sexta-feira, 31 de maio de 2013

Católicos e amigos cantam juntos para apoiar a população LGBT nos Estados Unidos. Cantam para celebrar boas novas do amor de Cristo. Composto por David Lohan !


'La vie d'Adèle', filme lésbico vencedor do Palma de Ouro, virá ao Brasil


A história de amor entre duas mulheres, retratada em "La vie d'Adèle", exibe cenas tão apaixonadamente declaradas que deixaram os presentes do Festival de Cannes surpresos e boquiabertos, segundo divulgam os sites de notícias. O sobressalto maior veio com a coroa do Palma de Ouro na categoria "Melhor Filme".

Graças ao ineditismo do fato -- as imagens picantes de sexo lésbico exibidas no Festival de Cannes, o  prêmio e as três horas de duração da película -- vários países, entre outros, o Brasil, o México, a Colômbia e a Espanha compraram o direito de exibição, após a repercussão de Cannes.
Conforme divulgou na última terça-feira (28/05) Brahim Chioua, diretor-geral da Wild Bunch (produtora), 'La vie d'Adèle' já havia sido vendido antes para muitos outros países, principalmente da Europa. O filme será também distribuído no Canadá, Hong Kong, Coreia, Nova Zelândia, Rússia, e há negociações em curso na Venezuela, Peru, Bolívia, Equador e Argentina, complementou.
Abdellatif entre Lea e Adèle em foto na 66ª edição do Festival de Cannes, França, 23 de maio, 2013 (Xinhua/Gao Jing)
O filme
Dirigido pelo franco-tunisiano Abdellatif Kechiche (gente, que nome!), é baseado na história em quadrinhos ("HQ") "Le bleu est une couleur chaude", escrita e desenhada em 2010 pela francesa Julie Maroh. Aborda o despertar sexual e a paixão de uma adolescente por uma jovem de cabelos azuis, vivida por Adèle Exarchopoulos (19 anos), excepcional no papel da estudante de 15 anos que descobre o desejo ardente depois que conhece Emma, interpretada por Lèa Seydoux.
"La vie d'Adèle" usa uma técnica um tanto inovadora e curiosa com o objetivo de deixar o público também apaixonado pela principal personagem. Durante a exibição, os lábios da atriz Adèle Exarchopoulos são constantemente evidenciados em 'closes', seja falando, dormindo, comendo ou beijando sua parceira.
"O que vocês viram na tela, nós fizemos", disparou Lèa, emocionada. Há uma verdade maravilhosa em um trabalho tão realista. Em diversos momentos, eu até esquecia que havia uma câmera nos filmando." Sua colega Adèle confirmou. "As cenas foram surpreendentes, porque não seguimos nenhum roteiro. Era tudo improvisação, um trabalho de meses entre os atores".

'Façam HQ, é legal'
Em seu site oficial, Juilie (a criadora da HQ) publicou uma mensagem de agradecimento e incentivo aos que se interessam pelos quadrinhos:
"Obrigada a todos por suas mensagens de hoje. Eu não tenho palavras para descrever a magnitude do que passei por algumas horas. Eu sei que muitos estão à espera de um comentário meu sobre o filme. Eu já vi duas vezes. Vou comentar mais tarde (...).  Mas obrigada novamente. Façam história em quadrinhos, é legal".

Trailer


Fonte:
http://www.identidadeg.com.br/2013/05/989-laviedadele-filme-festivaldecannes-Brasil.html#more

“Os jovens são a grande maioria das vítimas dos casos de homofobia no Brasil”, diz presidente do Conjuve

Novo presidente do Conselho Nacional da Juventude, Alessandro Melchior, atua no movimento LGBT desde 2008

Por Marcelo Hailer

Há duas semanas, o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) elegeu o seu novo presidente, Alessandro Melchior, 26. Melchior iniciou a sua trajetória política no movimento estudantil secundarista, na UMES- São José do Rio Preto. Posteriormente atuou como gestor municipal e teve os primeiros contatos com a agenda política internacional da juventude, através da Unidade Temática de Juventude da Rede de Mercocidades, que reúne prefeituras de diversas cidades do Mercosul.

