sexta-feira, 21 de junho de 2013

Após passarem por "cura gay", jovens tentam suicídio e carregam traumas

Após passarem por "cura gay", jovens tentam suicídio e carregam traumas

Bob Griffth cometeu suicídio após passar por "cura gay"

A bancada religiosa e o pastor e deputado federal Marcos Feliciano conseguiram na tarde de terça-feira [18] que o projeto de lei que visa autorizar psicólogos a executarem tratamentos que “revertam a homossexualidade” fosse aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Embora o projeto ainda vá passar pela Comissão e Justiça e pela Comissão de Seguridade Social da Câmara, a proposta causou debate.
Conhecida como “cura gay”, a proposta do deputado João Campos [PSDB-GO] causou polêmica ao querer alterar a resolução do Conselho Federal de Psicologia [CPF], que proíbe psicólogos de tentarem mudar a orientação sexual de uma pessoa, com a única razão de a homossexualidade não ser considerada doença desde 1985.
Durante a simbólica votação, o deputado Anderson Ferreira [PR-PE] alegou que a ideia é que pacientes que não se sentem a vontade com a própria sexualidade possam tentar revertê-la e que profissionais tenham liberdade para tratar gays que não querem ser gays. “É direito do paciente procurar atendimento que satisfaça seus anseios. O projeto de decreto legislativo garante o direito ao homossexual a mudar a sua orientação e ser acolhido por um profissional”.
Mas será que eles sabem exatamente do que estão falando? Será que tais procedimentos não prejudicam a vida do ser humano, tal como a do norte-americano Bobby Griffth [foto acima], que cometeu suicídio aos 20 anos, após passar por tratamentos de "cura gay"? 

O NLucon foi atrás de depoimentos sinceros de pessoas que um dia pensaram que pudessem mudar a orientação sexual, que passaram por tais procedimentos e que até hoje carregam traumas. 
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Julianne R: "Há cinco anos, tinha um amigo da faculdade que era da Igreja Batista. Acabei contando para ele que sou trans [ainda não tinha assumido na época] e ele disse que poderia me ajudar, mencionando que a igreja dele tinha uma ‘clínica’ para isso perto de Marília – SP. Então, eu aceitei.
No dia, antes de irmos para a chácara da clínica, me colocaram em uma sala onde ficavam durante um bom tempo falando de Deus e coisas religiosas e fizeram eu assinar alguns papeis que eu nem li. Saímos em uma van com 14 pessoas e viajamos por 40 minutos, até chegarmos ao local.

Havia um casarão grande em construção, sem piso, sem telhado e bem rústico. Então, começou em si o processo. Colocaram-nos em uma sala com carteiras de escolas e eles ficaram horas e horas pregando sobre o tema, de como o homossexualismo era perigoso, como era uma artimanha de satanás para nos levar ao mal e ao inferno, como a sociedade nos iria odiar, como nossa família iria nos adiar... Diziam que não iríamos conseguir emprego, que não teríamos paz, não saberíamos como é bom ter filho...


Depois disso tudo – sem comer ou beber nada – nos colocaram de frente uns aos outros. Não podíamos falar nada, nem dormir, nem desviar o olhar da pessoa a nossa frente. Muitos começaram a passar mal, chorar e teve até uns que “manifestaram”, mas não podíamos sair dali. Então, eu não aguentei mais e pedi para ir embora e eles disseram que eu não poderia sair antes de terminar todo o processo. Deram-nos um pão com geleia e nos colocaram em grupos nos quartos com uma pessoa que nos fazia orar o tempo todo.

No dia seguinte, ficávamos na sala de “aula” ouvindo as pregações novamente e, individualmente, eles nos buscavam e nos levavam para uma sala com TV com filmes pornôs gays. Cinco pessoas ficavam girando em nossa volta, falando que aquilo era nojento, pecaminoso. Foi então que eu disse que não era gay, que eu era trans. Eles ficaram surpresos, ligaram o ferro de solda e ameaçaram me queimar, caso eu falasse algo ou quisesse fechar os olhos.

