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sábado, 12 de outubro de 2013

Dica de livro: Viagem Solitária - Memórias de Um Transexual 30 Anos Depois - João W. Nery




Assista a entrevista do autor:


Tribunal da Rússia reverte condenação de lésbica punida por lei antipropaganda gay

Há quatro anos, Irina Fet foi condenada a pagar uma multa de 15 mil rublos, segundo uma lei local em Ryazan, no subúrbio de Moscou, aprovada em 2009, antes da lei federal com o mesmo fim, de proibir a propaganda gay a menores de 18 anos, este ano. O caso, levado ao Comitê Internacional de Direitos Humanos das Nações Unidas, que afirmou que a lei fere tratados internacionais, acaba de ser revertida por um tribunal superior da Rússia.

Irina, ativista de um grupo de Moscou, desafiando a lei local, foi até a frente de escolas e de livrarias um cartaz escrito “A homossexualidade é normal e tenho orgulho da minha homossexualidade”, até que foi presa e indiciada. Condenada, por 3 anos o processo foi recorrido até que há um ano o Comitê Internacional de Direitos Humanos das Nações Unidas decidiu que a prisão da ativista fere a Convenção Internacional de Direitos Políticos e Civis, e que a lei de Ryazan havia interferido no direito de livre expressão e proteção contra discriminação.

Na semana passada, a Corte Superior russa retirou todas as acusações sobre a ativista e arquivou o caso, acatando o parecer do Comitê da ONU. Agora, a ativista deve receber uma indenização por danos morais.

O caso deu força para a crítica a lei federal, aprovada este ano, que proíbe a propaganda gay a menores no país. Com pressão internacional e esta decisão da maior corte do país, ativistas esperam derrubar a lei que está promovendo preconceito contra gays e proibindo eventos como a parada do orgulho gay, sob pretexto que fazem propaganda e apologia da homossexualidade.

Apesar da decisão da corte federal, o caso não cria jurisprudência, como acontece no Brasil, para que os tribunais menores sigam a decisão federal. Politicamente, porém, a afirmação de que a lei de Ryazan, similar a federal, é passível de gerar processo indenizatório contra o Estado, pode forçar a revisão da lei que fere os direitos dos homossexuais russos.

Lançado site brasileiro para facilitar empregos para pessoas trans

O TransEmpregos é o primeiro site brasileiro com objetivo de facilitar a colocação de pessoas trans (travestis e transexuais) no mercado de trabalho. Lançado esta semana, com apoio da OAB SP, o trabalho desenvolvidos por um grupo de transexuais e travestis quer possibilitar que empresários e recrutadores interessados contatem pessoas trans. Muitas deles com boa capacitação e currículo mas que não conseguem posições de trabalho por falta de oportunidade, muitas vezes até dos próprios intermediários do setores de recursos humanos.
 
“O TransEmpregos é uma ideia original de um grupo de pessoas trans* preocupadas com a empregabilidade de travestis e transexuais no Brasil, um país em que, infelizmente, essa população ainda se encontra grande parte das vezes desempregada, precisando negar a própria identidade de gênero para encontrar um emprego ou mesmo, sendo obrigadas a trabalhar em empregos informais onde via de regra não são valorizadas”, diz a apresentação do site que tem um campo para cadastro de vagas e outro para o cadastro de currículos de pessoas interessadas nas vagas.
 
O site também traz uma interessante seção de Perguntas Frequentes, em que explica de forma educativa o que são as Transgêneros, o cissexismo, gênero, identidade de gênero, binarismo, entre outros termos importantes para se compreender o universo trans.
 
“Dado que de forma geral, o empresariado não contrata essas pessoas, muitas vezes por preconceito declarado, velado ou por total desconhecimento do talento dessas pessoas, nós propomos que se observem essas pessoas pelo ponto de vista do quanto elas podem contribuir para uma empresa, com toda a força de vontade que possuem”, exemplifica o site sobre a dificuldade das trans no mercado de trabalho. A realidade foi mostrada esta semana no  programa Profissão Repórter, que acompanhou um programa carioca para reinserção das transexuais e travestis no mercado de trabalho, que por falta de oportunidade acabaram optando pela prostituição.

Parabéns aos idealizadores do site pela iniciativa!

Confira o site, que até o momento ainda não tem nenhuma vaga disponível:  www.transempregos.com.br
 

Professora de adolescente trans assassinado diz que poderia ter feito o mesmo com o aluno

O comentário da professora Shirley Brown da Califórnia, nos EUA, em um documentário da HBO sobre o assassinato de Larry King, um jovem de 15 anos assassinado por seu colega Brandon McInerney em 2008, causou choque aos telespectadores nos EUA. A professora defendeu o assassino e riu, dizendo que ela poderia ter feito o mesmo, no filme “Valentine Road” exibido esta semana em rede nacional sobre o caso. A docente afirmou: “Eu posso entendê-lo e me vejo na mesma posição (de McInerney). Eu não sei se eu pegaria uma arma, mas um bom chute no traseiro poderia ter funcionado”, afirmou a professora em tom de humor. “Eu acredito em Céu e Inferno e tenho convicção, honestamente, de que Larry não sabia da consequência dos seus atos”, afirmou a ex professora que não prestou depoimento à polícia alegando traumas sobre o incidente.

Larry frequentava a escola E.O. Green Junior High School em Oxnard e foi alvo de dois tiros e morreu dois dias depois, em 13 de fevereiro de 2008, em crime ocorrido dentro da escola. O assassinato é um dos casos mais emblemáticos de homofobia nos EUA. O crime ocorreu na véspera do Dia dos Namorados, fato que batizou o documentário sobre o assassinato. Em 2011, o caso foi julgado e na primeira tentativa o júri não chegou a uma decisão unânime e o caso seria rejulgado, sem a acusação de crime de ódio, que poderia levar à prisão perpétua o menor. Em Dezembro de 2011, antes do novo julgamento, McInerney se declarou culpado por assassinato em segundo grau, agressão e uso de arma, sendo condenado a 21 anos de prisão, sem direito a redução da pena.