Alessandro Melchior: “Estamos entrando hoje em um novo ciclo de políticas públicas de juventude” (Foto: Divulgação)

Em 2008, Alessandro Melchior iniciaria a sua atuação no movimento LGBT e, já em 2009 assumiria a Coordenação da Juventude da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis), representando esta instituição desde 2010 no Conjuve. Em seu primeiro mandato foi representante na Reunião Especializada de Juventude do Mercosul, no segundo mandato integrou a Coordenação da Comissão de Acompanhamento de Políticas e Programas.
Na entrevista que você lê a seguir, Alessandro Melchior se diz contrário à política de internação compulsória aos usuários de drogas, a qual ele classifica como “higienista”. O novo presidente do Conjuve também é categórico ao afirmar que hoje os “jovens são a grande maioria das vítimas dos casos de homofobia no Brasil” e que vivemos, atualmente, um “verdadeiro genocídio da juventude negra e da periferia”.

A partir de sua experiência com a militância política, qual a demanda que você considera mais urgente à juventude?
Precisamos parar, imediatamente, de exterminar os nossos jovens. Temos um verdadeiro genocídio da juventude negra e da periferia, com responsabilidade social e estatal, não apenas pela omissão, mas também pela ação. Nossos índices, em diversos casos, são próximos aos apresentados por países em estado de guerra. Darcy Ribeiro dizia em um de seus textos que o Brasil sempre foi, e ainda é, um moinho de gastar gentes. Se ele vivesse hoje, diria que o Brasil é um moinho de gastar jovens.

Em seu ponto de vista, o que difere a eleição de um presidente oriundo do movimento LGBT ao Conjuve?
Isso, entre outras coisas, exemplifica a capacidade de diálogo com os outros movimentos sociais que o movimento LGBT adquiriu no período recente. Não apenas com os movimentos sociais, mas nossa eleição também foi fruto de um diálogo sincero com os vários ministérios e outras organizações da sociedade civil. Obviamente, também foi uma resposta à sociedade e à institucionalidade, considerando o momento que vivemos no Brasil.

Desde 2010 o Brasil vive um cenário de forte embate político entre setores fundamentalistas e progressistas. Acredita que os discursos de ódio proferidos pelos parlamentares e pastores atingem de maneira mais forte os jovens? Visto que muito deles nem do armário saíram ainda.
Não só no âmbito da homofobia. Esses discursos de ódio têm atingido a juventude de forma geral. Eles têm incentivado a perseguição às culturas indígenas, queimando templos religiosos no centro-oeste, impedido os avanços para garantia de mais direitos às jovens mulheres, apoiado a política de drogas falida que temos hoje e agora fortalecem a ideia de criminalização da juventude, por meio da defesa da redução da maioridade penal. E, infelizmente, eu vejo que nós, os progressistas, estamos perdendo terreno na luta institucional. Tem muita gente que veio da banda de cá, que está tocando do outro lado, sendo cooptado e defendendo o que esse ‘Eixo do Mal’ representa. Estou falando de parte do núcleo duro do governo federal e da timidez, pra não dizer outra coisa, das bancadas mais progressistas do Congresso.

Como você colocaria a pauta LGBT no âmbito da juventude?
A situação de violência em que vive a juventude LGBT é comum a de outros setores. Mas a resposta não. Então, em primeiro lugar, é preciso avançar no sentido de confrontar essa realidade. Relatório do Governo Federal, da Secretaria de Direitos Humanos, revela o que o movimento LGBT vem dizendo há muito tempo, os jovens são a grande maioria das vítimas dos casos de homofobia no Brasil. Por isso é preciso cobrar atitude do Governo Federal, dos Estados e Municípios. Nessa mesma linha precisamos incidir mais no Legislativo e temos disposição para isso no Conselho. Em relação à juventude, especificamente, é importante que os jovens atentem que, os mesmos que atacam hoje a liberdade sexual e a cidadania LGBT, são os que defendem restrição de liberdades em geral, menos participação política e menos direitos para o povo brasileiro. Essa galera está unida do lado de lá.