Eles me trancaram em um quarto bem pequeno e sem janelas, porque, segundo eles, o demônio que estava em mim era pior. Me trancaram lá por não sei quanto tempo e tinha uma gravação de um pastor que dizia coisas do tipo: “É sua culpa o que está acontecendo com você, Deus quer te tirar daí, mas você não o aceita. Você se separou dele, agora passa por tudo isso, é sua culpa, tudo é sua culpa, nós só queremos ajudar você. Mas você preferiu as trevas, é sua culpa, é tudo sua culpa. Jesus morreu por você e você deu um tapa na cara dele, é sua culpa...”.

Depois de muito tempo, me tiraram dali e levaram numa sala cheia de pastores. Fiquei no meio deles e todos se revezavam orando e falando em línguas. Apertavam muito minha cabeça, dizendo para deixar me levar pelo espírito e para “cair”. Não entendi, mas acho que eles queriam que eu desmaiasse, como outras pessoas. Estava tremendo de fome e sede, assustada, não conseguia desmaiar, estava com raiva, medo e desperta para fugir dali.

Daí me jogaram de novo na sala da TV, na sala escura, depois mais oração, mais exorcismo, num ciclo que parecia que nunca ia acabar. Então colocaram umas agulhas bem finas debaixo das minhas unhas que davam choque. Era muito dolorido, uma dor horrível e eu desmoronei. Disse tudo o que eles queriam que eu dissesse, que aceitava Jesus na minha vida, que o homossexualismo era errado, perigoso, pecaminoso, que eu não seria mais assim e que as pessoas iriam gostar de mim.

Assim que disse tudo o que eles queriam, me abraçaram e disseram: “Bem vindo de volta, irmão, graças a Deus está salvo”, “Aleluias, um irmão estava morto e agora vive”, “Nós te amamos”, “Jesus te ama”, “Deus está feliz que você voltou, irmão”.

Fomos embora, eu tive crises horríveis nos dias seguintes, não conseguia suportar aquilo e tentei o suicídio duas vezes seguidas. Afinal, eu passei por tudo aquilo e nada em mim mudou, ao contrário, só tinha piorado, me sentindo mais culpada, mais um lixo de pessoa, eu sentia que todos me odiavam, como eles diziam por lá e eu só queria morrer.

Três anos depois, confessei para um dos pastores que eu não tinha mudado nada. Não demorou muito e um pessoal da Maranata [uma igreja evangélica] fizeram mais e mais exorcismos e disseram que eu é que não queria mudar. Falaram que a legião que havia dentro de mim eles não poderiam tirar e até citaram para a minha ex-sogra aquela passagem da Bíblia sobre um caso que os discípulos de Jesus não conseguiram tirar o demônio e que só Jesus poderia. Isso só fez piorar ainda mais a relação com a minha ex-sogra.

Tempos depois, meu pai morreu e eu não tinha mais um motivo para me esconder. Me assumi trans, mas só consegui falar o que aconteceu lá na “clínica” no começo desse ano. Demorou cinco anos para conseguir falar, pois era muito duro, era como se eu vivesse aquilo novamente. Só de pensar, já estremeço aqui...

Não tem cura o que eles fazem e isso vai me acompanhar o resto da minha vida. Esse processo acaba com sua autoestima, eu caí em depressão profunda, tentei o suicídio 17 vezes no total e não conseguia ficar sem pensar em morrer, porque por mais que eu tivesse abandonado a religião, por mais que eu tenha me convencido que não existe aquele Deus opressor, aquelas palavras “você é culpada”, “todos te odeiam” me perturbava. Ainda hoje eu não saio quase nunca de casa, evito a todo custo. Esse ano, por exemplo, sai de casa duas vezes para ir até a casa das minhas irmãs e duas vezes num cliente que tenho em outra cidade.