A professora Shirley Brown afirmou no documentário que entende o motivo que levou o aluno de 13 anos a matar o outro. King teria pedido McInerney em namoro, em público, o que teria feito com que virasse alvo de bullying, dias antes do assassinato. Na mesma semana, no corredor, a vítima teria passado pelo assassino e dito “Te amo bebê”. Na mesma semana, King teria ido para a aula com roupas de mulher, o que teria irritado ainda mais o assassino, que  era zuado pelos colegas. Ele então tentou juntar um grupo para bater em King, sem sucesso. Depois, teria tramado o assassinato. Ninguém nunca cogitou um envolvimento entre os alunos.

Na manhã de 12 de Fevereiro, durante uma aula na sala de computadores, por volta das 8h da manhã, McInerney tirou uma arma calibre 22 de sua mochila e atirou duas vezes contra King, atingindo sua cabeça e costas. Ele colocou a arma no chão e saiu. Em sete minutos a polícia chegou ao local e levou o autor dos disparos. King foi levado ao St. John's Regional Medical Center e declarado com morte cerebral dois dias depois e seus órgãos foram doados.

O Documentário da HBO aponta como os adultos são responsáveis pelo assassinato, tanto pela falta de ação mediante aos diversos alertas quanto ao preconceito que ensinam aos filhos. Em muitos depoimentos, testemunhas dizem que a vítima poderia ter sido “mais discreta”, outros dizem que ele provocou a própria morte.

Fonte: http://revistaladoa.com.br/2013/10/noticias/professora-adolescente-trans-assassinado-diz-que-poderia-ter-feito-mesmo-com-aluno

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

ENCONTRO PAULISTA DE JOVENS GAYS, HSH,TRAVESTIS E TRANSEXUAIS

 

Vem aí o Encontro Paulista de Jovens Gays, HSH,Travestis e Transexuais.

Aos participantes do Fórum Paulista da Juventude LGBT, membros do GRUPO E-JOVEM, E-GRUPOS, ativistas, militantes, grupos, instituições e ongs da Juventude LGBT: Está confirmada a realização do Encontro Paulista de Jovens Gays, HSH,Travestis e Transexuais, que acontecerá na cidade de São Paulo, no dia 07 de Dezembro, das 10h30 às 19h00.

Local: “Espaço da Cidadania – André Franco Montoro”, Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, Pátio do Colégio, nº 184 – Sé, São Paulo/SP.
Tema: “Mobilização, Incentivando e Conscientizando a Juventude sobre a Importância da Realização do Teste de AIDS”.

Objetivo do Encontro: Contribuir para a discussão do Enfrentamento da Epidemia de AIDS e das DST voltada aos Gays, HSH, Travestis e Transexuais e o Combate Homo|Transfobia.

As Inscrições estarão abertas a partir de 01|10 à 01|12, no site www.e-jovem.com (as fichas deverão ser preenchidas e enviadas para o e-mail jovem.epira@gmail.com).

Solicitação do Programa Estadual DST, AIDS do Estado de São Paulo aos Interlocuções Regionais e Municipais de DST/AIDS ( Dra. Maria Clara Gianna):
Solicitamos apoio das interlocuções regionais e municipais de DST/AIDS para divulgar o evento, assim como, apoio para o transporte dos adolescentes e jovens. 

Fonte:


Mãe expulsa filho gay de casa e avô manda carta de repúdio


Um senhor ficou indignado com sua filha depois de saber que ela expulsou o filho (que é seu neto) de casa, por descobrir que ele é gay  e escreveu uma carta. Ao longo de quatro parágrafos escritos à mão ele a critica. A imagem da
Confira:

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Cara Christine,
Você me desapontou como filha. Você está certa sobre termos uma “vergonha na família”, mas errou sobre qual.
Expulsar seu filho de sua casa simplesmente porque ele disse a você que era gay é a verdadeira “abominação”. Uma mãe abandonar o filho é que “é contra a natureza”.
A única coisa inteligente que ouvi você dizer sobre tudo isso é que “não criou seu filho para ser gay”. Claro que não criou. Ele nasceu assim e escolheu isso tanto quanto escolheu ser canhoto. Você, entretanto, fez a escolha de ser ofensiva, mente-fechada e retrógrada. Então, já que esse é um momento de abandonarmos filhos, acho que chegou a hora de dizer adeus a você. Sei que tenho um fabuloso (como os gays dizem) neto para criar e não tenho tempo para uma filha que é uma b. sem coração.
Se encontrar o seu coração, ligue pra gente.


Fonte: Now MSN 
http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/265-generos-em-noticias/21387-mae-expulsa-filho-gay-de-casa-e-avo-manda-carta-de-repudio 

Vamos à parada LGBT com os pés no chão!

 

Este domingo, mais uma vez, vamos nos juntar às milhares de pessoas que participarão da Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, um dos maiores eventos políticos de visibilidade, celebração e luta pela cidadania plena de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no mundo.
Agradeço o convite da organização da Parada para desfilar em um dos trios, mas vou declinar em razão da oportunidade de poder concretizar agora, na Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, o desejo de marchar no chão, juntamente com todos e todas. Uma proposta que eu apresentei, em Junho, à organização da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

E eu gostaria muito de marchar com você, com os pés no chão. Convido todas e todos a formarmos um grande cordão de pessoas que querem não somente festejar esse momento que é, sim, um importante ato de celebração e de visibilidade – mas também que querem mudar o país.
Junto aos companheiros e companheiras do meu mandato, e de diversos grupos independentes que se organizam em diversas lutas a favor da cidadania, vamos nos encontrar em frente ao Hotel Sofitel, próximo ao forte de Copacabana, para marcharmos juntos e participarmos da parada levando nossas reivindicações como comunidade e também apoiando outras lutas, porque independentemente de nossa orientação sexual e/ou identidade de gênero, somos parte de um mesmo povo.

