenas “mulheres bonitas”? Mais uma vez, toda a sutileza do elogio racista. Ele reconhece que você é uma pessoa admirável, mas sempre fazendo questão de te colocar “no seu lugar”, como se algumas fronteiras jamais pudessem ser cruzadas.

Cena de Vênus Negra, de Abdellatif Kechiche
Cena de Vênus Negra, de Abdellatif Kechiche

04. “Você tem a bunda linda”

Essa é uma opinião que certamente não é unânime. Faço questão de expressá-la como uma provocação que representa o pensamento de uma parcela significativa de mulheres negras. Para muitas de nós, esse comentário expressa a hipersexualização a que somos historicamente submetidas como exemplifica a triste biografia de Saartjie, denominada a Vênus Hotentote, exposta como atração circense em função da admiração que suas nádegas causaram na Europa do século XIX.
Apesar de todo respeito que tenho por tudo aquilo que acontece entre duas pessoas, preciso considerar a tradição racista secular desse tipo de discurso. Trata-se de reduzir a mulher negra a um pedacinho do seu corpo, desconsiderar sua humanidade, transformá-la num pedaço de carne exposto no açougue como aconteceu e acontece diariamente. Meu conselho é pergunte antes se a mulher a quem você pretende cumprimentar tem a mesma leitura desse tipo de elogio.

Mulata da Leandro de Itaquera
Mulata da Leandro de Itaquera

05. “Você é uma mulata tipo exportação!”

Esse elogio resgata o tratamento dispensado à mulher negra no seio da senzala, da casa grande. O pensamento que nos reduz em brinquedos sexuais. Dizer que uma mulher negra é uma “mulata tipo exportação” é esquecer uma tradição escravocrata secular, que transforma a mulher negra em “peça” que alcancará boa cotação no mercado onde a carne mais barata é a nossa. O nome desse mercado é exotificação. Em alguns casos, hiperssexualização.
Infelizmente também estamos falando sobre o modo racista com que as mulatas de escola de samba, mulheres que respeito e admiro, são mostradas e consumidas. Mulheres que levam o samba no pé, no sorriso, na raça. Que, ao invés de serem uma referência de beleza, são vendidas como frutas exóticas na temporada do carnaval. Mulheres que recentemente tem sido preteridas por “personalidades da mídia” em nome de uma pretensa “democracia racial” e muitas vezes com a anuências de algumas agremiações.

Qual é a sua opinião?

Porém, preciso dizer que os elogio racistas podem (e devem)  subvertidos. Quando o assunto são as mulatas de quem já falei aqui, isso é bastante evidente. Ser uma mulata exportação também atesta um padrão de excelência e traduz qualidades como perseverança, força. Minha professora de dança adora dizer que a graça de uma bailarina é diretamente proporcional à sua força. Mulatas são a expressão mais concreta desse enunciado.
Por isso fiz questão de usar como título desse post, um trecho do poema de Elisa Lucinda, Mulata Exportação, que resume tudo o que tentei dizer até aqui: “deixar de ser racista, meu amor, não é comer uma mulata” como muita gente gosta de pensar. E acrescento, “opressão, barbaridade, genocídio, nada disso se cura trepando com uma escura!”. Muito menos tecendo elogios racistas, diga-se de passagem. Quem o diz é a mulata exportação do poema. Sou eu, somos todas nós que já ouvimos essas porcarias.
Confesso que essa lista tem algo de muito pessoal, cujas entrelinhas tem muitas dedicatórias alimentadas por ironia. Nem por isso menos pertinente. Por isso adoraria ouvir a opinião de vocês. Esqueci algum elogio racista que te incomoda? Que te fez espumar de ódio, revirar os zóios e dizer algumas verdades? Você também acredita que esse tipo de comentário, como tudo aquilo que é racista e preconceituoso, diz muito sobre a pessoa que o faz do que sobre a pessoa a quem se destina?
Me conta!

Fonte:
http://blogueirasnegras.wordpress.com/2013/05/29/elogio-racista/

primeira Folha I O Sonho do incenso


Miçangas, contas e contos africanos


Exposição “O Fantástico Corpo Humano” chega pela primeira vez a Campinas

Mostra que exibe corpos humanos reais preservados com a técnica da plastinação poderá ser visitada no Parque D. Pedro Shopping, de 29/05 a 30/06
 
O Fantástico Corpo Humano exposição em CampinasA exposição “O Fantástico Corpo Humano”, que já passou por 40 países e foi vista por mais de 20 milhões de pessoas no mundo, desembarca pela primeira vez em Campinas e ficará aberta para visitação do público a partir desta quarta-feira, 29 de maio, no Parque D. Pedro Shopping, até 30 de junho.
No Brasil, a exposição já esteve em cidades como Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo, Manaus, Rio de Janeiro, Goiânia, Belém, entre outras.