Ultimamente as políticas de internação compulsória para cidadãos usuários de drogas têm sido adotadas por alguns governos. Qual é a tua posição sobre este tema?
Essa é uma das expressões de um movimento mais amplo contra as liberdades democráticas. Eu sou contra esse absurdo neofascista. Você não interna ninguém compulsoriamente. A história tem mostrado, inclusive, que quando isso surge, é para limpar a sociedade, numa lógica higienista em que entram pobres, negros, prostitutas, homossexuais, travestis, usuários de drogas e outros. Além do que, quem defende isso aí não quer saber de fortalecer os CAPS AD, os equipamentos e a política pública de saúde, quer é jogar dinheiro público para ser lavado nas comunidades terapêuticas do fundamentalismo religioso.

Você é a favor da liberação e descriminalização das drogas? Fale sobre isso.
Sim. Sou favorável. Assim como a sensatez e o bom senso também são. A Organização dos Estados Americanos se posicionou recentemente sobre a necessidade de uma nova política de drogas e vai realizar um seminário em junho para debater o tema. O Governo dos Estados Unidos começou a reconhecer a falência da política atual. Por quê? Porque ela não funciona, porque ela, com a criminalização da venda, cria uma reserva de mercado ao crime organizado, que sustenta o sistema financeiro internacional e financia a política pelo mundo afora. Em 2008, quando estourou a crise financeira que ainda assola o mundo, quase US$ 400 bilhões de dólares foram lavados pelo sistema bancário, o que representou 1/3 das perdas com a crise. Alguém realmente acredita que a maconha causa mais danos à vida da juventude que o álcool? Vamos pegar os dados de mortes no trânsito, violência causada pelo consumo de álcool. Acredito que ainda teremos maturidade para debater esse tema com o nível de densidade que ele precisa, não com o preconceito atual ou com o medo que permeia o Governo nesse assunto.

O que você achou da medida do CNJ que normalizou a união igualitária nos cartórios?
Achei importante e necessária. Ela mostra que os avanços têm de vir de algum lugar. Por outro lado, mostra como essa pauta, especificamente, tem mais facilidade de compreensão no âmbito do Poder Judiciário, que no Legislativo e Executivo. Só fico triste quando alguns avanços da cidadania têm de vir por um poder que não seja o político. Mostra que a política brasileira ainda tem problemas em entender o que é cidadania e igualdade de direitos.

Os jovens estão perto ou longe dos partidos políticos?
Não dá pra falar nessa abstração. Alguns partidos são os preferidos pela juventude brasileira, por conta da afinidade programática e ideológica. Outros são partidos velhos, de ideias e de pessoas. Alguns têm garantido mecanismos de renovação geracional, o que empodera o jovem na estrutura partidária, fortalece os espaços de organização juvenil no interior do partido também. Mas como melhorar esse cenário? Com uma reforma política que estimule a participação do jovem e do povo brasileiro, que permita que o Executivo e o Legislativo estejam mais próximos de representar a diversidade que nos caracteriza como nação. Pessoalmente posso dizer que o meu partido não é um coração partido. Tenho lado.

Em relação ao governo federal, como você avalia as políticas para juventude?       
Estamos entrando hoje em um novo ciclo de políticas públicas de juventude, com a consolidação dos espaços de controle social e gestão no Governo Federal, respectivamente o Conselho Nacional de Juventude e a Secretaria Nacional de Juventude. Com a aprovação do Estatuto da Juventude e a sanção posterior da presidenta Dilma, teremos no horizonte a possibilidade de construir um Sistema Nacional de Juventude que consolide essa como política de Estado, com estruturas, responsabilidades de todos os entes federados, orçamento. As políticas que tem sido tocada têm se mostrado importantes. Hoje temos o Juventude Viva, de enfrentamento à mortalidade da juventude negra, um programa bem estruturado, planejado e articulado, que precisa de mais envolvimento dos Estados e municípios. A atualização da Política Nacional de Juventude e Meio Ambiente, a criação de equipamentos de referência territoriais, as Estações da Juventude. Por outro lado, programas essenciais como o Projovem Urbano e Trabalhador tem sofrido dificuldades. Os Pontos de Cultura estão abandonados e a Aids tem avançado sobre a juventude sem qualquer resposta eficiente e corajosa do Governo. Mas no geral, podemos tranquilamente dizer que nos últimos dez anos o Governo Federal deixou de entender essa como uma pauta marginal. A prova disso é que ela só passou a ser tratada como política pública justamente nesse período.