Vamos marchar sem bandeiras partidárias (embora reivindiquemos o direito de todos nós a nos organizarmos politicamente), levando, entre outras, as seguintes reinvidicações:
- Defesa do Estado laico e das liberdades individuais! Não ao fundamentalismo e a intolerância religiosa!;
- Recuperação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, hoje tomada pelos fundamentalistas, para que cumpra seu verdadeiro papel; e não à extinção da Comissão de Direitos Humanos do Senado!;
- Aprovação da lei do casamento civil igualitário (PL-5120) e da PEC para garantir esse direito na Constituição;
- Aprovação da lei de identidade de gênero João Nery (PL-5002);
-  Por uma educação não homofóbica, com plena igualdade de gênero e respeito à diversidade sexual na escola. Não aobuyilling homofóbico!;
- Por políticas públicas de inclusão social e combate ao preconceito contra as pessoas LGBT;
- Aprovação da criminalização da discriminação por orientação sexual e identidade de gênero (PLC-122).

Mas a parada LGBT não pode ficar alheia a outras lutas contra a opressão, a discriminação e a injustiça social. Por isso, também defendemos:
- Apoio à greve dos profissionais da educação!;
- Pelo direito à livre manifestação: basta de repressão policial e criminalização dos protestos!
- Desmilitarização e democratização da polícia, como força de segurança e não de repressão contra o povo;
- Não às remoções da Copa;
- Pelo direito da mulher a decidir sobre o seu corpo: aborto legal, seguro e gratuito;
- Contra a repressão e pelo direito à terra dos povos indígenas;
- Contra a intolerância religiosa e a perseguição ao povo de santo;
- Aprovação da lei Gabriela Leite, pelos direitos dos/as trabalhadores/as sexuais (PL-4211);
- Não à internação compulsória!; pelo fim da política de guerra aos pobres: legalização das drogas, respeito aos direitos individuais dos usuários e tratamento do abuso na perspectiva da saúde;

Espero que estas ideias se espalhem por todas as paradas, daqui para frente,  e pelo Brasil inteiro! Confirme sua presença aqui e venha comigo com os pés no chão! A gente se vê domingo às 13h em frente ao Hotel Sofitel, próximo ao forte de Copacabana, no posto 06.
Traga o seu cartaz!
Jean Wyllys

Fonte: http://colunistas.ig.com.br/jean-wyllys/2013/10/10/vamos-a-parada-lgbt-com-os-pes-no-chao/

Jean explica o que é homofobia

domingo, 11 de agosto de 2013

IV Seminário Muxima dia Muhatu: o Axé do Ilê discutindo a Diversidade Sexual


Olá Gostaríamos de convidar todas e todas

Neste ano realizaremos  a 4ª edição do nosso Seminário Muxima Dia Muahtu: O Axé do Ilê discutindo a Diversidade Sexual, é o olhar das Comunidades Tradicionais de Terreiro para o movimento LGBTT, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais; acreditamos que esta discussão é um dever de nossas Comunidades vendo que somos umas das religiões onde mais se agrega a diversidade.
 
O Seminário conta com o apoio da Inzo Musambu Hongolo Menha – Nengua Dango de Angoro, Inzo Musambu Kaia Hamogongo – Casa das Águas e dos Caminhos / Mam’etu Nbo Nikuambele, Axé Ilê Oya Dodê – Bablorixa Wagner de Oya, Prefeitura Municipal de Campinas através do Programa Municipal de DST AIDS de Campinas, Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual, Centro de Referencia LGBT.
 
O tema do nosso seminário este ano é “ IGUALDADE SOCIAL essa é a bandeira que me REPRESENTA!”.

O Seminário  vai acontecer no dia
01 de Setembro de 2013 dás 8:00 ás 18:00, na sede do PT Campinas localizado na Rua Barão de Jaguará nº 334.
 
Desde já agradecemos a sua atenção.

 
Esta é a nossa programação prévia:
 
IV Seminário Muxima dia Muhatu: o Axé do Ilê discutindo a Diversidade Sexual
“ IGUALDADE SOCIAL essa é a bandeira que me REPRESENTA!”
 
Programação
8:00 – Credenciamento e Café
 
9:00 – Abertura
Apresentação Cultural
Renata Oliveira
 
Acolhimento e Boas Vindas
Mam’etu Ria Inkice Kisimbi Kuianikewa
Representantes de Comunidades Tradicionais de Terreiro / Candomblé de Angola, Candomblé de Ketu e Umbanda
 
9:30 – Dinâmica Inicial
Maria Amélia Moreno
Mo.Le.Ca – Movimento Lesbico de Campinas
 
I Mesa
Cenário atual dos Direitos Humanos e seus obstáculos
 
Movimento LGBT
Paulo Tavares Mariante
 
Religiões de Matriz Africana
Silvana Veríssimo
 
Saúde
Dra Claudia Barros - Programa Municipal de DST/AIDS
 
II Mesa
 
·         Exibição do filme Diversidade religiosa e Direitos Humanos
Direitos Humanos, Religiosidade, Diversidade Sexual
·         Iyá Ekedji Ogunlade
·         Pastoral Afro
 
Almoço – Lanche Reforçado
 
Apresentação Cultural
Luiz Fellype Ribeiro e Vanessa Souza
 
III Mesa – Você sofreu violência?  Saiba como denunciar?
Regis Vascon – Centro de Referência LGBT Campinas
 
