quinta-feira, 13 de junho de 2013

Pai de Santo desabafa e se diz vítima De Perseguição Religiosa

Pai de Santo desabafa e se diz vítima De Perseguição Religiosa*


Na manhã de ontem, o Pai de Santo Fabricio Leal compareceu ao Fórum de Ilhéus para uma audiência de conciliação. Ele é acusado de promover perturbação pública. Na oportunidade, o promotor propôs que ele varresse ruas da cidade durante 8 meses como forma de condenação. O castigo alternativo foi recusado.

Para o candomblecista, acender velas e incensos no interior de sua casa e cantar louvores aos Orixás não deveria ser considerado perturbação pública. Da mesma maneira que ele tem seus instrumentos, como adjás e atabaques, outras religiões têm seus microfones e baterias.

Fabricio afirma que no bairro Hernani Sá, assim como em outros locais da cidade, são abertas igrejas em vários esquinas, mas, Casas de Axé são menosprezadas. Nas granjas sacrificam animais e comercializam. Em relação ao Candomblé, isso é visto como arte satânica ou perversidade. “Até quando vai ser assim? Até quando os evangélicos poderão fazer seus cultos a céu aberto e o candomblé precisará se esconder?”, pergunta o Pai de Santo.

“Todo o cidadão que cumpre com seus deveres perante a sociedade deve ter seus direitos reservados. Então onde estão os órgãos que nos protegem? Por que ao invés de guerrear e criticar uns aos outros, não nos unimos para defender nossa causa. Já pensou se todos os evangélicos no poder resolvem nos processar?” Adverte .

“Não estou no candomblé por um simples capricho, estou por acreditar e ter fé nos meus ancestrais, nos orixás nascidos na África e protetores de nossa terra abençoada. Creio acima de tudo na justiça, mas na justiça de Olorum e dos Orixás. Tenho fé em Xangô que é cultuado na minha casa com todo respeito e acredito nos meus amigos e irmãos de Axé. Tenho certeza que não irão me criticar e sim me apoiar, nessa causa que não é minha, mas sim de todos nós.” Finaliza o Pai de Santo indignado com a acusação.

Pai de Santo Fabrício Leal
Fonte: Blog do Gusmão

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