“O Fantástico Corpo Humano” leva pessoas de todas as idades, da escola primária à faculdade de medicina, a uma jornada através de nosso bem mais precioso: nossos corpos impressionantes, um mundo interno que não conhecemos nem compreendemos completamente. A exposição foi desenhada para mudar essa percepção e tem o propósito de que as pessoas conheçam o corpo por dentro e possam, assim, cuidar melhor da saúde, bem como optar por estilos de vida mais saudáveis.

Surpreendente pela riqueza de detalhes, a mostra aguça a curiosidade e permite aos visitantes conhecer mais sobre a complexidade do funcionamento de cada sistema que compõe o corpo. A exposição foi toda concebida nos Estados Unidos. Os corpos e órgãos são de chineses que optaram por doá-los para propósito científico e foram preservados para fins educativos por um processo de conservação permanente chamado de plastinação, que consiste no preparo do corpo com uso de polímero de silicone.

A visitação é um mergulho tridimensional para dentro destes sistemas, pele e ossos, dos pés à cabeça. Sob a pele, por exemplo, uma série de sistemas intrigantes e seus órgãos que cooperam para nos manter vivos e bem.

A exposição ainda alerta aos danos que tabagismo e obesidade, por exemplo, fazem ao corpo ao mostrar as lesões que essas enfermidades podem causar nos órgãos. Também possibilita uma maior compreensão sobre as doenças de maneira totalmente nova, pois enfatiza problemas de saúde, como câncer de mama, câncer de cólon, cirrose hepática (do fígado), gravidez ectópica, artrite e fraturas ósseas.  Porque os músculos arrepiam? Porque os quadris femininos são maiores que os masculinos? O que a osteoporose faz com o corpo? São respostas que também podem ser encontradas na mostra.

Fantástico Corpo Humano exposição em Campinas
Mais sobre a exposição
Instalada no Parque D. Pedro Shopping em uma grande estrutura montada no estacionamento da Entrada das Águas, próximo ao Pet Center, a exposição “O Fantástico Corpo Humano” apresenta 10 corpos praticamente completos, com cortes que apresentam os sistemas e mais 150 espécimes de órgãos do corpo humano, todos reais, preservados para fins educativos pelo processo de plastinação. Só a partir de 2007 que estes corpos foram apresentados ao público, sendo uma oportunidade única para aprendizado visual.

A mostra é projetada em uma estrutura de 1.000 metros quadros, com 9 galerias expostas sobre iluminação especial para o público visualizar todos os detalhes.
Com a ajuda de monitores especializados ou graduandos da área de saúde, o público de todas as idades receberá diversas informações úteis. Para turmas de escolas e universidades, estão sendo programadas visitas especiais. “O Fantástico Corpo Humano” é uma realização da empresa ART BHZ, com produção local da BR Produtora. O evento é patrocinado pela Air Liquide Brasil e pela Dori e pelo  ProAc – Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo.

Serviço:

Exposição “O Fantástico Corpo Humano”
Local: Parque D. Pedro Shopping, ao lado esquerdo da Entrada das Águas (próximo ao Pet Center). Av. Guilherme Campos, 500, bairro Santa Genebra
Data: 29 de maio a 30 de junho
Horários de funcionamento: de segunda a sábado, das 14h às 21h; domingos e feriados, das 12h às 20h
Entrada: segunda a sexta - R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia); sábados, domingos e feriado - R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
Pacote família: de segunda a sexta - 3 pessoas R$ 60; 4 pessoas R$ 80; 5 pessoas R$ 100. Sábados, domingos e feriados - 3 pessoas R$ 75; 4 pessoas R$ 100; 5 pessoas R$ 125Projeto escolas: R$ 15 por pessoa. Preços especiais para grupos escolares a partir de 30 pessoas. Reservas pelo telefone (19) 4141-1154 e pelo email gruposprojetoescola@artbhz.com.brInformações: Campinforma - (19) 2122-2444

Fonte:
http://www.campinas.com.br/cultura/2013/05/exposicao-o-fantastico-corpo-humano-chega-pela-primeira-vez-a-campinas