Ações Afirmativas
Casamento Homoafetiva Campinas
Valdirene Santos
Centro de Referência LGBT Campinas
 
18:00 – Encerramento

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Evangélicos conclamam fiéis a matar gays em Uganda

No vídeo abaixo, do New York Times, o Reverendo Kapya Kaoma, de Zâmbia, vivendo em Boston (EUA), reporta que conservadores americanos, evangélicos, acreditando ter perdido a guerra cultural em seu país de origem, agora se voltam para a África com o objetivo de combater o que chamam de “imoralidade sexual”. Além de revelar a intenção desses conservadores de implantar teocracias nos países africanos, substituindo as constituições locais pela sua versão doentia da Bíblia, o Reverendo Kaoma também denuncia a campanha persecutória que esses pastores do diabo promovem contra a população homossexual local, especialmente em Uganda.

violenciadegenero

O vídeo inteiro é um assombro, mas o destaque vai para os 07:26 quando um pastor diz à multidão à sua frente que aqueles que estivessem dispostos a matar homossexuais levantassem as mãos. Todos levantam!



Fonte:
http://www.tadashihp.com/2013/evangelicos-conclamam-fieis-a-matar-gays-em-uganda/

segunda-feira, 22 de julho de 2013

I Encontro de Lésbicas e Mulheres Bissexuais da Bahia (EnLesBi) acontece em agosto

 

Nos dias 16 e 17 de agosto, o I Encontro de Lésbicas e Mulheres Bissexuais da Bahia (EnLesBi) irá debater o tema “Diálogos possíveis: lesbianizar e racializar o estado da Bahia” no Grande Hotel da Barra. O evento é organizado pelo Fórum Baiano LGBT, pela Liga Brasileira de Lésbicas, pelo Grupo Amuleto e pelo Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade da UNEB. Mais Informações e inscrições pelo e-mail enlesbibahia@gmail.com.
Confira a programação aqui.
DIA 16 DE AGOSTO
11h: Credenciamento
12h: Ajeum (Almoço de acolhimento)
Tarde: Rodas de Conversa
14h: Roda de Conversa: Lesbianidades e Feminismos: que ginga é essa?
Objetivo:  Discutir noções, princípios e desafios dos  feminismos e das  lesbianidades como lutas políticas.
16H: LANCHE
16:30h Roda de Conversa: Campanha 16 dias de Ativismo na UNEB: Longe da Laicidade do estado não há Direitos Humanos
Objetivo:  Discutir a Laicidade do Estado como princípio dos Direitos Humanos
19h: Rede Solidária: Estado, Movimento e Academia – Bate Papo com os/as apoiadores/as  do EnLesBi
Coquetel de Confraternização do Enlesbi 2013
DIA 17
Segundo dia
Amanhecer do Cuidar de Si
7h-7:40h – Atividade na Areia da Praia do Porto da Barra
8h – 10h Café Da Manhã Literário Com Declamação De Poesia De Autoria Lésbica/Bi

10:30h Roda de Conversa: Lesbofobia, Racismo  e  saúde LesBi
Objetivos: Discutir o impacto da lesbofobia e do racismo na saúde lésbica; discutir o cuidado de si como trilha de empoderamento LesBI
Tarde: Rodas de Conversa
14h Nossas histórias de ativismo – Tripé da Cidadania na Bahia é luta é de todas nós!
Propósito:
a) apresentar a pluralidade do ativismo protagonizado pelas LesBi organizadas de Salvador e Região Metropolitan;
b) Discutir o protagonismo do Fórum Baiano LGBT no debate e na construção do Tripé da Cidadania do Estado da Bahia
16h Deliberações Do Encontro – Definição Do Próximo Encontro de Lésbicas e Mulheres Bissexuais : Enlesbi 2015.
18h: Atividade Cultural
Sobre o Lesbi
Somos redes LESBI em movimento.
O I EnLésBi é espaço de construção política, lugar coletivo, colaborativo, e participativo. Ponto de diálogo entre os segmentos de lésbicas e mulheres bissexuais, academia e Estado.
O foco do Encontro é a construção da cidadania e dos Direitos Humanos das Lésbicas e Mulheres Bissexuais.
O objetivo é fomentar formação política no intuito de combater o racismo, a lesbofobia, o sexismo e demais expressões da violência de gênero. Também é propósito do encontro a construção de redes de solidariedade, a produção e difusão de conhecimentos relevantes para as lésbicas, mulheres bissexuais e suas/nossas lutas no Estado da Bahia.
Como pensar/fazer coletivo que é, o EnLesBi tá aberto novas colaborações, participações, críticas solidárias.
“Queremos mais lésbicas e mais mulheres bissexuais no poder”. Queremos revolucionar o mundo que apaga nossos sonhos,  tomba  nossos corpos e ceifa nossas vidas.
Vejam os critérios de participação, se inscreva, divulgue colabore.

Fonte:
http://www.doistercos.com.br/i-encontro-de-lesbicas-e-mulheres-bissexuais-da-bahia-enlesbi-acontece-em-agosto/

domingo, 14 de julho de 2013

Muito Bom Curta Não Gosto dos Meninos fala sobre a descorberta da Diversidade Sexual

Curta-metragem "Não Gosto dos Meninos", inspirado no projeto internacional "It Gets Better".

produção | mirada + gringo
diretor | andre matarazzo + gustavo ferri
diretor de fotografia | gustavo ferri
camera | felipe santiago
editor | felipe santiago
produtor executivo | enio martins
pós produção | mirada
trilha | andrei moyssiadis
produtora | marcela fecuri

Com autorização judicial, transexual paraibana e empresário holandês decidem vir ao Brasil para oficializar sua união


Publicado pelo Solânea Online


Numa cerimônia discreta, reservada apenas para amigos e convidados, a transexual paraibana Sofia Farias e o empresário holandês Ricardo Stuurman se casaram na última quinta-feira (11), em João Pessoa.
 