Depois daquele processo, passei a ser desconfiada, achando que as pessoas queriam me machucar, fiquei verbalmente violenta contra religiosos. Eu, que era bissexual, passei a ter um medo irracional de homens e, mesmo que eu goste daquele homem X, sinto medo de ficar sozinha com um homem. Dá vontade de fugir sem razão. Fiquei com depressão, não conseguia trabalhar e achava que quem me dava um emprego era por piedade. Passei durante esse tempo em terapia, medicamentos, médicos, etc.

Antes, eu tinha muitos amigos, não era tímida... Mas, depois daquilo, nunca mais vi a vida e as pessoas da mesma maneira...



“Passei por um tratamento de choque com uma psicóloga no Rio de Janeiro. Fui levada por minha mãe aos 16 anos, logo depois de ela pegar um telefonema que dei para minha ex-namoradinha. Ela falou que eu era a vergonha da família, que não criou filha para ser lésbica e que conhecia uma especialista que daria um jeito em mim. Não queria decepcioná-la e acabei indo.
Chegando ao consultório, a psicóloga deu uma ou duas palavras comigo e disse que me faltava referência paterna e que certamente eu estava traumatizada pela separação dos meus pais. Expliquei que dava bem com o meu pai e que o fim do casamento fazia mal, na verdade, para a minha mãe.

Ela explicou que os modelos são importantes, que a sexualidade se dá com traumas de infância e que ainda me faria sentir orgulho por ser mulher. Eu retruquei, dizendo que ser bissexual não me fazia homem. E ela insistiu que, a longo prazo, eu estaria me comportando como uma “caminhoneira” e que isso certamente me faria sofrer.

Fui levada para outra sala e minha ficou onde estava. Lá, ela começou a gritar e a me ofender de todas as maneiras, me chamando de sapatão, palavras ofensivas e eu, me sentindo humilhada por uma desconhecida, comecei a chorar desesperadamente. Daí ela me abraçou e disse com voz suave: “Tá vendo? É isso que você vai sentir se continuar neste caminho”.

Ela me receitou um calmante e orientou que eu me afastasse de todas as minhas amigas lésbicas e amigos gays. Vivia dopada, isolada e não tinha mais vontade de sair de casa, de fazer mais nada. Minha mãe tomava conta de tudo e não saía de perto de mim. Ela voltava a se encontrar com essa psicóloga sozinha e eu tinha consultas esporádicas, mas todas muito traumáticas.

Questionava as minhas intimidades, masturbações e parecia ter uma obsessão pelo pau. Nesta época, havia um menino que gostava de mim e ela aconselhou –praticamente insistindo - para que pensasse direitinho sobre a possibilidade de perder a virgindade com ele. Foi horrível, traumático e ela disse que fazia parte do processo. Durante esse período, não estudei, não saía e todo meu contato era virtual. Sentia um desamor muito grande por minha vida e achava que era um fardo na vida da minha mãe.

Minha só vida melhorou quando minha mãe começou a namorar. Ainda me fez ir nas tortuosas seções, mas abriu mão quando achou que eu estava “curada”. Embora tivesse tentado ser hétero, pude perceber que não há como controlar sentimentos tão espontâneos, como o tesão e amor. E que, apesar de estar diante de uma psicóloga, minha cabeça ficou muito mais confusa”. 


Walter C: “Morava no Rio de Janeiro quando me descobri gay e minha família não me apoiou na época e me enviou para a casa do meu irmão pastor. Logo que cheguei, fui informado que deveria ter uma conduta apropriada para morar com ele e a sua família. Entrei na igreja acreditando que deveria me tratar, pois com tantos conselhos iria “curar” a minha homossexualidade.
Palestra na igreja, reunião particular com o pastor, o líder dos jovens falava que eu deveria namorar uma menina de Deus. Mas eu não conseguia, me sentia menor e era apontado pelos meninos do coral. Tanto que nem subia para cantar no púlpito por me sentir imundo e sujo por pensar em homens.  
Cheguei a ser noivo de uma mulher. Sim, eu, que hoje faço uma drag queen, já fui noivo de uma menina linda, doce, sensível, professora de música, mas que eu não sentia nada, virou minha amiga. Até hoje sinto culpa internalizada dessa época, faço terapia para tirar esses demônios que me aprisionavam tanto.