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Projeto fotográfico tocante registra a escravidão moderna que fingimos não ver


Facilmente caímos na tentação de pensar que a nossa liberdade e direitos são coisa garantida, esquecendo que há pessoas para quem isso não passa de um sonho. Lisa Kristine pôs o dedo na ferida de forma extraordinária: documentando a escravidão moderna, aquela que fingimos não saber que existe.
A ativista está há 28 anos retratando culturas indígenas ao redor do mundo, mas foi em 2009 que ‘acordou’ para o problema da escravidão dos nossos dias. A estimativa de que existem mais de 27 milhões de pessoas escravizadas e a sua falta de conhecimento sobre o tema a envergonhavam.
Assim começou sua jornada, que acabou em Modern Day Slavery, uma série cativante e ao mesmo tempo dolorosa. Seja um mineiro no Congo ou um trabalhador de olaria no Nepal, a escravidão existe e tem rostos. Lisa foi conhecê-los.

Assista:



Fonte:
http://www.mariapreta.org/2013/05/projeto-fotografico-tocante-registra.html

Primeiro Dicionário de Políticas Públicas no Brasil pode ser acessado pela internet

Capital social, Estado de Direito, Gestor Público,  Esfera Pública...Como reunir os principais conceitos de políticas públicas em um só lugar? A partir desse mote, a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) divulgou, no final de 2012, o primeiro dicionário de Políticas Públicas do Brasil.


De acordo com nota publicada no site da UEMG, diferentes autores trazem no documento "reflexões significativas  nas diversas áreas em que atuam, sejam elas sociais, políticas e econômicas". O material pode ser útil tanto para estudantes, pesquisadores, quanto para qualquer pessoa interessada na "gestão pública contemporânea e suas relações internas e externas".

políticas públicas verbete livro dicionário

A obra foi organizada pelos professores Carmem Lúcia Freitas de Castro, Cynthia Rúbia Braga Gontijo e Antônio Eduardo de Noronha Amabile da Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves.
O dicionário reúne conceitos teóricos e exemplos práticos. Para consultá-lo online, acesse aqui.
 
*com informações da UEMG

Fonte:

Guia de Enfrentamento ao Racismo Institucional




Está disponível para download o Guia de Enfrentamento ao Racismo Institucional. Além de informações sobre o racismo institucional, o Guia traz uma série de perguntas e um passo a passo para que as intuições públicas sejam capazes de identificar problemas relacionados a esse comportamento.

Lançado em 9 de maio em Brasília, o documento resulta de um processo de construção coletiva que agregou organizações feministas e antirracistas brasileiras, o Governo Federal e o Sistema das Nações Unidas no país, no sentido de contribuir para o enfrentamento do racismo institucional.

Clique aqui para acessar o documento completo! 




http://cfemea.org.br/images/stories/pdf/guia_de_enfrentamento_ao_racismo_institucional.pdf

Feliciano responde a convite do Festival Mix Brasil: disse que vai comparecer

A agência de publicidade Neogama teve uma ideia provocativa para divulgar o 21º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, que acontece em novembro: fez um anúncio de página inteira como se fosse um convite para que o pastor Marco Feliciano compareça ao evento.

Ele respondeu: disse que vai. Considerou a iniciativa uma ironia fina e inteligente, e ainda atentou ao fato de que custou uma página de jornal. E continuou, afirmando que “um festival que, de forma ordeira e pacífica, levanta a bandeira da diversidade, merece nosso respeito e compreensão, pois, se queremos que respeitem nossas posições, devemos reciprocidade.”

Veja abaixo: primeiro o anúncio, depois a resposta do pastor na íntegra.
A seguir cenas dos próximos capítulos.

Anúncio em forma de convite, a que Feliciano respondeu, aceitando

Aos senhores organizadores do 21º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade
Senhores,  quando a ironia é fina, inteligente e custa uma página de jornal, devemos sim refletir, portanto, aceito o convite feito por vossas senhorias através do anuncio no jornal Folha de São Paulo. Um festival que, de forma ordeira e pacífica, levanta a bandeira da diversidade, merece nosso respeito e compreensão, pois, se queremos que respeitem nossas posições, devemos reciprocidade.
Minha origem cristã não repudia a diversidade. Jesus disse: – “Ide e preguai (sic) o evangelho a  todos” e o Apóstolo Paulo, mandou que dessem atenção aos gentios em primeiro lugar.
Sempre devemos estar em reflexão, é inerente ao ser inteligente, criado a imagem e semelhança de Deus, amando-O sobre todas as coisas e o nosso próximo como a nós mesmos.
Respeitar a diversidade não quer dizer que devamos renunciar as nossas convicções a respeito de temas sejam eles os mais polêmicos, evitando sempre o confronto, a não ser de ideias.
Reafirmo que, quando alguém não pensa exatamente como nós, não significa que sejamos inimigos, antes de tudo, somos filhos do mesmo Deus.