Segundo o colunista social do Jornal Correio da Paraíba, Paulo Germano, o casal está junto há mais de 4 anos. Sofia Farias e Ricardo Stuurman residem atualmente na Espanha.
 
Este foi o 8º casamento homoafetivo na Capital paraibana após a Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba publicar um provimento autorizando a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
 
Com a regulamentação do casamento civil homoafetivo, houve uma procura grande nos cartórios de João Pessoa no mês de maio. Mas, o número de casamento está abaixo do esperado, de acordo com o juiz Romero Feitosa Carneiro, da Vara de Feitos Especiais da Capital, responsável por celebrar os casamentos da Capital
 
Segundo o magistrado, houve a ideia de realizar um casamento coletivo com aproximadamente 30 casais homossexuais em João Pessoa. Entretanto, devido a baixa procura, isso será impossível.
 
“Logo no início da regulamentação, eu pensei que teríamos um casamento coletivo, inclusive, eu tinha sugerido. Hoje, tenho certeza que não haverá devido à baixa procura. Até agora contabilizei oito casamentos homoafetivos em João Pessoa. Bem abaixo do que eu esperava”, lamentou o juiz Romero Feitosa.
 
Fonte:
 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Casamento gay é aprovado acidentalmente na Costa Rica

Legislativo da Costa Rica aprova por acidente casamento gay. Congressistas fizeram alteração na “Lei dos Jovens” e acabaram “esquecendo” que texto regulamentava união civil no país

casamento gay costa rica
Gays da Costa Rica esperam que presidente Laura Chinchilla aprove a lei “sem querer” do Congresso (ilustração)

Em uma decisão no mínimo inusitada, o Legislativo da Costa Rica aprovou por acidente nesta semana o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Os congressitas fizeram uma alteração no artigo 242 da “Lei dos Jovens”. Eles não perceberam, no entanto, que o texto anterior previa que o “casamento era um direito reconhecido apenas na relação entre homens e mulheres”.

A lei aprovada diz agora que o país deve garantir “o direito de reconhecer qualquer cidadão sem nenhuma discriminação contrária aos direitos humanos”.

Ao ver que tinham se equivocado, a ala conservadora do Congresso correu para tentar anular a decisão. Eles pedem agora à presidente Laura Chinchilla para que não sancione a nova lei.
O congressita Manrique Oviedo conversou com Chinchilla, dizendo que foi “enganado” e acabou “cometendo um erro” no momento da votação, afirma o jornal La Nacion. Já o conservador Justo Orozco do foi além, dizendo que “não se pode conceder direitos para quem não merece”.
 
José Maria Villalta, congressista e membro dos movimentos sociais costa-riquenhos, afirmou que os seus companheiros do Congresso não perceberam o texto “pelo simples fato de não ter lido a nova lei”. Ele afirma que, sem querer ou não, agora o país abriu um debate acerca do assunto e “deve aproveitar a ocasião para ampliar os direitos civis para gays”.

Fonte:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/07/casamento-gay-e-aprovado-acidentalmente-na-costa-rica.html

Pesquisa em andamento sobre homens trans está sendo realizada pelo Nuh/UFMG

O Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (Nuh) da UFMG está realizando pesquisa sobre acesso à saúde, dados de violência e outros direitos sociais na população de homens trans em Minas Gerais e São Paulo - em parceria com a Associação Brasileira de Homens Trans (ABHT). A pesquisa será realizada entre os anos de 2013 e 2014.

Resumo da pesquisa:
Projeto: Transexualidades/Transgenereidades e Saúde Pública no Brasil: entre a invisibilidade e a demanda por políticas públicas para homens trans 

