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domingo, 16 de fevereiro de 2014

Documentário Candomblé - A cidade das mulheres

O documentário Cidade das Mulheres faz um panorama da identidade visual e cultural dessas baianas que, através das gerações, criaram um mito, deusas que atuam e interferem no quotidiano da cidade. Um símbolo de resistência, dignidade e, sobretudo, beleza.

Fonte: http://www.geledes.org.br/patrimonio-cultural/artistico-esportivo/manifestacoes-culturais/23324-documentario-candomble-a-cidade-das-mulheres

sábado, 8 de fevereiro de 2014

I CONGRESSO DE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA NO CARIRI


Para fazer sua inscrição online:
https://docs.google.com/forms/d/1UhdY1LYtPYTzt6aFlc7zuqc3Bz9KenIuFcInzTvy-3o/viewform
"COMPARTILHEM", curtam e comentem.
Abrace essa causa você também. Vamos derrubar muros entre religiões e evoluir a nossa educação!
Nao importa seu credo, nem sua cor e nem seu local de origem. Vamos juntos reconstruir nossos antigos conceitos. Quebrar os paradigmas que a sociedade nos impôs!


sábado, 19 de outubro de 2013

Igrejas pressionam Estados a isentar templos de imposto sobre água e luz

Uma ofensiva de bancadas evangélicas pelo país levou ao menos 11 Estados a criar ou a analisar a isenção de ICMS para igrejas em contas de luz, água e telefone.

Leis sobre o assunto já foram sancionadas em cinco Estados (Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul). As dos dois últimos são as mais recentes, neste ano.
 
As justificativas vão desde promover "maior eficácia à liberdade religiosa" a contribuir para o trabalho social das igrejas. Em algumas Assembleias, como a de São Paulo, a proposta ainda está sob análise dos deputados.

Entre os autores há parlamentares do PRB, partido ligado à Igreja Universal. Alguns projetos são "clonados" e têm trechos iguais em diferentes partes do país.

A Folha procurou os governos dos Estados onde a lei já existe e questionou sobre quanto deixa de ser arrecadado com a isenção. Apenas Santa Catarina fez uma estimativa: o governo afirma que há uma perda de R$ 2,8 milhões por ano com o benefício dado a 9.500 templos.

Em outros Estados mais populosos, como o Rio, primeiro a adotar a norma, o valor tende a ser superior. Nas contas de energia e telefone, o ICMS cobrado costuma ser de 25% do valor da despesa.
No Paraná, o governo local recorreu ao Supremo Tribunal Federal para derrubar a lei, mas perdeu a causa.
No julgamento, em 2010, os ministros consideraram que a Constituição garante imunidade a impostos a "templos de qualquer culto".

Em ao menos quatro Estados, governadores já vetaram leis desses tipo porque entenderam que a Constituição fala em isentar a tributação sobre renda e patrimônio, e isso não envolve um imposto de mercadorias e serviços.

Em Mato Grosso, a lei concedendo o benefício foi vetada no governo passado, mas a bancada evangélica voltou a tentar emplacá-la agora.

Deputados autores desses projetos afirmam que a cobrança de ICMS é ilegal e que não estão criando um benefício novo, mas regulando algo previsto na Constituição.

Editoria de Arte/Folhapress
O deputado estadual Gilmaci Santos (PRB-SP), autor de proposta sobre o assunto, diz que a ideia veio de grupos evangélicos com os quais tem contato. "Em igrejas maiores, com vários templos, as contas ficam lá em cima e pesam bastante", diz Santos, que é pastor da Universal.

O procurador do Estado do Paraná Cesar Binder, que atuou na causa no STF, afirma que, ao estabelecer uma lei como essa, o governo abre mão de receita e corre o risco de desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

"Pode levar ao descontrole. Se todas as aquisições [compras] são isentas ou não incidem tributo, vira o caos. Todo dia são realizadas milhares de operações por essas pessoas, templos e igrejas."
Em Estados como Pernambuco e Paraíba, a iniciativa não avançou no Legislativo.

O professor de sociologia da USP Ricardo Mariano, que pesquisa religiões, vê na iniciativa "corporativismo" da bancada evangélica, que coincide com o aumento do poder político desse grupo.
Ele afirma que os deputados eleitos como representantes de igrejas precisam mostrar serviço para fiéis e tentam obter privilégios, como financiamento público para suas atividades. "A isenção do ICMS é parte de um fenômeno mais amplo", diz.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/10/1359051-igrejas-pressionam-estados-a-isentar-templos-de-imposto-sobre-agua-e-luz.shtml