Pr. Marco Feliciano
Deputado Federal PSC/SP
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Saiba como denunciar Homofobia no estado de São Paulo



Quem quiser saber mais ou realizar denuncia de discriminação em função de orientação sexual ou identidade de gênero clique no link


Vai aparecer a pagina do governo do estado na coordenadoria de políticas publicas para a Diversidade Sexual com as seguintes informações:



Você foi vítima de homofobia? Denuncie:

  O QUE É?

A Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual (CDS) foi criada 2009 com o objetivo de elaborar políticas públicas para a promoção dos direitos da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais - LGBT. A Coordenação conta com o apoio do Comitê Intersecretarial de Defesa da Diversidade Sexual, composto pelas secreta- rias do Estado de São Paulo.

O QUE FAZ ?

A Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual promove, elabora, coordena, desen- volve e acompanha programas, projetos e atividades, visando a efetiva atuação em favor do respeito à dignidade da pessoa humana da população LGBT, independente da orientação sexual e da identidade de gênero.

Uma das frentes de atuação da Coordenação é receber e encaminhar denúncias de discri- minação por orientação sexual e identidade de gênero, com base na Lei Estadual 10.948/01, além de dar encaminhamento às denúncias de discriminação contra os portadores do vírus HIV ou pessoas com AIDS, com base na Lei Estadual 11.199/02.

Com o objetivo de combater a homofobia, a Coordenação promove campanhas e palestras de divulgação das referidas legislações e de outros marcos legais referentes ao segmento LGBT. Também desenvolve projetos de capacitação e formação a partir da temática “Direitos Humanos e Diversidade Sexual”, envolvendo servidores públicos do Estado de São Paulo. A coordenação é responsável ainda por monitorar e acompanhar o cumprimento das metas e ações que compõem o Plano Estadual de Enfrentamento à Homofobia.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O Campanhas de divulgação e incentivo às denúncias, acolhimento e encaminhamento dos casos de discriminação homofóbica, com base na Lei Estadual 10.948/2001;

Parcerias institucionais com a Procuradoria Geral do Estado, Secretaria da Saúde e Defensoria Pública do Estado de São Paulo para promoção das leis estaduais 10.948/01, que pune a discriminação homofóbica, e 11.199/02, que pune a discriminação aos portadores do vírus HIV ou às pessoas com AIDS;

Apoio à realização de Paradas do Orgulho LGBT no Estado de São Paulo, por meio do diálogo institucional com as Polícias Civil e Militar, bem como de outras iniciativas dasociedade civil;

Promoção do respeito aos direitos de cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, através da capacitação de servidores públicos do Estado de São Paulo.

Legislações

Lei 10.948/01 - importante lei para o segmento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), já que pune a discriminação homofóbica em razão da orientação sexual ou identidade de gênero.

Decreto 55.588/10 - assegura às pessoas transexuais e travestis o direito à escolha do nome social pelo qual querem ser chamadas nos órgãos públicos do Estado de São Paulo.

Decreto 55.587/10 - institui o Conselho Estadual de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais-LGBT, órgão deliberativo e consultivo para elaborar e avaliar políticas públicas destinadas à efetiva promoção dos direitos deste segmento.

Lei 11.199/02 - proíbe a discriminação contra os portadores do vírus HIV ou pessoas com AIDS.