Órgão financiador: CNPq
Equipe da UFMG:  Pesquisadores -  Érica Souza (Profa. Depto. Sociologia/Antropologia), Marco Aurélio Prado (Prof. Depto. Psicologia); Leonel Santos (doutorando), Rafaela Vasconcelos (mestranda); Sofia Repolês e Joicinele Pinheiro (bolsistas de graduação); Colaborador: Igor Monteiro (graduado) e Isadora França Lima (graduanda). Pesquisadora externa: Paula Machado (Profa. Depto. Psicologia UFRGS); Colaborador externo: Leonardo Tenório (Presidente da ABHT).
Resumo:
As/os transexuais e transgêneros são potencialmente agentes de deslocamentos em relação ao binarismo de gênero e à matriz heterossexual que são vivenciadas, corporificadas, na prática. Contudo, a patologização reduz essa experiência diversa a uma doença e busca adequar os corpos trans ao modelo binário heterossexual. Neste sentido, reitera a norma que pressupõe a relação causal e direta entre sexo e gênero. Nota-se que nos campos do direito, saúde, educação, trabalho, assistência social, segurança e direitos humanos iniciativas para a população trans ainda se encontram geminais no Brasil. No caso especificamente de homens trans, iniciativas relacionadas à direito, saúde, educação, trabalho, assistência social, segurança e direitos humanos ainda são menos difundidas. Ainda que no Brasil não haja um levantamento aprofundado sobre a população trans masculina, uma série de preocupações se faz presente concernente a essa população, principalmente relacionadas às consequências da  violência de gênero, com orientação sexual e identidade de gênero e o acesso limitado ao Sistema de Saúde.  Dentro desse contexto, a partir de estudos internacionais e de relatos de homens trans no Brasil, destacamos os vários tipos de violência sofridos, além do risco de morte nessa população. Nesse sentido, entendemos que o processo de transição deva ser uma escolha do sujeito, uma ação autônoma, garantido pelo Estado e com acesso indiscriminado à saúde. Em outras palavras, a vivência desse processo, marcado pela invisibilidade, num cenário de autonomia dos sujeitos trans, deveria estar desvinculada da patologização, pois é justamente essa ausência de legitimidade e reconhecimento da autonomia e da autodeterminação do sujeito trans, que reforça a vulnerabilidade dos homens trans em termos jurídicos, políticos e sociais. Neste projeto abordamos essa temática pouco problematizada com foco na carência de visibilidade e de acesso a políticas públicas de saúde integral e específica para homens trans. Nossa pesquisa centralizará no mapeamento exclusivo da população trans masculina no Brasil, em especial nos Estados de Minas Gerais e São Paulo.
Os principais objetivos são:
ü  Mapeamento de redes sociais, discussões e articulações políticas da população trans realizadas através da internet
ü  Mapeamento regional dos indivíduos e identificação do perfil socioeconômico de transexuais masculinos (moradia, renda, escolaridade, profissão, situação familiar, acesso à saúde);
ü  Perfil da transexualidade (fase em relação à transição, quais as aspirações/desejos em relação às etapas da transição, e sob quais circunstâncias e motivos pelos quais se submeteriam – ou não - às intervenções corporais; se já modificaram os documentos);
ü  Caracterização das violências e discriminações a que homens trans estão submetidos, em diversos aspectos: violências simbólicas, físicas e verbais, problemas com empregabilidade, dificuldades do uso do nome social e de acesso à saúde.
ü   Caracterização das principais formas pelas quais homens trans tem acesso aos equipamentos da rede de saúde pública, as insuficiências do serviço de saúde em atender tais indivíduos, problemas sofridos em função do não acesso aos tratamentos de saúde e quais suas principais demandas. 
Metodologicamente, propomos duas fases da pesquisa, além da observação participante e de uma reunião preliminar e presencial com homens trans de BH e região a fim de subsidiar a elaboração do questionário. Primeira fase: mapeamento através da internet (redes sociais) considerando o âmbito nacional e aplicação de questionários online em âmbito nacional; 2ª fase: entrevistas semiestruturadas em âmbito regional (Minas Gerais e São Paulo).
             A elaboração e aplicação de questionários será resultado do primeiro mapeamento via internet e visará a busca de dados fundamentais para conhecimento da população e em particular um mapeamento das principais demandas da área de saúde. A partir dos questionários, alguns sujeitos serão selecionados para a entrevista, a fim de aprofundar a discussão sobre as demandas e elaboração de políticas públicas no campo da saúde para o grupo em questão, além de dados que poderão subsidiar a formulação de políticas para a saúde, mas que, levando em conta a escassez de informações públicas sobre esses sujeitos, propiciarão a visibilidade de homens transexuais enquanto grupo com sérios entraves ao acesso a direitos básicos. A observação participante se dará através da participação em atividades presenciais por parte dos homens trans, mapeadas através das discussões online, negociadas com os responsáveis pela organização das atividades e mediadas pelo presidente da ABHT. Durante a observação, conversas informais e registro em diário de campo serão ferramentas básicas.

Espera-se que os resultados toquem em questões como: o respeito ao uso do nome social nesses serviços; os processos de mastectomia, hormonização, histerectomia, metoidioplastia, transgenitalização e técnicas de reprodução assistida visando à parentalidade (gravidez do homem trans, do parceiro ou da parceira), entre outras formas e demandas de intervenção nos corpos de homens trans. O levantamento contribuirá para o processo de reconhecimento das diversas demandas sociais, bem como o contexto de invisibilidade desse grupo no âmbito das políticas públicas. Procurar-se-á compreender tanto as especificidades demandas dos homens trans quanto as insuficiências do serviço de saúde para a população em questão a partir de uma perspectiva regional, porém situada num contexto nacional de invisibilidade sociocultural e política dos homens trans.

Museu londrino conta história da homossexualidade


Bustos do imperador romano Adriano (com uniforme militar, à esquerda) e de seu companheiro Antínoo
Foto: The Trustees of the British Museum 
Bustos do imperador romano Adriano (com uniforme militar, à esquerda) e de seu companheiro Antínoo The Trustees of the British Museum
LONDRES. Enquanto o mundo começa afinal a reconhecer juridicamente os direitos dos casais de pessoas do mesmo sexo, o British Museum acaba de inaugurar um projeto ousado iniciado há sete anos. O livro “A little gay history: desire and diversity across the world” (“Uma pequena história gay: desejo e diversidade pelo mundo”, em tradução livre), recém-publicado pela editora da instituição, é um catálogo com peças que comprovam que o homossexualidade faz parte da história da Humanidade há pelo menos 4 mil anos.

A publicação deve colocar ainda mais lenha na fogueira do debate que ganhou o planeta nos últimos anos. E talvez seja argumento final contra aqueles que defendiam o projeto que ficou conhecido como a “cura gay”, que tramitava no Congresso Nacional até a semana passada, quando foi engavetado.

- Não se trata da História de uma minoria, mas sim de parte da História da Humanidade. O desejo por pessoas do mesmo sexo sempre existiu em todas as culturas - disse ao GLOBO o curador do museu, Richard Parkinson, que está à frente do projeto desde 2006.

Peças selecionadas do acervo
Das milhões de peças do acervo do museu, 44 foram selecionadas em um primeiro momento para o livro, mas outras poderão ser identificadas a partir de novas pesquisas. Entre as escolhidas estão os bustos do imperador Adriano (117-138 d.C.) e do seu amante Antínoo. Este último, depois de morrer afogado no Rio Nilo com apenas 18 anos, foi declarado deus por ordem do imperador em luto, que também mandou fazer esculturas em sua homenagem e erguer uma cidade com o seu nome, Antinoópolis. De acordo com o British Museum, pesquisas realizadas com os visitantes, por ocasião de uma grande exposição sobre o imperador romano em 2008, mostravam que poucos sabiam da sua preferência por homens.

Xilogravuras eróticas japonesas também são destaques da publicação, em versões que mostram duas mulheres e dois homens fazendo sexo. Nesta última, um deles está vestido de mulher no estilo do tradicional teatro kabuki, em que atores interpretavam tanto os papéis masculinos quanto os femininos. Outra peça em destaque é a “Taça de Warren” (10 d.C.), considerada a aquisição individual mais cara já feita pelo museu, no valor de 1,8 milhão de libras (cerca de R$ 5,8 milhões). A taça de vinho romana é decorada com cenas de sexo entre homens e teria sido encontrada perto de Jerusalém. Também tem destaque uma lâmpada de cerâmica turca do século I que mostra duas mulheres fazendo sexo.

Bem antes destes objetos, no século XVIII a.C., a Epopeia de Gilgamesh, um dos poemas mais antigos de que se tem notícia, já tratava do desejo por pessoas do mesmo sexo. A tabuleta encontrada no Iraque conta a história do deus-herói Gilgamesh e seu companheiro íntimo, “o cabeludo e selvagem Enkidu”, como descreve o texto do museu. Ambos lutam e derrotam a deusa Ishtar. Enkidu, no entanto, morre pouco depois, o que leva Gilgamesh a passar o resto do poema atormentado pelo luto e tentando superar a morte do amigo. Antes mesmo de conhecê-lo, Gilgamesh fora alertado de que o amaria como uma esposa.

Para o museu, tal intimidade não significa necessariamente desejo sexual. Mas alguns historiadores discutem sobre o uso de palavras ou expressões que poderiam ser interpretados desta maneira, e se Gilgamesh e

Enkidu não eram apenas amigos, mas amantes: “uma relação homossocial ou homossexual? Não há contato sexual claro, mas a relação é descrita de maneira erótica”. O British Museum optou deliberadamente por não realizar uma exposição específica com as peças selecionadas para o catálogo. A explicação é simples: achou-se que singularizar um punhado de peças da coleção seria, mais uma vez, lidar com este tema universal como um assunto de minorias.

- Não se trata de um estudo da academia, como os que já foram feitos, que só será lido pela comunidade ou pelos acadêmicos gays. O que queremos é despertar os cidadãos em geral para o assunto. Estamos fazendo um trabalho para uma audiência maior, para todos os públicos. Esta é uma História que pertence a todos, que fez parte de todos os períodos em todas as culturas - ressaltou Parkinson.
Mesmo assim, tudo o que está no livro pode ser visto, seja virtualmente (a coleção completa do museu está disponível em www.britishmuseum.org), seja ao vivo e em cores. As coordenadas estão indicadas no site. Como nem todos os objetos estão em exibição permanente por questões de conservação, recomenda-se o agendamento prévio para estes itens específicos.

- A evidência do desejo por pessoas do mesmo sexo e as ideias de gênero foram sistematicamente deixadas de lado no passado, mas os museus, com as suas coleções, podem nos permitir olhar para trás e identificar a diversidade ao longo da História - afirmou o curador.
De acordo com Parkinson, estes tipos de evidência, muitas vezes parciais e, em alguns casos, ambíguas, foram sistematicamente escondidas ao longo da História, ou simplesmente censuradas. Assim, o projeto do livro começou quando o museu foi procurado por uma especialista que queria reunir essas informações do passado. O curador admitiu que a iniciativa enfrentou algumas dificuldades básicas, tais como a escolha das melhores palavras para tratar o tema. Para ele, o emprego do termo “gay” está longe de ser o mais adequado. O ideal seria “desejo por pessoas do mesmo sexo”, que acredita estar mais descolado de rótulos, mas, reconheceu, ele não atingiria o público geral com o mesmo entendimento.

- Estamos falando do rótulo. Existem muitas maneiras de ser gay, não só os estereótipos, e acho que “desejo por pessoas do mesmo sexo” é mais adequado para falar deste passado mais distante. Não dá para usar o mesmo rótulo dos dias de hoje - avaliou.
As peças no catálogo, que já está à venda na loja do museu e nas principais livrarias londrinas, também incluem objetos modernos, tais como bótons de campanhas pelos direitos homossexuais.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/historia/museu-londrino-conta-historia-da-homossexualidade-8937034#ixzz2YmvVP2QO
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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Prazo para reedição do “decreto contra a homofobia” termina nesta quarta - DF

Termina nesta terça-feira (09) o prazo de dois meses dado pelo GDF para a avaliação e reedição do Decreto 34.350. O decreto, publicado e revogado no dia 09 de maio, regulamentava a Lei Distrital 2.615/2000, que pune discriminações homofóbicas em estabelecimentos comerciais e órgãos públicos. O prazo de dois meses foi solicitado, à época, pelo consultor jurídico do gabinete do governador Agnelo, Paulo Guimarães, em entrevista concedida à Agência Brasília.

Na ocasião, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) criticou duramente a retirada do decreto. “Presto a minha solidariedade e a minha militância para que nós possamos exigir que o governador do Distrito Federal realmente publique esse decreto de forma definitiva. Isso [a retirada] é de uma bipolaridade inadmissível. Não dá pra sujeitar a construção da liberdade e da dignidade humana a esse tipo de comportamento”, afirmou ela. 

A entrevista foi retirada do site da Agência, mas reproduzida em outros veículos. Segundo explicou Paulo Guimarães, o prazo “entre 30 e 60 dias” foi estabelecido por orientação do governador Agnelo. 

Fonte:
http://www.erikakokay.com.br/portal/artigo/ver/id/2897/nome/Prazo_para_reedicao_do_decreto_contra_a_homofobia_termina_nesta_quarta

Segue entrevista 

Da Agência Brasília - O consultor jurídico do Distrito Federal, Paulo Guimarães, explicou em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA as razões da revogação do decreto que regulamenta a Lei 2.615, de 2000, sobre as sanções a casos de discriminação contra pessoas em decorrência de sua orientação sexual.