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Documentário: Povo de Santo

Dicionário de Kimbundo / Português: Aprender o Kimbundo



 -Seu, Si - Pron. possessivo
A -Eles - Pron. pessoal prefixo
Agô -Licença
Aiélo -Energia do ar
Ajô -Cumprimento especial para Nkisi e Kuxikama
Akan Pano usado no peito - com laço (mulheres)
Akiese- Alegre
Akobó -Elemental
Akulo (PL.:Bakulo)- Ancestral
Aluvunu -Falso(a)
Ami Meu, Mim - Pron. possessivo
Anga Ou, então
Antomi- Saboroso
Aú -Contra ponto do plexo solar - nas costas, entre as espátulas
Auetu!- Assim seja!
A-Um-Imita-Nkini- Protetor das grávidas
Awa- Espírito da Terra
Axaxí Centro - Meio
Baná -Ali
Banda Alto - Elevado
Benguê Objetos representativos
Binga (enu binga Katende) Imploro - peço - rogo - (nós imploramos Katende)
Bongolola (Ongolola)- Recolhimento
Boté -Centros de captação de energia (Chacras)
Bundu- Fruta
Diaki Diiaki (PL.:Maiaki)- Ovo
Diala (Diiala) -Homem, Masculino
Dianga- Bambu
Dibamba -Fortuna
Dibanda- Chuva forte
Dibanga (PL.:Mabanga)- Ostra
Dibengu -Rato
Dibilu -Viramento (Santo)
Dibitu -Porta
Dibuba- Cachoeira
Dibuku- Onda
Dibutu -Abundância
Dieji Luar- (Luz da Lua)
Diembe (PL.:Madiembe)- Pombo, Pomba
Diesu (PL.:Mesu)- Olho
Difubu- Abacaxi
Dihonjo -Banana
Diiaki (PL.:Maiaki)- Ovo
Dijina -Nome, Apelido
Diju (PL.:Maju)- Dente
Dikanda- Palmeira
Dikanu- Boca
Dikende (PL.: Makende)- Pão de milho (Bolo de Milho)
Dikota (PL.:Makota)- Ancião - Primeiro na ordem de sucessão - o mais velho - o maior
Dikulo (PL.:Makulu)- Espírito Antepassado
Dikundu- Aro
Dilamba (PL.:Malamba)- Prova
Dilanga (PL.:Malanga)- Testículos
Dilenga- Coroa (Rei - Rainha)
Dilenge Argola Pequena - Aro (idé)
Dilesu -Lenço
Dilonga (PL.:Malonga)- Prato, Bacia
Dilonga (PL.:Malonga)- Prato
Dilulu -Sabor amargo
Dilunga -Pulseira - Argola (brincos)
Dima-ndondo- Morcego
Dimatekenu- Princípio, começo, início
Dimba (PL.:Madimba)- Perigo
Dingi -Mais, Outra vez
Dinhángua (PL.:Manhángua) -Aboboreira
Dinhota- Sêde
Disa (PL.: Masa-) Milho
Disanga (PL.:Masanga)- Ânfora, Pote
Ditama Face - rosto
Ditanga (PL.:Matanga)- Abóbora
Ditókua- Cinzas
Dítui (PL.:Mátui)- Orelha
Diunda- Arco
Divumu -Abdome
Dixisa- Esteira
Dizuika -Pedra de amolar
Dukila- Depenar
É Teu, Ti - Pron. possessivo
Ê Seu, Si - Pron. possessivo
Ê ngana! -Ó Senhor! (Deus-Nkisi)
Ebá- Despacho
Ebófia- Erisipela
Ebuku- Arroz branco feito no azeite
Ebulu- Mudo
Efuku- Moita
Eie Tu - Pron.- pessoal absoluto
Éie -Olá!
Eká -Oferenda a Pambujila
Ekaia (PL.:Makaia)- Folha
Ekanda- Nação
Ekikila- Mamão
Ekonzo -Pulseira de palha
Eme Eu - Pron. pessoal absoluto
Ene Eles - Pron. pessoal absoluto
Enu Vós - Pron. pessoal absoluto - Vosso - Pron. possessivo
Enza- Mundo
Esamunu (Kikongo)- Profecia
Etadí (PL.:Matadí)- Pedra
Eté -Guloseima
Etu Nós - Pron. pessoal absoluto - Nosso - Pron. possessivo
Euindu (PL.:Mauindu)- Bicho de pé
Evumbi- Morto
Ezandu- Mercado (Kasanji)
Ezundu- Sapo
Filá -Roupa de Palha
Fuá (Kikongo) -Morte
Fukama- Anoitecer
Fukulula -Explicar ou desvendar o obscuro
Fulu-kialoki- Sabão da Costa ( ao pé da letra: sabão mágico)
Fuluma Abafar-Funda Saco ou cesto de ocultista (para guardar os Buzios)
Fundama- Apodrecer
Fundanga- Pólvora
Fundu- Acampamento
Giame -Guia de contas
Hai (PL.:Jihai) -Chinelo - Sandalha
Haka- Poça
Haxi -Doente
Hima- Macaco
Hojí -Leão
Holongo -Antílope
Hondo -Cabra
Hongolo- Arco-íris
Hulukuku -Comida servida em rituais de óbito
Humba- Vasilha
Iaísa- Apimentar
Iamuenhu- Vivo
Iatetama- Lua nova
Imbamba- Ferragem
Ímbia -Panela
Imbua- Cão
Imóxi -Único
Ingo- Leopardo, Onça
Inji -Mosca
Inzo- Casa
Ioela- Banho
Iparubó (Kasanji) -Imolação
Iuná (PL.:Ianá)- Aquele, Aquela
Iungo- Energia da terra
Ixí- Terra
Izô -Energia do fogo
Jakuna -Triturar grãos com pedras, para fazer pó
Jena -Urina
Jikama -Cicatrização
Jiluvia -Ervilha
Jindemba- Trançar os cabelos
Jinsambu -Oração
Jinzebu -Musgo
Jula -o mesu Abrir os olhos
Kabakata- Puro
Kabanda Adjunto - Auxiliar de Ebá
Kabila- Pastor
Kabiribiri Cachorro - Cadela
Kafuzu -Aldeão
Kahondo -Cabrito - Cabra
Kaijoko -Periquito
Kalunga -Mar
Kalungangombe- Profundezas (além túmulo)
Kama -Triturar raízes e ervas para tirar o sumo
Kamba- Amigo
Kambundo -Auxiliar (Cambono)
Kambuta- Anão
Kamuenhú -Espiritual
Kamutuê -Coroa (cabecinha)
Kana! -Não!
Kanga- Apertar
Kangombe Novilho - Novilha - Bezerro - Bezerra
Kankúlu -Cova rasa
Kasanji -Frango - Franga
Kasau-sau- Urtiga
Katinga- Mau cheiro nas louças de assentamento
Katula- Marcas ritualísticas
Kaxaxí -Exterior - Fora
Kazola -Primeiro filho feito (Vovó)
Keba- Varejeira
Kene-- Sem
Kenguluka- Afastar o mal
Ki- Quando
Kiá- Já
Kiabolo- Podre
Kiaíba -Mal
Kiala (PL.:Iala)- Unha
Kialenguluka -Prestes
Kialoki- Mágico
Kialu -Cadeira
Kiama- Animal
Kiambají -Exterior
Kiambote-mbote Precioso
Kiambu- Preparação
Kiamene -Três dias depois da ngolela
Kiana -Caçar
Kianda Sereia
Kiangangama-- Azedo
Kiangu (PL.:Iangu)- Erva
Kiankulu- Muito antigo
Kiaola- Amargo
Kiasema- Puro
Kiatanganga -Santo que vem junto (adjuntó)
Kiavoka- Absurdo
Kiazaílua Apto - Preparado
Kiba- Pele
Kibabu- Afago
Kibasu -Acha de lenha
Kibota -Atoleiro
Kibukidilu Abano - Abanador
Kibulukutu -Azar
Kidi -Verdade
Kidikuatesa- Amparo
Kidiuanu- Aparição
Kiekelela Entrega - Acompanhar na dança (Santo)
Kienza -Limpeza
Kifu -Aborto
Kifuba- Osso
Kifutu- Prenda
Kifuxi- Exército
Kihondo- Bode
Kihundu- Batizado
Kihuze- Pavão
Kiiala- Entidade
Kijandanda- Aranha
Kijijidiku- Exigência
Kijila -Abstenção, Proibição
Kikasú -Corda feita de cipó
Kikete- Ouro
Kiketi -Aço
Kikolo -Sabugo de milho
Kikóue Vitória
Kikuanga (PL.:Ikuanga) -Pão de mandioca
Kikuma- Ódio
Kikungu -Esponja
Kikutu Mistério
Kilembe -Árvore da vida (sagrada)
Kiloko- Maldição
Kilombo- Aldeia, cidade
Kilumba- Moça
Kiluminu- Trovoada
Kilupu- Ventania
Kima Coisa
Kimbanda -Mago - Curandeiro
Kimbangi -O que recebe o iniciado a cada passo da Nkenda
Kimbele- Punhal
Kimbinda -Vasilha de pele para água
Kimbulu- Varicela
Kimbungu- Lobo
Kimenga- Dia dedicado às oferendas
Kiná- Aquilo
Kinama (PL.:Inama)- Perna
Kinanu- Puxador
Kinda- Cesto
Kindala- Agora
Kinene- Muito
Kinene-nene Absoluto
Kingongo- Varíola
Kinguadi- Perdigão
Kini -Azul
Kinjila- Avestruz
Kinsari -Pantera
Kintombo -Abril (mês das chuvas)
Kipata -Misticismo
Kipelepelalu -Preparativos, Preparação
Kipepumunu- Vela
Kipokó -Facão
Kirila- Alforje (Nkongobila)
Kirima- Vegetal
Kirimbú -Mistura
Kirirí (PL.:Marirí) - Kirirí uá nxi = Colchão de ervas Colchão