Jamais um gay deixará de ser gay, assim como jamais um hétero vai deixar de ser hétero. Hoje, sou feliz, me sinto bem em ser quem sou: gay, militante e noivo de um homem lindo.

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Tadeu B: “Logo que minha mãe soube que sou gay, próximo dos meus 17 anos, ela pediu para que alguns irmãos da igreja Congregação Crista no Brasil orassem por mim. Num momento específico, recebi uma oração com as mãos na cabeça com o intuito de tirar um espírito que ‘estava em mim’. Disseram que esse espírito me fazia interessar por homens.

Nem preciso dizer que foi constrangedor e triste para mim. Disse que nada havia mudado e ainda fui culpado por não ter fé o suficiente para ser liberto.
Durante um tempo, fiquei convencido de que eu poderia deixar de ser gay, busquei a tal libertação porque fui convencido de que era errado. Minha mãe pode dizer isso que eu era o mais crente de todos. Me apeguei tanto a igreja, fui tão tão tão fiel as crendices que fazia tratamento até com remédios de depressão, ansiedade e pânico. Tomava quase três remédios de uma vez.
Cresci na igreja evangélica onde o gay é muito discriminado. Na igreja, quem é gay vai automaticamente para o inferno, é condenado e excluído da igreja e do circulo dos irmãos.
Até que tentei me dopar – na verdade, me matar – e misturei todos os medicamentos pesados. Mas só fiquei intoxicado e essa foi a gota dágua. Enquanto outro amigo gay cometeu suicídio, eu me dei conta do que estava fazendo comigo, me veio a forte realidade de como estava vivendo. Eu, que sempre fui questionador, me deixei levar? 

Confesso que a culpa pelos pais é presente, mas deixei de lado e fui para São Paulo, meu bem.Deixei a igreja e até hoje, ao afirmar que sou gay, alguns ‘irmãos’ não me olham mais. Eu não ligo porque sei quão grande é a ignorância deles. Depois de passar por tanta coisa, digo com propriedade: não é possível um gay deixar de ser gay..
Henrique S.: "Não gosto de falar sobre o procedimento de ‘cura gay’ que passei, pois ele desencadeia muitos traumas em minha vida. É algo que me leva a baixa autoestima, o desgosto de passar por uma família que não me aceita e a lembrança de tantas torturas. Aos 17 anos, contei para minha família que era gay, esperando receber apoio, mas o que eu recebi foi muita violência, desamor e um convite para me tratar e me livrar desse mal que, segundo meus pais e irmãos religiosos, era a homossexualidade.

Me levaram para a igreja Católica da cidade e, após um pedido de minha mãe, o padre  sentou para conversar. Muito calmo, disse que o homossexualismo iria acabar comigo por dentro e que a culpa da violência que havia recebido [no caso, fui espancado] era minha. Não concordei, mas fiquei com a sensação de que o errado era eu mesmo, afinal ninguém da minha família falava comigo e, quando falavam, era para algum desaforo. Por que seriam tão ruins?

O padre me deu um livro que eu definhei lendo. Emagreci muito, fiquei abatido e a única a sensibilizar era a minha mãe, que me convenceu a ir a um psicólogo indicado por ‘curar gays’. No consultório, sentamos eu e minha mãe, contei o que estava ocorrendo e ele começou a fazer perguntas que tentassem descobrir algum trauma, alguma razão pela qual eu havia ‘me tornado gay’. Em menos de 10 minutos, ele disse que o homossexualismo era algo aprendido e que eu poderia desaprender.

Das dez perguntas seguintes, nove eram para saber se eu tive algum tipo de experiência com estupro e se a relação com meu pai era traumática. Perguntou: Desde quando você sente atração por homem? E eu: Não sei, acho que desde sempre. Então, ele falou bruscamente comigo, repetindo que isso era algo aprendido e que em algum momento da minha vida eu aprendi.

Fui para casa com remédios para ansiedade e pasmo com a explicação de que sou gay: a obesidade. “Você tem medo de mulheres e se esconde atrás da banha”, disse-me como se tivesse descoberto a roda. A falta de comida e o calmante me fizeram ser uma pessoa com os desejos adormecidos, mas ainda assim, quando pensava em alguém, continuava pensando em homens. Tentei mudar, orava, comprava revista de mulheres peladas, mas só me interessava pelos comerciais de cueca – inclusive um do Edmundo [risos].

Foi então que o psicólogo me deu a Gmagazine e me liberou para comer um pouco mais naquela semana, desde que utilizasse a revista e provocasse o vômito, toda vez que sentisse desejo sexual.  Mas estava tão triste, sem nenhum amor próprio e querendo ser outra pessoa que continuava a comer pouco e me forcei a vomitar várias vezes com a revista, sendo que em uma saiu um alface inteiro com sangue. Naquele dia, me masturbei chorando, perguntando “Por que eu? Com tantas pessoas no mundo, por que sou eu o gay?”.

Passei a estudar mais sobre a questão e vi que a psicologia não encarava o homossexual como doente e que o profissional que tentasse tratar de um gay, tentando fazê-lo hétero, poderia ter até perder a carteira profissional.  Na consulta seguinte, disse isso ao psicólogo e ele ficou branco. Minha mãe gritou: “Tá vendo? Ele não quer se ajudar”. E o psicólogo interveio, mudando o discurso: “Existem pessoas  ego-sintônicas e ego-distônicas, que significa estarem ou não em sintonia com as suas sexualidades. Neste caso, o Henrique é um homossexual ego-sintônico. Não há nada a se fazer”.

O psicólogo tentou uma terapia familiar, mas ninguém da minha família quis ir. Afinal, o doente era eu, né?. Me jogaram em um retiro espiritual da Igreja Católica, me fizeram escrever no grupo de jovens da igreja e me cobravam uma conduta exemplar para a sociedade. Nas celebrações, sempre havia alguma passagem em que falavam que a homossexualidade era um pecado gravíssimo ou diziam constrangedoramente olhando para mim: “Existe um irmão aqui que está com o pecado da homossexualidade, que ele saiba que isso... Vamos orar para a alma dele se libertar”.

Acreditem, a sensação de culpa consome qualquer pessoa, a lavagem cerebral estava me matando, eu queria mudar, me livrar daquela pressão toda, mas não conseguia. O que eu fazia era simplesmente reprimir a minha natureza, contorcendo algo intrínseco, tentando esquecer. Foi então que preparei para me matar. Escrevi uma carta dizendo que não queria viver um personagem e que, já que eu era errado, merecia morrer. Estava tudo preparado, mas eu já não tinha olhos de quem estava vivo.

Naquela noite, recebi uma visita da minha vó materna. Ela, que não era tão carola, perguntou por que eu havia definhado tanto e eu acabei revelando que era gay. Estava pronto para receber mais apedrejamento e ter mais coragem para acabar com aquela dor, mas ela disse: “Eu sei disso desde quando você era pequeno. Você sempre foi assim e eu, apesar de não entender muito bem, te amo da mesma maneira. Aliás, te amo ainda mais”.

Chorei muito e entendi que só o amor cura. Não a homossexualidade, mas a dor do preconceito. Saí de casa pouco tempo depois, comecei a morar sozinho, a pagar as minhas contas e a viver a minha sexualidade. Meus pais não toleram até hoje que eu leve um namorado para casa, eles demonstram estarem preocupados com a minha saúde e nem imaginam o trauma que me fazem carregar até hoje”
 
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