Ilustradores Franceses se unem contra a Homofobia




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Conhecido como Projet 17Mai, nome dado em razão do dia internacional do combate à homofobia, o projeto criado pelo desenhista Pochep em 2012 reúne grandes nomes das artes do país, como Julie Maroh, cuja HQ Le Bleu est Une Couleur Chaude inspirou o filme La Vie D’Adèle, que acaba de ganhar a Palma de Ouro em Cannes.

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Eis uma genial resposta de ilustradores e quadrinistas contra a onda homofóbica que ganhou força na França – as denúncias de agressões estão aumentando no país, segundo associações de direitos humanos, em razão dos protestos contra a lei que garante aos homossexuais o direito de se casar e adotar crianças,  aprovada definitivamente pelo Parlamento em abril.
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O nosso objetivo é promover a reflexão. Queremos oferecer várias visões e abordagens que sirvam como referência dos males provocados pelo preconceito, mesmo que ele seja, como é em grande parte, enrustido”. O projeto virou livro – comercializado pela Amazon – e exposição itinerante – está agora na Association Rimbaud, em Lyon. Todo o lucro com as vendas e ingressos é revertido para a ONG SOS Homophobie. Confira alguns dos trabalhos produzidos:
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Fonte:

Glória Pires vive arquiteta lésbica no filme “Flores Raras”. Veja trailer:


Nas décadas de 1950 e 1960, a poetisa americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto) e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires) vivem uma história de amor. Bishop era uma mulher frágil, alcoólatra, que ganhou forças com as perdas em sua vida. Lota, por outro lado, era uma pessoa confiante e otimista, que se fragilizou com a perda do seu grande amor.


Um Filme de Bruno Barreto




Repúdio à suspensão de Editais para criadores negros reúne produtores culturais em diferentes estados

Data: 31/05/2013
Em São Paulo na segunda-feira (03/06), na Bahia sexta (07/06). Série de encontros já aconteceu no Rio de Janeiro e terá ainda participação de agentes culturais de Pernambuco e Maranhão para debater a suspensão dos Editais de fomento à arte e cultura afro-brasileira lançados pelo MinC em parceria com a SEPPIR

Produtores se reúnem em São Paulo (03/06), Salvador (07/06), Pernambuco e Maranhão

Produtores culturais, artistas e militantes do movimento negro reunidos pelo fim das práticas racistas no campo das artes e da cultura afro-brasileira. É a proposta da série de reuniões que acontecem no mês de junho, em diversas cidades brasileiras, a começar por São Paulo/SP (03/06) e Salvador/BA (07/06).

A Fundação Cultural Palmares (FCP) participa dos debates, em resposta aos anseios dos setores culturais organizados, para discutir a liminar que suspendeu os editais lançados pelo Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), destinados a produtores, criadores e pesquisadores negros.

Hilton Cobra, presidente da Fundação Palmares, avalia positivamente a mobilização das organizações sociais, em especial as do Movimento Negro, para debater o tema. Para ele, essa posição reafirma a busca por uma política cultural justa, inclusiva e verdadeiramente democrática. ”A FCP se une à gente negra brasileira para refletir sobre o significado de mais uma ameaça às políticas por equidade racial, buscando soluções para o impasse da suspensão dos editais para criadores negros do MinC/SEPPIR. Estou certo que sairemos vencedores dessa batalha”, expôs Cobra.

Para a ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial), “a decisão judicial demonstra que a vitória jurídica obtida no STF (Superior Tribunal Federal) deverá ser seguida por uma outra batalha, a ideológica, até que as ações afirmativas sejam entendidas como necessárias em todos os campos da vida social, e não apenas na educação”.