CONTATO

Coordenação de Políticas Para a Diversidade Sexual
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
Pátio do Colégio nº 148, térreo, Centro - São Paulo/ SP - Cep: 01016-040
Tel: (11) 3291 2700
E-mail: diversidadesexual@sp.gov.br





Filhos revelam como é crescer em lar com pais gays

Como é ser criado por um casal homossexual? Há diferenças em relação à família de pais ditos "normais" ou "heteronormativos" (no linguajar politicamente correto)? Às vésperas da Parada Gay de São Paulo, que acontece neste domingo (2), três jovens contaram ao UOL como é crescer em um lar com pais gays.
Ana Karolina Lannes, 13, é atriz de novela da TV Globo e, junto com a fama, teve de enfrentar ainda criança a fofoca midiática a devassar sua vida íntima e a revelar que é criada por um casal de gays. "Chorei ao ouvir um locutor do Rio criticar meus pais e falar que eu ia virar lésbica. Ainda colocaram entrevistas com pessoas com a mesma opinião. Não é justo o que fizeram comigo", conta a atriz mirim, com os olhos marejados.

pós a morte da mãe quando tinha quatro anos, Ana Karolina, que não foi reconhecida pelo pai biológico, acabou adotada pelo tio, Fábio Lopes, que lutou judicialmente pela tutela da sobrinha sem esconder sua condição de homossexual e vivendo maritalmente com João.
Já Bill Sousa descobriu que era gay quando já estava separado da mulher e com uma filha pequena para criar. Bianca Sousa, 16, soube com cinco anos de idade que um amigo do pai era algo mais que isso. "É difícil explicar para uma criança, mas ela logo pescou. `Ah, é que nem o Clodovil, né?´, ela me disse. Eu dei risada", lembra Bill.

Bill casou-se logo que chegou a São Paulo vindo do Maranhão. O casamento não deu certo, mas dele nasceu Bianca. Logo depois ele foi morar com um parceiro, que tinha ciúmes da menina. "Um dia ele falou: `ou ela ou eu´. Ele sabia a resposta e foi embora", recorda o pizzaiolo

Já Bruna Salatiel, 21, define como "pãe" tanto Rosangela, sua mãe biológica, quanto Aparecida, a parceira materna há duas décadas. Bruna é fruto de um romance com um rapaz quando Rosangela  ainda se dividia entre seus desejos e a pressão da família e da sociedade.
Bruna assumiu sua homossexualidade ainda adolescente, e, mesmo como as mães lésbicas, teve dificuldade de assumir sua condição. "É uma situação complicada mesmo minha mãe sendo. Mas ela já desconfiava e brincou comigo: `sua sapatão´", conta Bruna, que organizou recentemente o casamento de suas mães e virou colunista em um blog especializado.

(*colaborou Noelle Marques, Luciana Piotto e Edilson Saçashima)






Fonte:
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/05/29/filhos-revelam-como-e-crescer-em-lar-com-pais-gays.htm

Cultura do estupro, medidas paliativas do governo e as redes sociais como espelho da sociedade

Muito tem se falado de cultura do estupro. E muito tem se negado sua existência. É comum ver o discurso de que mulheres precisam “se dar o respeito”, “vestir-se decentemente” ou “não se portar como uma vagabunda” para evitar o crime. Essa é a famosa culpabilização da vítima, um dos recursos mais usados e bem aceitos na cultura do estupro.
A questão é que estupros acontecem em países em que mulheres vestem burcas. Estupros acontecem no exército e na marinha, com mulheres uniformizadas respeitando normas rigidas. Com mulheres que acabaram de sair da igreja. E pesquisadores dizem que o estuprador tem desejo por poder, não só pelo corpo feminino. O sexo é um detalhe, a subjugação é o clímax.

A cultura do estupro se dá quando a mídia, por exemplo, exibe anúncios em que mulheres são violentadas como se isso fosse algo normal. O site Business Insider lista, regularmente, anúncios que estimulam ou desqualificam a violência contra a mulher. Em um deles, do governo do Egito, representa a mulher por meio de um pirulito com plástico e outro sem, sendo atacado por moscas (representando o homem), com a seguinte frase: "Você não pode parar (as moscas), mas pode proteger-se".



Ao mesmo tempo que grupos lutam para discutir o exemplo social dado a meninos e a cultura que desqualifica a liberdade feminina e dá liberdade para que o homem acredite que nunca poderá receber um não como resposta, o número de casos de estupro, em São Paulo, por exemplo, bateu recordes com uma média de 37 casos por dia. TRINTA E SETE mulheres sofrem abuso sexual POR DIA. Assustador, não?




Resolver o problema não é simples. É necessário mudar uma cultura ligada a interesses financeiros e de controle de massa. Uma cultura que prefere deixar as pessoas ignorantes, odiando umas as outras, para que não se importem com problemas grandes de interesse comum. Mas enxergar o problema e começar trabalhos para transformar a realidade é a saída.
No entanto, ao invés de mostrar que o estupro é errado e que estupradores serão punidos severamente, o governo de São Paulo resolveu criar uma cartilha para que a mulher se proteja. É claro, a vítima deve ser responsável para evitar seu abuso – que em grande parte dos casos é feito por pessoas conhecidas e do seu convívio. Quão maluco é tudo isso?
Imagine que você está atravessando a rua, na faixa e com o farol de pedestres verde, é atropelado. Jogado a uma distância assustadora, tem diversos ossos quebrados e sequelas para o resto da vida. As autoridades dizem, diretamente a você, enquanto você ainda sente as dores, ali, no chão, que o motorista que fez isso está errado, mas que você deveria ter prestado mais atenção antes de passar por ali. É assim que é tratada uma mulher vítima de estupro.
A tal cartilha terá ainda um perfil do homem que estupra, criado a partir de estudos. O que me soa bastante perigoso, já que você, homem correto, pode se parecer com um estuprador e passar a ser alvo de medo feminino.
Nós, mulheres, sabemos como nos proteger. Sabemos que andar por uma rua escura e sozinha não é aconselhado por especialistas em segurança. Mas quem vai nos buscar no ponto de ônibus depois da faculdade? Quem vai passar a noite toda, na balada, ao nosso lado, impedindo que babacas nos puxem pelo braço ou pelo cabelo? Devemos aprender a lutar para agredir quem fizer isso? Deixar nossos estudos, trabalhos e diversão de lado? Nos tornar violentas, agressivas e desconfiadas porque a sociedade prefere isso a tirar os privilégios que seus homens têm? Não é o que queremos.
Em uma sociedade igualitária homens e mulheres têm os mesmos direitos e deveres, as mesmas liberdades, o mesmo respeito. Isso a gente quer. A gente quer não ter medo. Queremos poder andar o caminho para casa pensando na vida e não no momento em que alguém vai aparecer do nada e nos assediar.
Nos últimos dias postei aqui na coluna uma pesquisa que diz que homens enxergam mulheres de biquini como objetos. Os comentários, assustadores como de costume, diziam que se a mulher está mostrando o corpo é assim mesmo que será vista, mas poucos se atentaram para a parte mais assustadora do texto: ele diz que quando certos homens veem a pele feminina passam a ignorar seus direitos e vontades, acreditando que ela é apenas um objeto para satisfazer seus desejos e fantasias. Essa é a base da cultura do estupro sendo inserida no cérebro das pessoas. A ideia de que suas vontades são superiores a vontade do outro. É aí que nasce o estuprador.
Quando falamos sobre esse assunto muita gente diz que é exagero, mas se formos ver o que acontece nas redes sociais, o espelho da nossa sociedade na internet, ficamos assustados. O Facebook, rede mais popular do mundo, tem passado por retaliações sem fim. Sua política de deletar conteúdo ofensivo ignora totalmente apologias ao estupro.
Na última semana um vídeo que mostra uma garota de 12 anos sendo estuprada por três adolescentes ficou na rede por um bom tempo antes que a enxurrada de e-mails conseguisse convencer a equipe de Zuckerberg o quão impróprio o ofensivo era aquilo.
Nesse meio tempo, pessoas de todo o mundo, compartilharam as imagens ofensivas com as quais têm sido bombardeadas diariamente, sem pedir. Os anúncios da rede colocam páginas que glorificam a violência contra a mulher ao lado de grandes empresas que lutam por seu bem-estar. As empresas já começaram a pressionar o Facebook para que imagens desse tipo sejam tiradas do ar o mais rápido possível e que a vista grossa sobre elas acabe.
Banalizar o discurso da violência é o mesmo que glorifica-lo. É mostrar que, no mundo real ou virtual, você não será punido ao violentar – sexualmente ou não – uma mulher. A liberdade de expressão não abre precedente para que o discurso de ódio seja aceito, eles são coisas bastante diferentes. Assim que sua liberdade passa a ofender e machucar outra pessoa, ela se torna crime.
Enquanto aceitarmos que a luta contra a violência seja desqualificada nos meios de comunicação, que as punições sejam em relação a vítima, que é cerceada de seus direitos, e que os projetos contra estupro e abuso sejam focados no comportamento das vítimas ao invés de educar e punir os culpados, estaremos apostando em uma sociedade em que o ódio é a moeda de troca aceita.