Kisadí -Trepadeira
Kisakidilu -Agradecimento
Kisala- Pena, Pluma
Kisama- Tocha, archote
Kisekele- Areia
Kisongo- Corte no cabelo na kamutuê
Kisuko- Ilha de rio ou lago
Kisukú -Extremo
Kisula- Mulher estéril
Kisumbe -Ingredientes
Kita- Feixe, Molho
Kitadi- Dinheiro
Kitanda -Praça - Mercado - Feira
Kitelembú -Coberto
Kitololo -Arrependimento
Kitonda- Aplausos
Kitoto- Chaga
Kitu- Ânfora
Kitují -Outubro (mês das flores)
Kitulu- Flor
Kituxi- Crime
Kiuabesu- Ornamento
Kiuéie -Aurora
Kiumba- Alma penada
Kixaxi- Palha
Kixikinu -Aprovação
Kixiluanda -Pirão com peixe
Kiximanu -Homenagem
Kixiriximba- Erva de Santa Maria
Kizelu- Honestidade
Kizenzu- Balde
Kizola (Nkenda = Kikongo)- Amor
Kizúa- Dia
Kolo -Crânio
Kolombolo -Galo
Kombo -Agricultor
Kondé! -Basta!, Chega!
Kota- Mais velho(a)
Kotelele -Muito acima, muito superior
Kua -Pelo, Por
Kuana -Cortar o cabelo
Kuateso- Ajuda
Kubalumuka- Erguer-se - Levantar-se
Kubalumuna- Acordar - Despertar
Kubana -Dar
Kubana- Dar - Entregar
Kubanda -Subir
Kubanda- Subir - Galgar - Trepar
Kubanga- Fazer
Kubangika- Abandono
Kubatalala- Abaixar-se
Kubeka- Trazer
Kubelesela- Obediência
Kubeza- Adoração
Kubilula- Virar
Kubinga- Implorar - Pedir - Rogar
Kubolama- Ajoelhar-se
Kubonga -Aspergir
Kubongolola- Recolher
Kubonza -Aspersão
Kubuka- Abanar
Kubunjika -Dobrar
Kúdia (PL.:Makúdia)- Comida - Comer
Kudisuitisa- Preparar para enfrentar um mal
Kudisuka- Aborrecer-se
Kuebi?- Onde?
Kueda- Passo
Kuenda- Andar
Kuenda atuadi -Acompanhar
Kuendela (oku ntu)- Adiantar (fazer Nkenda antes dos mais antigos)
Kufirimika -Colocar de barriga para baixo
Kúfua -Morte
Kufukama- Ajoelhar
Kufumala -Defumação
Kufuta- Pagar
Kuhinga-Nzambi Promessa, Jura
Kuhoka -Círculo
Kuíba- Maldade
Kuika -Deitar fora (da camarinha)
Kuikila- Acreditar
Kuixana -Chamar
Kujika -Fechar
Kujikula -Abrir
Kujinga- Dia dos cortes
Kukanda- Cavar
Kukasa -Sabor azedo
Kukaxi- Dentro, No interior
Kukeka -Brado agudo e prolongado
Kúkia- Sol nascente
Kuku -Vovô, Vovó
Kukuta -Amarrar
Kulembele- Sol poente
Kulendukilaku- Humilde
Kulendula -Amolecer
Kulu (PL.:Malu) -Pé
Kuluka-- Agachar-se
Kumuíka- Iluminar - Acender velas ou tochas
Kunana- Puxar
Kunda (Kikongo) -Assentamento
Kundúla -Confirmação
Kungunguma -Brado cavo e profundo
Kunhana- Roubo - Roubar
Kunoka -Chuva - Chover
Kúnua -Bebida
Kupamena -Borrifar, Salpicar
Kupamenha (kupamenha uá Tatetu Hongolo) -Espargir água
Kúria -Oferenda de comida e bebida às almas
Kusaka- Imolação
Kusama- Carregar
Kusamanu -Outono
Kusamba -Celebrar
Kusata -Oferecer sacrifício
Kusendela -Acender
Kusoma- Carregar
Kusota -Procurar
Kusubula -Não acabar, não terminar
Kusuka Descorar
Kusukama- Pobreza
Kusukula -Lavar
Kutala- Olhar
Kutanu -Primavera
Kutema- Ferro
Kutena -Poder
Kutonda- Aplaudir
Kutondela- Agradecer
Kutululuka- Humildade
Kutuma- Mandar
Kutunga -Costura - Costurar
Kuvungunuka- Alvorada - Alvorecer
Kuxí? -Quanto (a - os -as)?
Kuxibaka- Não cumprir
Kuxikama- Assentamento
Kuxima- Aperto
Kuxingila- Invocar espíritos
Kuzaísa Advertência
Kuzakela- Vestir (o Santo)
Kuzamba- Pedir a bênção
Kuzámbula- Profecia
Kuzangula -Levantar
Kuzedíua -Felicidade
Kuzeka- Adormecer
Kuzola- Amar
Kuzuika- Amolar - Afiar
Kuzuka- Moer, triturar, macerar
Lelu- Hoje
Lembá oku-n-zola- Amar uns aos outros
Liéji- Luar (Energia da Lua)
Londama -Procissão (Águas de Lembá - Almas)
Longa- Aprender
Luazi- Machado
Lubambu Corrente
Luenjí- Lua cheia
Luinta -Assobio
Lukaninu -Despedida
Lukavú- Cova, sepultura
Lukola -Álcool
Luku -Pirão
Lukuaku (PL.:Malukuaku ou Maku)- Mão
Lukudá -Algodão
Lumata -Tomate
Lumba- Coelho
Lumbi -Inveja
Lumbonzo (PL.:Jimbonzo)- Batata
Lumbu -Muro
Lumbú uá ndokí -Dia dedicado a Pambujila e Akulo (Oroxixé)
Lúmbua -Salsa
Lumoxí- Uma vez
Lumuenu- Espelho
Lunda (Kikongo)- Celebrar
Lundemba -(PL.:Jindemba) Cabelo
Lunga- Aro (idé)
Lunguba- (PL.:Jinguba) Amendoim
Lunkiesa- Agosto (mês da 8ª lua nova)
Lusambilu- Altar - Gongá
Lusangelu- Apresentação
Luseke -Protetor dos caçadores
Lusempesu- Sobremesa
Lutekamu Cruzeiro
Lutenselu- Âncora (física - que se usa em magias)
Lutualu- Acompanhamento
Luualu- Cogumelo
Luvunu- Falsidade
Mabulukutu -Carvão de pedra, Carvão de coque, Hulha
Mafu- Erva seca em pó
Maionga- Banho de purificação
Majende- Hortelã
Mají -Azeite, Óleo
Makanha -Erva Santa
Makanho- Fumo
Makita- Vento
Makóiu Bênção
Makú Mênstruo- (estar de bajé)
Makutu- Mentira
Malava- Bebidas destiladas
Malunga (PL. ilunga)- Argola
Mama- Mãe
Mama múngua -Madrinha
Mam'é!- Ó minha Mãe!
Mandinga- Preconceito
Marimba -Música
Masuika -Triângulo formado com pedras para se colocar a panela no fogo
Matarí -Pedreira
Maza -Água
Mazá - Zanu Ontem
Maza mabundi -Sumo de ervas
Maza mburia- Sumo de ervas especial
Mazadinaku- Três dias antes
Mazanga (PL. izanga)- Pântano
Mbalalá (Kikongo)- Cemitério
Mbalalé- Cemitério
Mbamba- Açoite
Mbambu- Veneno
Mbandu- Arco para flechas
Mbangu- Pá
Mbanjí -Arma
Mbanze -Amuleto
Mbejí- Lua
Mbemba -Ave
Mbenda -Pancada
Mbiji- Peixe
Mbimbi -Vibração
Mbinga -Chifres
Mbolê- Mato(a)
Mbolo- Pão
Mbombe- Cinzas quentes
Mbonzo -Tristeza
Mbório -Pardal
Mbote -Tudo que representa o bem, bom, amor, etc.
Mbote-etadí Imã- (pedra do bem)
Mbuanana (PL.:Jimbuanana)- Pulga
Mbuanza- Confiança
Mbudi- Carneiro, Ovelha
Mbuenga -Algibeira (Caboclo)
Mbúia -Prado
Mbuke- Orvalho
Mbulu- Paca
Mbundi- Porteira, Portal, Portão
Mbundu -Lamento, Pranto, Choro
Mbungula- Espírito das trevas
Mbunze -Anil
Mbunzu (PL.:Mibunzu) -Sabão
Menga -Sangue
Menha -Energia da água
Mete- Saliva
Miijí- Grupo de pessoas da mesma origem
Mikasi hixaxi -Contra-eguns
Misongo- Espinhos do Dendê
Mitendu Coro - conjunto de vozes com energia
Mombe -Alva (Clara - Branca)
Mona (muana) (PL.:Ana)- Filho(a)
Mon'a ngulu- Leitão
Mon'amúngua (Mona amúngua)- Afilhado
Mon'a'xi- Filho(a) da Terra
Móngua -Sal
Monhi- Poderoso
Mpaíka- Saída
Mpambu- Encruzilhada
Mpembe- Amarelo
Mpumpa- Solteirona
Mu ukulu- Antigamente
Muadiakimi- Adulto
Muanda (PL.:Ianda - Kikongo) Espírito
Muanha- Sol
Mubangí -Combatente, valente
Mubika -Escravo
Múdia (PL.:Mídia)- Tripa
Muebu- Sobrinho(a)
Muende (PL.:Miende) -Sardinha
Muene Ele - Pron. pessoal absoluto
Muenge- Cana
Muenhu- Existência, Vida
Mugingi (Mugingi uá Unvuama = Talo de Mamona) Talo
Muhatu -Mulher, feminino
Muiii (PL.:Eiii)- Ladrão
Muilo -Luz do Sol (Energia do Sol)
Muimbu -Canto (música vocal)
Muisu- Pilão
Mujibi- Assassino
Mujinha (PL.:Mijinha)- Algodoeiro
Mukaji- Esposa