Até o momento, estão confirmadas as agendas em São Paulo, para segunda-feira (03/06), e Salvador sexta-feira (07/06). Os encontros nas demais cidades estão em fase de articulação.

Primeiro encontro
– Os debates tiveram início no Rio de Janeiro, no último dia 23/05, com a presença de Hilton Cobra, lideranças do movimento negro carioca, artistas e agentes culturais negros. No encontro foi decidido que o Movimento Akobem, em nome de todos os participantes, irá solicitar uma audiência com a ministra Marta Suplicy, no Rio de Janeiro, com o objetivo de discutir caminhos para revogar a decisão da Justiça Federal pela suspensão dos editais.

Agenda

São Paulo/SP

Data: 3 de junho de 2013
Horário: 19 horas
Local: Funarte, Alameda Nothmann, nº 1.058, Auditório MinC, Campos Elíseos – São Paulo.

Salvador/BA
Data: 7 de junho de 2013
Horário: 19 horas.
Local: Biblioteca Pública do Estado da Bahia: Rua General Labatut, 27, Barris, Salvador-Bahia
Mais informações: (71) 8886.6706; e-mail: performancenegra@gmail.com


Com informações da Ascom FCP

Fonte:

IV Encontro Nacional Rede Mocambos

MENINO DE 6 ANOS TRANSSEXUAL


Legisladores da Nigéria aprovam lei antigay 1

Camillus Eboh
De Abuja

A Câmara dos Deputados da Nigéria aprovou nesta quinta-feira (30) lei que torna crime o casamento gay, "relacionamentos amorosos" entre pessoas do mesmo sexo e mesmo a adesão a grupos de direitos gays, desafiando a pressão das potências ocidentais para respeitar os direitos de gays e lésbicas.
O projeto de lei, que contém penas de até 14 anos de prisão, passou no Senado da Nigéria no final de 2011, mas o presidente Goodluck Jonathan deve aprová-lo antes que se torne lei.

Dois projetos de lei semelhantes foram propostos desde 2006, mas esta é a primeira vez que foi aprovado pela Assembleia Nacional.

Um porta-voz da presidência não respondeu a um pedido de comentário.

Como em grande parte da África subsaariana, o sentimento anti-gay e a perseguição a homossexuais são comuns na Nigéria, de modo que a nova legislação deve ser popular.

Sob a atual lei federal nigeriana, a sodomia é punida com prisão, mas esta lei caminha para uma repressão mais ampla sobre os homossexuais.

O Reino Unido e outros países ocidentais têm ameaçado com o corte de ajuda internacional, o que tem contribuído para retardar ou inviabilizar a aprovação desse tipo de legislação em países dependentes, como Uganda e Malawi.

Mas as ameaças têm pouca influência sobre a Nigéria, cujo orçamento é financiado pela produção de 2 milhões de barris de dólares por dia.

"As pessoas que entram em um contrato de casamento do mesmo sexo ou união civil cometem um crime e são passível de condenação a uma pena de 14 anos de prisão", diz o projeto de lei.

"Qualquer pessoa que se registre, opere ou participe em clubes gays, sociedades e organizações ou faz, direta ou indiretamente, demonstração pública de relacionamento amoroso de mesmo sexo na Nigéria comete um delito, devendo cada um ser passível de condenação a uma pena de 10 anos de prisão."

Fonte:

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Mulheres se unem contra violência de gênero no Facebook

Grupos feministas forçam a rede social a revisar sua política contra conteúdos ao pressionar anunciantes a retirar propagandas do site
por Gabriel Bonis publicado 29/05/2013 16:17, última modificação 29/05/2013 16:33  
 
Foram poucos dias até que o Facebook cedesse à pressão de um viral espalhado pela internet na última semana. Uma carta aberta à cúpula da maior rede social do mundo, com 1 bilhão de usuários, gerou a campanha FBrape e acumulou mais de 60 mil tweets de apoio. A ação aglutinou 100 movimentos de mulheres e organizações de justiça social de todo o mundo em torno da exigência da retirada de conteúdos que denigrem as mulheres e retratam estupros e violência de gênero de forma positiva.