Nós precisamos de ações concretas e não pedaços de papel nos dizendo que as culpadas somos nós, por viver em uma sociedade hipersexualizada e que torna os desejos sexuais do outro mais importantes do que nossa vontade e direitos.

Fonte:


Prefeito proíbe homossexuais em cidade do Paraná

O prefeito de Bocaiúva do Sul, Élcio Berti (PFL), assinou hoje um decreto proibindo que homossexuais vivam na cidade, a 40 quilômetros de Curitiba, ou melhor, proibindo "a concessão de moradia e a permanência fixa de qualquer elemento ligado a esta classe (homossexuais), que não trará qualquer natureza de benefícios para este município", como diz o decreto.


De acordo com o prefeito, a decisão de editar o novo decreto foi tomada depois que ele recebeu a ligação telefônica de um homem que queria morar no município com o namorado.
"Nossa preocupação é muito grande, quanto às crianças, quanto às famílias bocaiuvenses. Nós não podemos aceitar qualquer coisa em nosso município. A grande verdade é que tomamos um posicionamento", disse Berti, em entrevista à CBN. Para o prefeito, essa é uma "tentativa de ridicularizar a instituição do casamento como instituição natural para a geração e educação de filhos".

O prefeito disse que não é com homossexuais que a população do município irá aumentar. "Não é isso que nós queremos. Nós queremos uma população sadia, de trabalho, de futuro. Então por isso tomamos essa decisão no dia de hoje", disse na entrevista.

O prefeito já é acostumado em tomar decisões polêmicas. No ano passado, ele anunciou a construção de um Ovniporto, com a intenção de atrair extraterrestres. Berti também já distribuiu pacotes de amendoim para aumentar a população da cidade (9 mil habitantes) e também já tentou proibir o uso de camisinhas e cigarros na cidade.

fonte:

terça-feira, 28 de maio de 2013

Fux nega pedido do PSC que pedia suspensão de casamento gay em cartório


por Fernanda Calgaro
Do UOL, em Brasília 

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux negou nesta terça-feira (28) o pedido do PSC (Partido Social Cristão) para suspender a decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que obriga os cartórios de todo o país a celebrar o casamento gay.
Fux determinou que o processo seja arquivado porque entendeu que o partido usou um instrumento inadequado para questionar a resolução. A legenda apresentou um mandado de segurança quando deveria ter sido uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). O ministro argumenta que a resolução do conselho "qualifica-se como 'lei em tese', razão por que não se submete ao controle jurisdicional pela via do mandado de segurança".

O partido, do qual faz parte o deputado federal Marco Feliciano (SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, alegava que a resolução do CNJ não tem validade porque não passou pelo devido processo legislativo.

Segundo o PSC, o presidente do CNJ, ministro Joaquim Barbosa, que exerce também a presidência do STF, agiu com "abuso de poder" ao impedir que parlamentares debatessem o assunto.

Pela decisão do CNJ, os cartórios não podem se recusar a celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo nem a converter união estável homoafetiva em casamento, como ainda acontecia em alguns casos.

Para Barbosa, que é autor da proposta, a medida tem como objetivo dar efetividade à decisão de 2011 da Suprema Corte que autorizou união estável homoafetiva.

Segundo o conselho estava "removendo obstáculos administrativos de uma decisão do Supremo que é vinculante [válida para as demais esferas do Judiciário]".

CONHEÇA OS PAÍSES ONDE O CASAMENTO GAY É AUTORIZADO

Fonte:


Ogun – Outras vozes

ogun1 
Imagem: Eduardo  Pedras
Ogun foi chamado para guerrear. Limpar o mundo antes dos seus irmãos chegarem.

Serão muitas lutas e sem tempo para encerrar.

Talvez toda uma vida.

Ou duas.

Ou até todas.

Irê, sua aldeia, fica triste, mas não desamparada.

Não querem que vá, mas sabem de sua determinação. Sua natureza.

Lamentam dançando na noite anterior à ida.

No meio dos festejos, ele pede ao filho, que será o novo Oni, que todos os seus dediquem um dia em sua homenagem. Um dia que devem jejuar, não olhar para o horizonte e manter o silêncio. Devem orar para que tenha força, para lhe dar coragem. Para nunca se esquecerem dele.

Aceita.

Aceitam.

Òrun nasce, ele grita e vai.

Nos primeiros tempos ele se torna grande, muito maior do que o baobá, e guerreia contra todos os flagelos dos homens.

Depois se torna sete e parte para todos os cantos, para cima por baixo e entre. Luta contra todas as naturezas. Abre caminhos

Sabendo o mal dos corações, se torna pequeno. Os inimigos dos irmãos caem.

Também peleja contra a sua preguiça de lutar. Alguns amigos pelos inimigos se entregam. Abre caminhos para os irmãos.

Pune, retalha e se consome. Alguns inimigos fogem enquanto ele sente falta de Oya que foi se ter com Xangô.

Dilui as trevas com suas ferramentas.

Limpa e sujam.

A luta também cansa.

Um dia pela saudade cai. Quer ir para poder voltar. Quer rever, quer dançar com os seus.

Volta.

Ogun vem mais magro. Quer estar em Iré. Quer estar em sua terra.

Chegando à primeira cabana pede água.

Ninguém o atende.

Entra e encontra todos, a família, sentada, olhando para o chão. Pede comida. Nada.

Imagina que por estar sujo.

No riacho se purifica.

Na próxima cabana encontra a mesma mudez.

Chega na aldeia.

Homens, crianças e mulheres andam devagar e cabisbaixos.

Não o reconhecem!

Acredita que não o querem ali.

Esqueceram de seu rei!

Lutou em vão pelo seu povo!

A ira sai.

Sua fúria dá força aos seus braços. Faz de sua espada, raios, trovões e ventos.

Todos os ingratos morrem. Somem. Sem falarem nada. Sem gemerem.

Na mata, cessa o desejo. Dorme.

Dia seguinte encontra os seus filhos.

Não estão alegres em vê-lo.

Contam que não puderam defender a aldeia no em dia que cumpriam o desejo de Ogun.

Ogun grita.

Sua ira vem sem pedir. Vem com o remorso. Vem contra ele.

No segundo grito enfia sua espada no chão que se abre.

Ogun entra e some.

Sobre Plínio Camillo

Nasci em 26 de novembro de 1960. Aos três anos descobri que as letras tinham significados. Aos cinco, a interrogação. Aos nove, não era sintético. Aos 12, quis ser espacial. Aos 15, conquistei a exclamação. Aos 17 vi os morfemas. Aos 20 estava no palco. Aos 22 me vi como um advérbio. Aos 25 desenredei a Lingüística. Aos 27 redescobri as reticências. Aos 30, a juventude. Aos 35 recebi o maior presente: Beatriz Camillo, aquela que me trouxe a felicidade. Aos 40 desvendei uma ligeira maturidade. Aos 41 voltei para Sampa!!!. Aos 45, recebi o prazer de viver em companhia. Aos 50 anos, uso óculos até para atender telefone. Hoje: escrevo.

Fonte:
http://coletivoclaraboia.wordpress.com/2013/04/26/ogun-outras-vozes/


Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte gravam música sobre casamento gay

Os cantores Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte compuseram uma música para demonstrar apoio ao casamento gay, intitulada "Joga Arroz".

A faixa já foi gravada e será colocada na internet a partir das 10h de quarta-feira (29), no site do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) e nas páginas oficiais de Brown, Marisa e Arnaldo.
A música é parte da campanha Casamento Civil Igualitário, idealizada por Jean Wyllys.

Marisa Monte, Carlinhos Brown (centro) e Arnaldo Antunes, em imagem de 2003
Marisa Monte, Carlinhos Brown (centro) e Arnaldo Antunes, em imagem de 2003

A regra do Conselho Nacional de Justiça que obriga os cartórios de todo o país a registrar casamentos entre casais do mesmo sexo passou a valer neste mês, no dia 16.
A partir desta decisão do CNJ, o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo passa a ser legal em todo o Brasil, com os mesmos requisitos e com os mesmos efeitos de um casal heterossexual.
Leia a letra completa de "Joga Arroz" abaixo.
*
"JOGA ARROZ"
(Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte)
O seu juiz já falou
Que o coração não tem lei
Pode chegar
Pra celebrar
O casamento gay
Joga arroz
Joga arroz
Joga arroz
Em nós dois
Quem vai pegar o buquê
Quem vai pegar o buquê
Maria com Antonieta
Sansão com Bartolomeu
Dalila com Julieta
Alexandre com Romeu
Joga arroz
Joga arroz
Joga arroz
Em nós duas em nós todos
Em nós dois

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/05/1286346-arnaldo-antunes-carlinhos-brown-e-marisa-monte-gravam-musica-sobre-casamento-gay.shtml