Mukamba-kamba Amora
Mukanda- Carta
Mukangalú -Travessa
Mukata -Amarrado de folhas para sacudimento
Mukekete- Macieira brava
Mukenge -Raposa
Muki -Energia
Mukila- Rabo, Cauda
Mukita-sukú- Energia da Noite (oculto)
Mukoko -Coqueiro
Mukokolo -Alcaparra
Mukolo -Amarra - Corda
Mukonda -Porque
Mukongo- Caçador
Mukuanhi (PL.:Akuanhi)- Quem? Quais?
Mukulu -Vidente
Mukuluja- Vala
Mukunjí -Anjo
Mulambi- Cozinheiro (a)
Mulaula- Neto
Mulembu (PL.:Milembu)- Dedo
Mulenge- Vento
Mulhenge -Touca, Turbante (feminino)
Muloji -Feiticeiro (a)
Mulolo- Mamoeiro
Muloloki- Perdão
Mulonga -Ofensa
Muluangu (PL.:Maluangu) -Ferreiro
Mululu -Bisneto
Mulume- Marido
Mulundilu- Zelador
Mulundu -Montanha, monte, morro
Mumbundu -Preto
Mumu- Aqui
Mumzumbí -Chuva miúda
Mundele -Branco
Mungu -Amanhã
Munha- Espinho
Munhako- Humildade
Muongo -Coluna (corpo físico)
Mupémbia -Malva
Mupueta- Âncora
Musakidí -Bruxo(a)
Musalu -Peneira
Musumu- Presságio
Musungu -Albino (são todos filhos de Tatetu Lembá)
Mutakalomba -Caça (animal de)
Mutakanga- Oliveira
Mutombe- Batedor, guia, condutor de caça, seguidor de pista
Mutombo- Bagre(peixe) frito no dendê
Mutomo -Primeiros sinais de um trabalho
Mutona- Atum
Mutonde- Agradecido
Mutoto- Argila
Mutu (PL.:Atu)- Pessoa
Mutudi -Viúva
Mutuê- Cabeça
Muvunge- Protetor
Muxi (PL.: Mixi)- Pau, Árvore, Madeira
Muxikí -Músico
Múxikongo- Quem sai da Terra de Kongo
Muxima -Coração (Voz interior)
Muxinga -Chicote - Açoite
Muxingibi- Invocador de espíritos
Muxitu- Mata
Muzambu- Adivinhação
Muzangala- Moço
Muzeze -Acácia
Muzondo (PL.:Mizondo)- Uva
Muzuze -Assador
Ndâlu -Saia
Ndamba- Creme usado para untar "katula"
Ndandu -Abraço, Parente
Ndembu- Perfume, Aroma, Essência
Ndende- Azeite de Palma
Ndenge- Menor, mais novo, pequeno
Ndiba -Massa
Ndojí -Sonho
Ndose -Vulto
Nduku- Caverna
Ndumbe- Aprendiz
Ndumbú -Prostituta
Ndumuka -Salto - Pulo
Ndungu -Pimenta
Nfinda- Floresta
Nfite -Formiga
Nfunfu- Pó
Ngala- Alegria, Roupa de festa
Ngamba- Enviado Divino
Ngana -Senhor - Deus, Nkisi e seres especiais
Nganga -Santo, Divino
Ngangu -Conhecimento, saber, sabedoria
Nganhu- Êxito
Ngela -Poente
Ngelelu -Condimento
Ngi Eu - Pron. pessoal prefixo
Ngijí -Rio
Ngó Só - Somente
Ngolela -Oferenda
Ngolo -Energia
Ngolu -Zebra
Ngombe -Touro, vaca
Ngombo -Boiadeiro, vaqueiro
Ngonga -Águia
Ngonge- Aviso
Ngote- Tronqueira
Nguadi -Perdiz
Nguba- Amêndoa - Abrigo
Ngulu -Porco, Porca
Ngumbe- Codorniz
Ngunji -Pilar
Ngunza- Ajudante
Nguzu Força
Nhiki- Abelha
Nhoka- Cobra
Ni -E, com
Niáxa- Bicho, animal
Njende -Verme
Njila- Rua, Abertura, Passagem
Njimba- Moela
Njinda- Cólera
Njungu Louro
Nkadi-o-Mpemba- Espirito do Mau
Nkangí- Sábio
Nkanjí- Ânsia, Anseio, Vontade
Nkelê -Fio de contas de proteção ao iniciado
Nkelekelo -Preceitos
Nkelu- Altivo
Nkembu ndongo- Palmas ritualísticas
Nkenda- Caminho interior (para dentro de si mesmo)
Nkenda (kikongo)- Amor
Nkinzi -Festa do Santo
Nkisi (PL.:Mikisi) -Energia Divina
Nkitu -Esterilidade
Nkixí Ídolo - Representação Espiritual de Animais ou Elementais
Nkoba- Adivinhação
Nkobi Ídolo - Ser protetor e cobrador das promessas e acordos
Nkoko -Poça de água estagnada
Nkongo Pescoceira - (Kelê)
Nkongo (kikongo)- Caçador
Nkonka- Vaso de barro com a boca larga
Nkonko -Prego - Cajado
Nkuikidí- Místico, devoto
Nkuikini- Crente
Nkumba- Umbigo
Nkumba- hixaxi Umbigueira
Nkundi- Mensageiro, carteiro
Nkusu -Papagaio
Nkutu -Saco - Saca
Nlele -Roupa, vestimenta
Nlenge -Ar
Nlengu -Andorinha
Nloloke- Absolvição
Nloloki- Absolvidor
Nlongi -Professor
Nlukumuni- Procriação
Nlulu -Funcho
Nlumba -Lebre
Nlundi- Guardião
Nsaba- Ervas medicinais
Nsambu- Ritual
Nsanga -Guia de miçangas
Nsasala -Planta mágica
Nsengi- Lagarto
Nsongu -Angústia
Nsuka- Mau êxito
Nsuluki -Anil
Nsunda- Ser de grande poder
Nsunga- Aroma
Ntadí- Moeda
Ntadidí- Auxiliar
Ntambi Óbito - Falecimento
Ntomo -Sabor
Ntonta- Experiência
Ntubudí- Ventarola
Ntumua- Enviado
Nu Vós - Pron. pessoal prefixo
Nvatilú- Tridente, garfo
Nvu (PL.:Manvu)- Ano
Nvungu -Abutre
Nxí -Ervas litúrgicas
Nxima -Acordo - Trato
Nzabala -Aura
Nzakí- Cedo
Nzala- Fome
Nzamba -Elefante
Nzambi -Deus
Nzambi ikale ni enhe!- Expressão de despedida - Que Deus lhe acompanhe!
Nzambudi- Profeta
Nzenjí- Açúcar
Nzo- (Kikongo) Casa
Nzojí- (Kikongo) Sonho
Nzola- Afeição
Nzo-lambi-Cozinha
Nzombo Verdade
Nzumbi- Espírito - Alma
Nzunu- Nariz
O -A (artigo)
Oberó -Alguidar de barro
Ojá -Pano usado no Peito amarrado no ombro (homens)
Oko -Aí, nesse lugar
Ongolola (Bongolola)- Recolhimento
Paku -Arruda
Pala- Para
Pokó (PL.:Jipokó) -Faca
Riéji -Lua
Samakaka- Pano usado na cintura
Sambilê (também Sambilú)- Capela, local de preces
Sambulua- Consagrar
Sanjí- Galinha
Sanzá -Cesto de vime
Sanzumuna -Sacudimento
Sekají -Tia
Soba Senhor - patrão, chefe, autoridades, etc.
Sosa- Lança
Suekí -Dia de luz
Sukú ia kalunga Morte - ao pé da letra = escuridão do cemitério
Takula- Dandá da Costa
Tanáku! -Expressão de recepção com alegria
Tangu- Ramo
Tata -Pai
Tata-múngua Padrinho
Tat'é! -Ó meu Pai!
Tavula- Papa - Mingau
Temba -Tudo que representa o mal
Tíia - Tuia (Kikongo) Pólvora
Tongama -Limpeza da casa no último dia do ritual de óbito (oitavo dia)
Tu Nós - Pron. pessoal prefixo
Tukú -Pena colorida de ave
U- Tu, Ele - Pron. pessoal prefixo
Uá- De, Do, Da
Uakidi- VERDADEIRO
Ualua -Cerveja
Uanda- Primeiro dia do ano
Uanda- Rede
Uembu- Concórdia
Uemita -Grávida
Uhaxi -Doença
Uhaxi -Moléstia, Doença
Uikí -Mel
Uísu -Verdura
Ujitu -Presente
Ukalunga -Praia
Ukamba -Amizade
Ukexilú -Dons para-normais
Ukindi- Honra
Ukundu -Erva Leiteira
Ulokelu- Modo de fazer ou preparar um feitiço
Ulumba- Mocidade feminina
Ulungu -Canoa
Umbanda -Magia - Cura - Medicina
Umone- Vidência
Unana- Alpiste
Undandu -Parentesco
Undingi- Vaso para água, Porrão
Undu- Óleo consagrado
Unhoxi- Vespa
Unkólua- Alcoolismo
Unkulu -Avô, Avó
Unlodí (Kikongo)- Tridente, garfo
Unvuama- Mamona
Unvunji -Ingenuidade
Unzambi- Divindade
Uoma- Medo
Uondeka -Por de molho
Usuku (PL.:Mausuku)- Noite
Uta -Espingarda
Utuma- Argila
Uzangala- Mocidade masculina
Valanganza -Caveira
Valumuna- Corte de cabelo
Viangongo- Fogo
Visi (PL.:Ivisi) -Osso
Xala!- Adeus!
Xal'é!- Adeus!
Xilivisu -Trabalho
Xilú -Patuá
Xima- Abrir buraco
Xima kiambe- Pote do bom poder
Xingu -Pescoço
Xitu -Carne
Xorô -Ritualística (que se usa no ritual - como fazer o ritual)
Yangi- Pedra porosa pertencente a Pambujila
Zalata- Alface
Zanu - Mazá Ontem
Zoama -Apiedar-se
Zolela -Agradar


Fonte:
Candomblé Bantu Angola
https://www.facebook.com/pages/Candombl%C3%A9-Bantu-Angola/510786548985872

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Hino do Candomblé em Ketu


Pai de Santo desabafa e se diz vítima De Perseguição Religiosa

Pai de Santo desabafa e se diz vítima De Perseguição Religiosa*


Na manhã de ontem, o Pai de Santo Fabricio Leal compareceu ao Fórum de Ilhéus para uma audiência de conciliação. Ele é acusado de promover perturbação pública. Na oportunidade, o promotor propôs que ele varresse ruas da cidade durante 8 meses como forma de condenação. O castigo alternativo foi recusado.

Para o candomblecista, acender velas e incensos no interior de sua casa e cantar louvores aos Orixás não deveria ser considerado perturbação pública. Da mesma maneira que ele tem seus instrumentos, como adjás e atabaques, outras religiões têm seus microfones e baterias.

Fabricio afirma que no bairro Hernani Sá, assim como em outros locais da cidade, são abertas igrejas em vários esquinas, mas, Casas de Axé são menosprezadas. Nas granjas sacrificam animais e comercializam. Em relação ao Candomblé, isso é visto como arte satânica ou perversidade. “Até quando vai ser assim? Até quando os evangélicos poderão fazer seus cultos a céu aberto e o candomblé precisará se esconder?”, pergunta o Pai de Santo.

“Todo o cidadão que cumpre com seus deveres perante a sociedade deve ter seus direitos reservados. Então onde estão os órgãos que nos protegem? Por que ao invés de guerrear e criticar uns aos outros, não nos unimos para defender nossa causa. Já pensou se todos os evangélicos no poder resolvem nos processar?” Adverte .

“Não estou no candomblé por um simples capricho, estou por acreditar e ter fé nos meus ancestrais, nos orixás nascidos na África e protetores de nossa terra abençoada. Creio acima de tudo na justiça, mas na justiça de Olorum e dos Orixás. Tenho fé em Xangô que é cultuado na minha casa com todo respeito e acredito nos meus amigos e irmãos de Axé. Tenho certeza que não irão me criticar e sim me apoiar, nessa causa que não é minha, mas sim de todos nós.” Finaliza o Pai de Santo indignado com a acusação.

Pai de Santo Fabrício Leal
Fonte: Blog do Gusmão

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O CASTELO DE OXUM - Um filme de Luiz Arnaldo Campos

Filme produzido pra Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro no projeto "Quilombo - Prevenção e Promoção de saúde em DSTs/Aids nas Comunidades de Candomblé e Umbanda no estado do Rio de Janeiro".

Um filme de Luiz Arnaldo Campos com - Janaína Moreno / Marcos Serra / Alê Freytas / Mustafá
Participação especial: Ogam Jorge Zulu e Ogan Betinho

Cartilha Contra a Intolerância Religiosa Cartilha contra a intolerância religiosa produzida pelo CEN em 2009

Acesse o link e tenha e veja a cartilha:
http://issuu.com/marciogualberto/docs/cartilha_versao_final

quinta-feira, 30 de maio de 2013

EM CARTAZ NO TEATRO SESI RIO VERMELHO - Espetáculo “Lenda das Yabás”

EM CARTAZ NO TEATRO SESI RIO VERMELHO - A Companhia de Teatro Terra Brasilis encena o Espetáculo “Lenda das Yabás”, que trata a ancestralidade da cultural Afro, com texto de direção de Fábio S. Tavares

O QUE: Espetáculo “Lenda das Yabás”

QUANDO: (01, 08, 15 e 29) de Junho às 20:h. - Sábados

ONDE: Teatro Sesi Rio Vermelho (Rua Borges dos Reis, 09, Salvador, Rio Vermelho.)

INGRESSOS: R$ 20, (int.) – R$ 10, (meia) – Classificação: 16 anos

CONTATOS: 71- 3018-7122/ 3328-3628 – www.lendadasyabas.blogspot.com.br





RESUMO SOBRE O ESPETÁCULO:


O Espetáculo Lenda das Yabás, que está em cartaz há ininterruptos cinco meses, realizará quatro apresentações em curta temporada no Teatro Sesi Rio Vermelho sempre aos Sábados (01, 08, 15 e 29) de Junho às 20:h.

A encenação que tem texto e direção de Fábio S. Tavares (Escombros, Benedita, Fogueira) apresenta a história da ancestralidade da cultura afro-brasileira utilizando-se das lendas de sete Yabás: Yansã, Obá, Ewá, Oxum, Nanã, Otim e Yemanjá descrevendo a fúria de um Deus (Olorum) que age de acordo com suas emoções. O espetáculo traz os Orixás em forma humana e sua dramaturgia valoriza a oralidade das personagens frisando que todo ser vivo possui uma parcela divina sendo capaz de se conectar com Deus com base nas suas energias e ações emitidas.

A história contada pelos 17 atores da Companhia de Teatro Terra Brasilis se localiza num passado e tempo indefinidos onde revoltado com a destruição e discórdias que os homens vêm causando a aiê (Terra) Olorum infertiliza as mulheres (as Yabás) e prende a chuva para que a terra fique seca causando a extinção da raça humana. Exu, que consegue chegar a Olorum tornando-se guardião do segredo que poderá salvar os homens e a Terra da destruição aproveitando-se da situação e ao longo de toda história causa diversas armadilhas buscando a vingança pelo mau que os homens lhe causaram exigindo festa e comida para revelar o segredo até que Oxalá vem ao reino de Xangô para selar a paz entre Olorum e os homens transformando-os em orixás e conscientizando os Seres que ali antes viviam sem valorizar o que lhes é dado de forma generosa pelo Deus Maior.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Ogun – Outras vozes

ogun1 
Imagem: Eduardo  Pedras
Ogun foi chamado para guerrear. Limpar o mundo antes dos seus irmãos chegarem.

Serão muitas lutas e sem tempo para encerrar.

Talvez toda uma vida.

Ou duas.

Ou até todas.

Irê, sua aldeia, fica triste, mas não desamparada.

Não querem que vá, mas sabem de sua determinação. Sua natureza.

Lamentam dançando na noite anterior à ida.

No meio dos festejos, ele pede ao filho, que será o novo Oni, que todos os seus dediquem um dia em sua homenagem. Um dia que devem jejuar, não olhar para o horizonte e manter o silêncio. Devem orar para que tenha força, para lhe dar coragem. Para nunca se esquecerem dele.

Aceita.

Aceitam.

Òrun nasce, ele grita e vai.

Nos primeiros tempos ele se torna grande, muito maior do que o baobá, e guerreia contra todos os flagelos dos homens.

Depois se torna sete e parte para todos os cantos, para cima por baixo e entre. Luta contra todas as naturezas. Abre caminhos

Sabendo o mal dos corações, se torna pequeno. Os inimigos dos irmãos caem.

Também peleja contra a sua preguiça de lutar. Alguns amigos pelos inimigos se entregam. Abre caminhos para os irmãos.

Pune, retalha e se consome. Alguns inimigos fogem enquanto ele sente falta de Oya que foi se ter com Xangô.

Dilui as trevas com suas ferramentas.

Limpa e sujam.

A luta também cansa.

Um dia pela saudade cai. Quer ir para poder voltar. Quer rever, quer dançar com os seus.

Volta.

Ogun vem mais magro. Quer estar em Iré. Quer estar em sua terra.

Chegando à primeira cabana pede água.

Ninguém o atende.

Entra e encontra todos, a família, sentada, olhando para o chão. Pede comida. Nada.

Imagina que por estar sujo.

No riacho se purifica.

Na próxima cabana encontra a mesma mudez.

Chega na aldeia.

Homens, crianças e mulheres andam devagar e cabisbaixos.

Não o reconhecem!

Acredita que não o querem ali.

Esqueceram de seu rei!

Lutou em vão pelo seu povo!

A ira sai.

Sua fúria dá força aos seus braços. Faz de sua espada, raios, trovões e ventos.

Todos os ingratos morrem. Somem. Sem falarem nada. Sem gemerem.

Na mata, cessa o desejo. Dorme.

Dia seguinte encontra os seus filhos.

Não estão alegres em vê-lo.

Contam que não puderam defender a aldeia no em dia que cumpriam o desejo de Ogun.

Ogun grita.

Sua ira vem sem pedir. Vem com o remorso. Vem contra ele.

No segundo grito enfia sua espada no chão que se abre.

Ogun entra e some.

Sobre Plínio Camillo

Nasci em 26 de novembro de 1960. Aos três anos descobri que as letras tinham significados. Aos cinco, a interrogação. Aos nove, não era sintético. Aos 12, quis ser espacial. Aos 15, conquistei a exclamação. Aos 17 vi os morfemas. Aos 20 estava no palco. Aos 22 me vi como um advérbio. Aos 25 desenredei a Lingüística. Aos 27 redescobri as reticências. Aos 30, a juventude. Aos 35 recebi o maior presente: Beatriz Camillo, aquela que me trouxe a felicidade. Aos 40 desvendei uma ligeira maturidade. Aos 41 voltei para Sampa!!!. Aos 45, recebi o prazer de viver em companhia. Aos 50 anos, uso óculos até para atender telefone. Hoje: escrevo.

Fonte:
http://coletivoclaraboia.wordpress.com/2013/04/26/ogun-outras-vozes/


Portas abertas para a prevenção



Instituições religiosas de matriz africana no Rio Grande do Norte desenvolvem ações que contribuem para a ampliação do acesso da população a preservativos


"Mãe Luciene, a minha camisinha já chegou?". A pergunta faz parte da rotina da orientadora espiritual Luciene de Oya Togun, durante caminhadas pelas ruas do bairro Nossa Senhora da Apresentação, na periferia de Natal (RN). O loteamento, divisa com os municípios de São Gonçalo e Extremoz, abriga pessoas de baixa renda. A busca dos moradores locais por relações sexuais protegidas é resultado de cinco anos de abordagem preventiva realizada pelo terreiro Ojôloyá Jeje Obéotógundá. Durante as festas religiosas no barracão, além do batuque e das comidas de santo, os preservativos ocupam lugar de destaque nas cerimônias. Essa forma inovadora de acesso à camisinha tem-se revertido em prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis nas comunidades potiguares. O material colocado à disposição dos mais de 300 frequentadores do centro também chega às 19 comunidades religiosas da região, por meio de palestras de combate ao preconceito e de cuidados com a saúde.

Mas o reconhecimento de hoje enfrentou resistência no início. Mãe Luciene conta que na primeira reunião com os filhos de santo, ao expor o pênis de borracha para demonstrar como se coloca a camisinha, teve gente que deixou o barracão, dizendo que não tinha ido ali para ver aquela cena. "Só com o tempo foram entendendo que essa era a melhor forma de conscientizar as pessoas para a prevenção. Principalmente os jovens", diz.

Ela é taxativa ao ser perguntada por que trabalhar o tema saúde em um espaço de culto religioso. "É a mesma coisa de você me perguntar por que trabalhar a fé. A gente trabalha a natureza. Eu sou a minha árvore. A importância da preservação da saúde para nós é a importância da preservação da natureza, da vida", explica.







Leia essa matéria na íntegra e faça o download da revista completa no endereço http://goo.gl/peh6R

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Nosso Blog ultrapassa 2.000 visitas




Mais uma vez muito obrigada á todos pelo carinho, pelas visitas, que a doçura de Kisimbi/Oxum chegue ao coração de cada um de vocês!

 

Blog da Mãe Kuia
Inzo Musambu Rainha das Águas Doce

Os evangélicos progressistas

Seguidores da Bíblia, eles se opõem à violência contra homossexuais, defendem a igualdade entre homens e mulheres e enfrentam preconceito dentro e fora da comunidade religiosa

Alessandra Oggioni , especial para o iG São Paulo |
Eles são evangélicos, frequentam os cultos, leem a Bíblia e lutam para defender suas opiniões pessoais – mesmo que elas distoem do que pensa a maioria de seus irmãos em fé. Patrick, Morgana e Elias são considerados evangélicos progressistas, que se declaram contra a violência aos homossexuais, pregam a igualdade de direitos entre homens e mulheres e adotam uma postura mais questionadora sobre temas polêmicos, não sem enfrentar preconceitos dentro e fora do grupo ao qual pertencem. “Infelizmente, a sociedade vê o evangélico como conservador, limitado intelectualmente e manipulável. Mas esta não é uma imagem totalmente verdadeira”, afirma o comentarista esportivo Elias Aredes Junior, evangélico praticante.
Edu Cesar
Patrick, da Aliança Bíblica: "Para mim, ser progressista é não ter uma relação de submissão incondicional com a figura do pastor ou do líder religioso"

A comunidade evangélica no Brasil conta com mais de 42 milhões de pessoas, de acordo com dados do IBGE. O crescimento do número de fiéis é expressivo – eram 15,4% da população no ano 2000 e chegaram a 22,2%, em 2010.
Embora estejam todos “enquadrados” no mesmo grupo, há denominações bastante distintas. Os ensinamentos são diferentes em uma igreja da corrente histórica, como a Batista ou a Metodista, em comparação a uma pentecostal, à qual pertence a Assembleia de Deus, por exemplo, ou a uma neopentecostal, como a Igreja Universal do Reino de Deus.
Com doutrinas tão diferentes, alguns evangélicos buscam comunidades mais abertas a questionamentos e também participam de movimentos progressistas, para defender interpretações e pontos de vista nem sempre aceitos nos cultos. Conheça a história de três jovens cristãos que se incluem neste grupo.
Edu Cesar
Para Patrick, a polarização "evangélicos versus gays" precisa ser superada
Abaixo a submissão incondicional
Formado em ciências sociais, Patrick Timmer, 27 anos, trabalha como secretário-geral na Aliança Bíblica Universitária do Brasil, em São Paulo. De família evangélica, é membro da igreja Comunidade de Jesus, e se considera um “progressista”. “O termo progressista pode significar muita coisa. Para mim, é não ter uma relação de submissão incondicional com a figura do pastor ou do líder religioso”, define.
Para Patrick, tudo o que é ouvido no culto precisa “passar pelo crivo das escrituras e ganhar uma interpretação coerente”. Ele acredita que todo evangélico deve ter uma postura crítica e saber buscar respaldo na própria Bíblia. “É preciso analisar o contexto, procurar literaturas de apoio, conversar com outras pessoas. O diálogo e o debate sempre ajudam na construção de uma democracia saudável”, afirma.
A submissão para justificar a violência não tem base bíblica”
Ele explica que, em muitos casos, trechos da Bíblia são usados para justificar atos de opressão ou abuso, especialmente contra as mulheres. “Certas leituras podem levar a uma interpretação equivocada de superioridade de gênero. Mas a submissão para justificar a violência não tem base bíblica”, defende Patrick.
Sobre o homossexualismo, comumente alvo de críticas de líderes religiosos e dos políticos da bancada evangélica, Patrick diz que é preciso mudar esta polarização de “evangélicos versus gays”. Para ele, violência e intolerância são inaceitáveis, sejam por racismo, machismo, xenofobia ou homofobia.
Arquivo pessoal
Morgana é secretária-executiva da rede Fale, união de grupos evangélicos que promove a justiça social
A favor de um Estado laico
A missionária Morgana Boostel, 26 anos, também se considera uma evangélica progressista. Ela é secretária-executiva da Rede Fale, uma organização internacional ligada a várias congregações evangélicas, que atua em campanhas contra injustiças sociais. Em março deste ano, a Rede publicou uma carta aberta, assinada por 173 pastores e líderes evangélicos, se posicionando contra a permanência de Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM). Dezenas de comentários na própria página da rede rechaçaram a opinião dos pastores.
“Todos devem ter os direitos garantidos, independentemente da sua história ou trajetória familiar”, defende.
Evangélica desde criança, ela já frequentou a igreja Batista e hoje é membro da Comunidade Anglicana Neemias, na cidade de Vitória (ES). Morgana defende fervorosamente a liberdade de crença e se mostra contrária à intervenção da Igreja em ações do governo. “Estado laico não é a ausência de elementos de fé, mas a possibilidade de expressá-la da forma que cada um considere importante”.
Estado laico não é a ausência de elementos de fé, mas a possibilidade de expressá-la da forma que cada um considere importante”
Para ela, assim como a opção religiosa, todas as escolhas devem ser respeitadas. Cada um é responsável por decidir o que achar melhor para a própria vida, até mesmo quando se trata de questões sexuais. “É inadimissível qualquer tipo de violência contra homossexuais. Isso inclui o preconceito, pois [o preconceito] incita a violência”.
Arquivo pessoal
Elias, comentarista esportivo, é ligado a movimentos progressistas desde a adolescência
Em defesa da diversidade
A igreja não consegue lidar com este cenário multifacetado. (...) Quem não estiver dentro de um modelo preestabelecido fica de fora"
O comentarista esportivo Elias Aredes Junior, 40 anos, sempre foi de família evangélica. Ainda adolescente, aprendeu com os tios a questionar os valores pregados nas igrejas que sempre frequentou. “Comecei a despertar para temas de justiça social e igualdade, o que me levou a participar ativamente de movimentos estudantis”, conta ele, que hoje também frequenta reuniões e encontros do Movimento Evangélico Progressista.
Elias, que faz parte de uma igreja na cidade de Campinas (SP), considera boa parte da comunidade evangélica bastante conservadora. “Muitas vezes, a igreja não consegue lidar com este cenário multifacetado. E isso não é bom porque não contempla a diversidade. Quem não estiver dentro de um modelo preestabelecido fica de fora”, diz.
Ele cita um exemplo que ouviu de um pastor em outra denominação religiosa, que frequentava anteriormente. Durante um culto, o líder disse que, ao ver uma passeata gay, teve vontade de jogar o carro contra a multidão. “Achei aquilo horrível. Posso não concordar com a conduta gay, mas o Estado tem a obrigação de assegurar-lhes todos os direitos, inclusive o de manifestação”, opina.
Para Elias, o problema de lidar com a diversidade vai além da questão gay, incluindo também as novas formações familiares. “Vi vários casos de preconceito contra mães solteiras. Então, quando uma mulher é solteira ou separada, ela não pode ser considerada família pela igreja?”, questiona.
Para mudar este cenário e promover a inclusão, Elias acredita que cabe aos próprios evangélicos lutar pelo que acreditam e “adotar” líderes e representantes que estejam mais de acordo com o perfil de cada um. “O pastor da igreja que frenquento é aberto ao diálogo e respeita o que eu penso. Uma nobre e gratíssima exceção neste cinturão ditadorial existente na comunidade evangélica brasileira”, afirma.

Fonte:

Para encantar nossos ouvidos


Religiões africanas à mercê da intolerância

Mais da metade das casas de umbanda ou candomblé do estado já sofreu algum tipo de discriminação

RIO — Para o agente de saúde Luiz Paulo, de 26 anos, havia chegado a hora de um passo importante no candomblé. Decidiu fazer o santo, rito que significa nascer para o orixá. Por três meses, tinha de vestir apenas roupas brancas e manter a cabeça coberta. Mas encontrou no trabalho, uma clínica da família do Rio, os obstáculos. Sua gerente o proibiu de cumprir seu preceito e exigia que ele usasse seu uniforme. Luiz Paulo tentou negociar: propôs que usasse um boné branco, reduzindo ao máximo seus paramentos religiosos. Vieram sucessivas recusas. Enquanto isso, a gerente, evangélica, reunia sua equipe para orações, dizendo que o clima no grupo estava “pesado”. Pouco tempo depois, Luiz Paulo foi demitido. Resultado, acredita ele, de discriminação religiosa e homofóbica, uma vez que também diz ter sofrido preconceito por ser gay.
No Rio de dezenas de credos, que receberá o Papa Francisco em julho, durante a Jornada Mundial da Juventude, casos como o de Luiz Paulo ainda são frequentes. E atingem sobremaneira seguidores de religiões como candomblé e umbanda, como revela o Mapeamento das Casas de Religiões de Matriz Africana do Estado do Rio, feito pelo Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente (Nirema) da PUC-Rio. Das 847 casas pesquisadas desde 2008, mais da metade (430 delas) relatou episódios de intolerância religiosa contra seus centros ou seguidores nos últimos anos (o levantamento completo será apresentado em novembro, no livro “A presença do axé”).