A repercussão da carta, assinada pelas entidades Women, Action & the Media (WAM), The Everyday Sexism Project e pela ativista Soraya Chemaly, e reproduzida no Brasil pelo blog Cem Homens, forçou o Facebook a encarar um problema há muito tempo denunciado por usuários e organizações civis. Após a pressão das ativistas, o site assumiu um compromisso de remover rapidamente conteúdos com discurso de ódio de gênero.

O grupo encorajou os usuários da rede social a entrarem em contato com anunciantes cuja publicidade aparecesse próxima “a conteúdos que colocam mulheres como alvo de violência”. O objetivo era pedir que as empresas retirassem seus anúncios do Facebook até que o site banisse conteúdos que incitassem o ódio de gênero. “Muito já havia sido feito para encorajar o Facebook a agir contra esse tipo de conteúdo. Houve diversas petições e conversas, mas nada pareceu funcionar. Então, queríamos tentar uma nova abordagem", conta Jaclyn Friedman, diretora-executiva da WAM, a CartaCapital.

Além dos milhares de tweets, os usuários enviaram ao Facebook cerca de 5 mil emails criticando a postura do site. Em separado, uma petição online reuniu mais de 225 mil assinaturas. Resultado suficiente para fazer anunciantes relevantes entrarem na campanha, como a montadora Nissan. “Por causa da frustração em obter uma posição do Facebook, decidimos perguntar aos anunciantes o que eles achavam destes conteúdos, se achavam aceitável”, explica Laura Bates, criadora do The Everyday Sexism Project.

Segundo Bates, provocar os anunciantes a suspender suas propagandas foi importante para atrair a atenção do site, mas o apoio dos usuários teve papel crucial. “Centenas de milhares de pessoas se envolveram na campanha, escreveram para os anunciantes, para o Facebook e mostraram se importar com o assunto e que não iriam recuar. É um tributo à ação comunitária colaborativa.”

O grupo de ativistas exigiu que o Facebook não tolerasse mais conteúdos com “discurso que trivializa ou glorifica violência contra mulheres” e que treinasse seus moderadores para reconhecer e remover discurso de ódio de gênero. Destacou ainda páginas que “explicitamente compactuam ou encorajam o estupro ou violência doméstica contra mulheres”. Entre os exemplos estão: “Dando Voadoras no Útero de Vagabundas” e “Estuprando Violentamente sua Namorada só de Brincadeira”.

Páginas como essas são constantemente mantidas no ar sob a alegação do respeito à liberdade de expressão. Um conceito criticado por usuários, pois o site permite milhares de postagens com fotos de mulheres espancadas e feridas, enquanto remove imagens de mães amamentando. “É uma visão de moral contraditória e que fere as mulheres”, diz Friedman.

A repercussão da campanha levou o Facebook a apagar a maior parte das páginas criticadas pelas ativistas, mas o site precisou reconhecer falhas em seus sistemas de moderação, em um comunicado de terça-feira 28.

A rede social ressaltou estar trabalhando para agilizar a resposta às denuncias de violações de políticas do site e assumiu o compromisso de revisar as suas regras sobre discurso de ódio. O site também solicitará o apoio de especialistas legais e representantes da coalizão de mulheres da campanha, além de outros grupos historicamente discriminados, para solucionar o problema. “Precisamos melhorar. E vamos melhorar.”

A rápida reação do Facebook surpreendeu as idealizadoras do protesto. Eles [representantes do Facebook] ficaram assustados. É um assunto que tem sido jogado para debaixo do tapete por muito tempo e as pessoas se recusam a levar a sério em muitas esferas, não apenas no mundo virtual”, diz Bates. “Empresas pequenas nos escreveram para dizer que estavam tirando seus anúncios do Facebook porque isso importava para eles. Então, é tocante a extensão que as pessoas nos apoiaram.”
 
Fonte: