sábado, 12 de outubro de 2013

Lançado site brasileiro para facilitar empregos para pessoas trans

O TransEmpregos é o primeiro site brasileiro com objetivo de facilitar a colocação de pessoas trans (travestis e transexuais) no mercado de trabalho. Lançado esta semana, com apoio da OAB SP, o trabalho desenvolvidos por um grupo de transexuais e travestis quer possibilitar que empresários e recrutadores interessados contatem pessoas trans. Muitas deles com boa capacitação e currículo mas que não conseguem posições de trabalho por falta de oportunidade, muitas vezes até dos próprios intermediários do setores de recursos humanos.
 
“O TransEmpregos é uma ideia original de um grupo de pessoas trans* preocupadas com a empregabilidade de travestis e transexuais no Brasil, um país em que, infelizmente, essa população ainda se encontra grande parte das vezes desempregada, precisando negar a própria identidade de gênero para encontrar um emprego ou mesmo, sendo obrigadas a trabalhar em empregos informais onde via de regra não são valorizadas”, diz a apresentação do site que tem um campo para cadastro de vagas e outro para o cadastro de currículos de pessoas interessadas nas vagas.
 
O site também traz uma interessante seção de Perguntas Frequentes, em que explica de forma educativa o que são as Transgêneros, o cissexismo, gênero, identidade de gênero, binarismo, entre outros termos importantes para se compreender o universo trans.
 
“Dado que de forma geral, o empresariado não contrata essas pessoas, muitas vezes por preconceito declarado, velado ou por total desconhecimento do talento dessas pessoas, nós propomos que se observem essas pessoas pelo ponto de vista do quanto elas podem contribuir para uma empresa, com toda a força de vontade que possuem”, exemplifica o site sobre a dificuldade das trans no mercado de trabalho. A realidade foi mostrada esta semana no  programa Profissão Repórter, que acompanhou um programa carioca para reinserção das transexuais e travestis no mercado de trabalho, que por falta de oportunidade acabaram optando pela prostituição.

Parabéns aos idealizadores do site pela iniciativa!

Confira o site, que até o momento ainda não tem nenhuma vaga disponível:  www.transempregos.com.br
 

Professora de adolescente trans assassinado diz que poderia ter feito o mesmo com o aluno

O comentário da professora Shirley Brown da Califórnia, nos EUA, em um documentário da HBO sobre o assassinato de Larry King, um jovem de 15 anos assassinado por seu colega Brandon McInerney em 2008, causou choque aos telespectadores nos EUA. A professora defendeu o assassino e riu, dizendo que ela poderia ter feito o mesmo, no filme “Valentine Road” exibido esta semana em rede nacional sobre o caso. A docente afirmou: “Eu posso entendê-lo e me vejo na mesma posição (de McInerney). Eu não sei se eu pegaria uma arma, mas um bom chute no traseiro poderia ter funcionado”, afirmou a professora em tom de humor. “Eu acredito em Céu e Inferno e tenho convicção, honestamente, de que Larry não sabia da consequência dos seus atos”, afirmou a ex professora que não prestou depoimento à polícia alegando traumas sobre o incidente.

Larry frequentava a escola E.O. Green Junior High School em Oxnard e foi alvo de dois tiros e morreu dois dias depois, em 13 de fevereiro de 2008, em crime ocorrido dentro da escola. O assassinato é um dos casos mais emblemáticos de homofobia nos EUA. O crime ocorreu na véspera do Dia dos Namorados, fato que batizou o documentário sobre o assassinato. Em 2011, o caso foi julgado e na primeira tentativa o júri não chegou a uma decisão unânime e o caso seria rejulgado, sem a acusação de crime de ódio, que poderia levar à prisão perpétua o menor. Em Dezembro de 2011, antes do novo julgamento, McInerney se declarou culpado por assassinato em segundo grau, agressão e uso de arma, sendo condenado a 21 anos de prisão, sem direito a redução da pena.

A professora Shirley Brown afirmou no documentário que entende o motivo que levou o aluno de 13 anos a matar o outro. King teria pedido McInerney em namoro, em público, o que teria feito com que virasse alvo de bullying, dias antes do assassinato. Na mesma semana, no corredor, a vítima teria passado pelo assassino e dito “Te amo bebê”. Na mesma semana, King teria ido para a aula com roupas de mulher, o que teria irritado ainda mais o assassino, que  era zuado pelos colegas. Ele então tentou juntar um grupo para bater em King, sem sucesso. Depois, teria tramado o assassinato. Ninguém nunca cogitou um envolvimento entre os alunos.

Na manhã de 12 de Fevereiro, durante uma aula na sala de computadores, por volta das 8h da manhã, McInerney tirou uma arma calibre 22 de sua mochila e atirou duas vezes contra King, atingindo sua cabeça e costas. Ele colocou a arma no chão e saiu. Em sete minutos a polícia chegou ao local e levou o autor dos disparos. King foi levado ao St. John's Regional Medical Center e declarado com morte cerebral dois dias depois e seus órgãos foram doados.

O Documentário da HBO aponta como os adultos são responsáveis pelo assassinato, tanto pela falta de ação mediante aos diversos alertas quanto ao preconceito que ensinam aos filhos. Em muitos depoimentos, testemunhas dizem que a vítima poderia ter sido “mais discreta”, outros dizem que ele provocou a própria morte.

Fonte: http://revistaladoa.com.br/2013/10/noticias/professora-adolescente-trans-assassinado-diz-que-poderia-ter-feito-mesmo-com-aluno

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Vem ai.... DIA 10.11 - X - EDIÇÃO DA FEIRA CULTURAL AFRO MIX - CAMPINAS - SP - 2013, NA ESTAÇÃO CULTURA

... Aguarde Programação, divulgaremos no Blog.