Por que o decreto foi revogado?
Paulo Machado Guimarães – Porque o governador Agnelo Queiroz recebeu ponderações sobre problemas administrativos na tramitação das matérias. O decreto que regulamenta a Lei 2.615, de 2000, prevê a possibilidade de suspensão e até cassação de alvará de funcionamento, por exemplo. Esses atos são praticados pelos administradores regionais do DF e envolvem cada uma dessas autoridades. Portanto, a regulamentação prevê que a representação seria encaminhada para uma comissão especial de apuração, mas não se concebeu a participação das administrações regionais, que são as autoridades competentes para a prática do ato. Outro problema foi a aplicação de forma correta da Lei 9.784 de 1999, do Distrito Federal, que trata do processo administrativo e prevê a possibilidade de até três instâncias recursais, e na regulamentação posta pelo decreto só há previsão de uma instância, que iria diretamente ao governador. E isso também significa uma restrição a direitos legais, que estão assegurados há anos aos cidadãos, o que poderia ensejar questionamentos judiciais que, no entendimento do governador, seriam desnecessários neste momento.

A revogação ocorreu, então, por um problema administrativo?
Guimarães – Sim, o problema foi a tramitação desses processos, de ordem jurídica e administrativa interna na administração, e envolve atos de competência das administrações regionais. A rigor, o que o decreto traz efetivamente de novo é apenas a tramitação. A primeira parte do documento é a reprodução do que a lei de 2000 estabelece e, portanto, não tem novidade. A segunda é exatamente como essa matéria seria tramitada internamente e aí houve um problema. Portanto, não há nenhum prejuízo aos cidadãos em razão desses aspectos. O governador é enfático ao dizer que, no governo, o respeito aos direitos humanos é uma marca e um compromisso constitucional que ele insiste e se compromete de forma inarredável.

Qual a previsão para a análise ser concluída e o decreto, novamente publicado?
Guimarães – A orientação do governador Agnelo Queiroz é que esses estudos sejam feitos o mais rápido possível, e entre 30 e 60 dias acreditamos que teremos condições de concluir essa fase. Nesse período teremos oportunidade de ouvir os setores interessados, a área comercial, os segmentos sociais e administradores regionais, que poderão contribuir e apresentar sugestões de como melhorar a tramitação dessas matérias. O governador reforçou ainda que a lei está em vigor e que os direitos dos cidadãos previstos serão respeitados e não será admitida qualquer discriminação.

Como será feita a análise do decreto?
Guimarães – A análise é feita no mérito da proposta, com importante contribuição da Casa Civil e da Consultoria Jurídica. O governador recebeu ponderações que considerou relevantes e eu, como consultor jurídico, concordo plenamente que isso é necessário. Faremos uma revisão imediata em benefício de um aperfeiçoamento da tramitação. Tivemos a oportunidade de tranquilizar o governador de que a lei de 2000 está em vigor e em quaisquer ocorrências que envolvam qualquer cidadão em práticas discriminatórias está assegurado o direito de entrar com uma petição e levar o fato para conhecimento da Administração Pública para que a lei seja aplicada.

Fonte:
http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/101482/

sexta-feira, 5 de julho de 2013

MENINAS QUE JOGAM FUTEBOL E MENINOS BAILARINOS FALAM SOBRE PRECONCEITO

 


Na Copa das Confederações de Neymar, Fred e cia., que termina amanhã, não há espaço para meninas. Mas elas estão dando um jeito de invadir o campo de futebol.

As gêmeas Laís e Larissa Martins, 11, sabem bem que esse não é um esporte só para os homens.

Elas fazem parte de um time de futebol mirim do Rio. Foi Laís quem se interessou primeiro pelo esporte, influenciada pelo irmão mais velho.

Ela começou no Vasco da Gama, jogando com meninos, e chegou a disputar um torneio com a equipe. "Os meninos falavam 'Essa menina não joga nada'. Mas, quando entrei em campo, viram que eu jogava bem", contou Laís, que sonha em entrar para a seleção brasileira.

Ela não se incomoda com as pessoas que acham que o esporte é coisa de menino: "Bobagem, meninas jogam muito bem".

Larissa tem uma reclamação a fazer: "Tem mais torneios para meninos".

As duas são fãs de Marta, da seleção brasileira. A jogadora acha que há preconceito. "No Brasil, a modalidade é considerada amadora, não há liga profissional."

BAILARINOS

Assim como jogadoras de futebol, meninos que fazem balé sofrem preconceito. Denílson Afonso, 12, faz balé há quatro anos e quer ser profissional como seu ídolo, o bailarino russo Mikhail Baryshnikov.

Apesar do apoio da família, sofre com colegas. "Já sofri muito bullying na escola. Acho idiotice, cada um faz o que quer."

"Eles são excluídos. Nem podem pedir para ir ao banheiro porque tem alguém esperando no corredor para brigar. E são chamados de 'bailarina'", disse a mãe de Denílson, Ionai Afonso.

Colega de Denílson na escola de dança, Jônatas Lopes, 11, estuda balé há seis anos. Ele também convive com as provocações na escola e já foi até agredido uma vez por colegas.

"Muitas pessoas me zoam e outras não. Para mim, isso não tem nada a ver. Algumas coisas que são para menina também podem servir para meninos", disse Jônatas.

E os homens têm papel de destaque nos palcos. O brasileiro Thiago Soares, por exemplo, é o principal bailarino do prestigiado Royal Ballet de Londres desde 2006. Ele diz que hoje há mais espaço para os homens.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2013/06/1302943-meninas-que-jogam-bola-e-meninos-bailarinos-falam-sobre-preconceito.shtml