Tratado como ovelha negra no trabalho
Realidade corroborada por um relatório do recém-criado Centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos (Ceplir, fundado em janeiro e ligado à Superintendência estadual de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos), que chegou à conclusão de que, de janeiro a maio deste ano, foi o candomblé o segmento religioso mais vulnerável à violação de seus direitos no estado.

— Antes de ser demitido, eu era tratado como a ovelha negra da minha equipe. Os problemas se agravaram quando decidi fazer o santo. Nem minhas guias eu podia usar aparentes. Tinha de camuflá-las. Foram meses trabalhando sob pressão e olhares tortos — afirma o agente de saúde Luiz Paulo, uma das 38 pessoas que já procuraram o Ceplir, onde 10,53% dos atendimentos foram para adeptos do candomblé que buscavam orientações sobre seus direitos ou foram vítimas de intolerância religiosa no ambiente de trabalho, familiar ou na vizinhança.

Uma das mais respeitadas e conhecidas ialorixás do candomblé no Rio, Mãe Meninazinha de Oxum conta que um grupo já tentou invadir seu terreiro, em São João de Meriti, para “tirar o demônio” dali. Relata que constantemente sua caixa de correio aparece repleta de panfletos de igrejas evangélicas. Ao andar pelas ruas com suas vestimentas tradicionais, é repetidas vezes abordada por pessoas tentando convertê-la a outras religiões.

— Como todos no candomblé e na umbanda, sofremos principalmente com agressões verbais. Mas também há relatos de agressões físicas. São filhos de santo impedidos de usar seus colares, crianças agredidas nas escolas, casas invadidas... — conta Mãe Meninazinha, que comanda o terreiro Ilê Omolu Oxum desde 1968.
Em 2009, o terreiro de umbanda Centro Espírita Vovô Cipriano de Aruanda, em Caxias, teve o altar, as paredes de quartos de santo e vários objetos religiosos quebrados com uma marreta por um homem. Um ano antes, jovens invadiram e depredaram o Centro Cruz de Oxalá, no Catete. Já no barracão do sacerdote Alexandre Nunes Feijó, no Largo do Pechincha, na Zona Oeste, ele conta que voltava do Mercadão de Madureira, quando encontrou a frente de seu terreiro cercada por um grupo de parentes de um adolescente de 14 anos que fazia sua iniciação no candomblé — quando há um período de reclusão de duas a três semanas.

— A mãe, filha de santo, tinha autorizado. Também era uma vontade do menino. Cheguei, expliquei o que estava acontecendo, mas não houve conversa. Eles me acusaram de cárcere privado e chamaram a polícia — diz Alexandre.
A polícia também já foi chamada algumas vezes por vizinhos do Templo A Caminho da Paz, conta Amélia Martins, diretora de estudos do centro, no Cachambi. Todas as vezes, foram reclamações sobre o barulho. Só um dos muitos exemplos, segundo ela, de resistência à religião, que tem suas origens no Estado do Rio e cujo primeiro templo foi a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, de 1908, em São Gonçalo.
— Existe uma guerra silenciosa contra a umbanda. Isso tem feito alguns terreiros desaparecerem — afirma Amélia, revelando outra consequência da discriminação. — Muitos de nossos médiuns, por receio, escondem a religião no trabalho, no ambiente escolar e até mesmo familiar.

Sem coragem de contar para a mãe
É o caso do jovem Rodrigo D’Oxum, de 26 anos, frequentador do Centro Espírita Cabana das Almas, em Nova Iguaçu. Aos 18 anos, ele ingressou na umbanda. Mas ainda hoje não contou à família, cuja mãe, é “católica fervorosa”.
— Quando decidi pela umbanda, ainda morava com ela. E tenho certeza de que se criaria uma situação muito chata em casa — diz Rodrigo, que conta ainda ter medo de ser agredido ao fazer trabalhos em encruzilhadas à noite.
Cerca de 80% dos ataques contra religiões de matriz africana acontecem em ruas e parques. A professora do Departamento de Ciência Social da PUC-Rio e coordenadora geral do Nirema, Sonia Giacomino, destaca que, na maior parte dos casos, os adeptos dessas religiões são os alvos. Mas há também casos de terreiros apedrejados. Mais de 80% dos agressores, ainda segundo o mapeamento, são vizinhos dos centros e grupos evangélicos. Mas Sonia alerta que não se pode generalizar, porque eles não representam o conjunto dos evangélicos.

Superintendente estadual de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, órgão ligado à Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento observa ainda que a discriminação atinge outros grupos:
— Há, por exemplo, crianças muçulmanas perseguidas dentro da escola. Ou perseguição a integrantes de movimentos agnóstico e ateísta.
O Ceplir faz atendimento inicial pelo telefone 2334-9550 ou em sua sede, na Central do Brasil. Um grupo de 20 pessoas de credos diferentes trabalha agora em propostas de políticas públicas contra a intolerância religiosa. No dia 30 de maio, será apresentado à consulta pública o Plano Estadual de Enfrentamento da Intolerância Religiosa, o primeiro em âmbito estadual no país.


Vizinhos já chamaram a polícia, reclamando do barulho nas celebrações de templo no Cachambi
Foto: Marcelo Carnaval / O Globo
Vizinhos já chamaram a polícia, reclamando do barulho nas celebrações de templo no Cachambi Marcelo Carnaval / O Globo
 
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/religioes-africanas-merce-da-intolerancia-8471972#ixzz2U9Zx8PW9
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terça-feira, 21 de maio de 2013

Assista Minissérie Mãe de Santo - Completa


 Episódio 01 Exú / Mavambu

Episódio 02 Ogum / Nkosi

Episódio 03 - Oxossí / Tawamim


Episódio 04 Ossãe / Katende

Episódio 05 Omulu / Kaviungo

 

Episódio 06 Oxumarê / Angoro

Episódio 07 Nanã / Zumbarenganga

Episódio 08 Logun Edé / Telecompensu

Episódio 09 Oxum / Dandalunda

Episódio 10 Yansã / Matamba

Episódio 11 Obá 

Episódio 12 Ewá 

Episódio 13 Yemanjá / Kayaya

Episódio 14 Xangô/ Nzazi

Episódio 15 Oxalá / Lemba Final da Minissérie 

Fonte:
postado por Povo do Axé
http://www.povodeaxe.com.br - O Seu Portal de Notícias

SINOPSE: A Ialorixá, através de seu terreiro, conduz várias histórias baianas.
Minissérie com pouca repercussão exibida na Manchete.
Não tinha uma trama central. Mãe de Santo era composta por 16 capítulos, cada um com uma história, que mostrava uma boa pesquisa sobre os ritos lendários do candomblé.
Infelizmente essa proposta não deu certo, e a minissérie acabou ficando por demais confusa. Mesmo sendo exibida depois do grande sucesso da novela Pantanal.

Canal: Rede Manchete
Exibição: de 9 de outubro a 2 de novembro de 1990
16 capítulos
minissérie de Paulo César Coutinho
direção de Henrique Martins

A minissérie foi reprisada de 18/05/1992 a 09/06/1992, em 16 capítulos,

de segunda a sexta-feira às 19h30.

Com:
ZEZÉ MOTTA - Ialorixá
ÂNGELA CORRÊA - Iemanjá
JAIRO LOURENÇO - Luiz Antônio
GLENDA KOZLOWSKI, ÍTALA NANDI
ESTER GÓES, JÚLIA LEMMERTZ
GIUSEPPE ORISTÂNIO, ILÉIA FERRAZ
CLÁUDIA MAGNO, ARACY CARDOSO
LUIZA THIRÉ, MARIA CEIÇA

Fonte: Mateusdoxaguian