Porque Gabriela gosta da palavra puta/Why Gabriela prefers the word puta(whore)

Inscrições prorrogadas para o III Quem tem cor age - Unicamp

Acontece em Piracicaba a 1ª Festa Afropira vamos?

ENCONTRO PAULISTA DE JOVENS GAYS, HSH,TRAVESTIS E TRANSEXUAIS

 

Vem aí o Encontro Paulista de Jovens Gays, HSH,Travestis e Transexuais.

Aos participantes do Fórum Paulista da Juventude LGBT, membros do GRUPO E-JOVEM, E-GRUPOS, ativistas, militantes, grupos, instituições e ongs da Juventude LGBT: Está confirmada a realização do Encontro Paulista de Jovens Gays, HSH,Travestis e Transexuais, que acontecerá na cidade de São Paulo, no dia 07 de Dezembro, das 10h30 às 19h00.

Local: “Espaço da Cidadania – André Franco Montoro”, Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, Pátio do Colégio, nº 184 – Sé, São Paulo/SP.
Tema: “Mobilização, Incentivando e Conscientizando a Juventude sobre a Importância da Realização do Teste de AIDS”.

Objetivo do Encontro: Contribuir para a discussão do Enfrentamento da Epidemia de AIDS e das DST voltada aos Gays, HSH, Travestis e Transexuais e o Combate Homo|Transfobia.

As Inscrições estarão abertas a partir de 01|10 à 01|12, no site www.e-jovem.com (as fichas deverão ser preenchidas e enviadas para o e-mail jovem.epira@gmail.com).

Solicitação do Programa Estadual DST, AIDS do Estado de São Paulo aos Interlocuções Regionais e Municipais de DST/AIDS ( Dra. Maria Clara Gianna):
Solicitamos apoio das interlocuções regionais e municipais de DST/AIDS para divulgar o evento, assim como, apoio para o transporte dos adolescentes e jovens. 

Fonte:


Mãe expulsa filho gay de casa e avô manda carta de repúdio


Um senhor ficou indignado com sua filha depois de saber que ela expulsou o filho (que é seu neto) de casa, por descobrir que ele é gay  e escreveu uma carta. Ao longo de quatro parágrafos escritos à mão ele a critica. A imagem da
Confira:

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Cara Christine,
Você me desapontou como filha. Você está certa sobre termos uma “vergonha na família”, mas errou sobre qual.
Expulsar seu filho de sua casa simplesmente porque ele disse a você que era gay é a verdadeira “abominação”. Uma mãe abandonar o filho é que “é contra a natureza”.
A única coisa inteligente que ouvi você dizer sobre tudo isso é que “não criou seu filho para ser gay”. Claro que não criou. Ele nasceu assim e escolheu isso tanto quanto escolheu ser canhoto. Você, entretanto, fez a escolha de ser ofensiva, mente-fechada e retrógrada. Então, já que esse é um momento de abandonarmos filhos, acho que chegou a hora de dizer adeus a você. Sei que tenho um fabuloso (como os gays dizem) neto para criar e não tenho tempo para uma filha que é uma b. sem coração.
Se encontrar o seu coração, ligue pra gente.


Fonte: Now MSN 
http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/265-generos-em-noticias/21387-mae-expulsa-filho-gay-de-casa-e-avo-manda-carta-de-repudio 

Vamos à parada LGBT com os pés no chão!

 

Este domingo, mais uma vez, vamos nos juntar às milhares de pessoas que participarão da Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, um dos maiores eventos políticos de visibilidade, celebração e luta pela cidadania plena de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no mundo.
Agradeço o convite da organização da Parada para desfilar em um dos trios, mas vou declinar em razão da oportunidade de poder concretizar agora, na Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, o desejo de marchar no chão, juntamente com todos e todas. Uma proposta que eu apresentei, em Junho, à organização da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

E eu gostaria muito de marchar com você, com os pés no chão. Convido todas e todos a formarmos um grande cordão de pessoas que querem não somente festejar esse momento que é, sim, um importante ato de celebração e de visibilidade – mas também que querem mudar o país.
Junto aos companheiros e companheiras do meu mandato, e de diversos grupos independentes que se organizam em diversas lutas a favor da cidadania, vamos nos encontrar em frente ao Hotel Sofitel, próximo ao forte de Copacabana, para marcharmos juntos e participarmos da parada levando nossas reivindicações como comunidade e também apoiando outras lutas, porque independentemente de nossa orientação sexual e/ou identidade de gênero, somos parte de um mesmo povo.

Vamos marchar sem bandeiras partidárias (embora reivindiquemos o direito de todos nós a nos organizarmos politicamente), levando, entre outras, as seguintes reinvidicações:
- Defesa do Estado laico e das liberdades individuais! Não ao fundamentalismo e a intolerância religiosa!;
- Recuperação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, hoje tomada pelos fundamentalistas, para que cumpra seu verdadeiro papel; e não à extinção da Comissão de Direitos Humanos do Senado!;
- Aprovação da lei do casamento civil igualitário (PL-5120) e da PEC para garantir esse direito na Constituição;
- Aprovação da lei de identidade de gênero João Nery (PL-5002);
-  Por uma educação não homofóbica, com plena igualdade de gênero e respeito à diversidade sexual na escola. Não aobuyilling homofóbico!;
- Por políticas públicas de inclusão social e combate ao preconceito contra as pessoas LGBT;
- Aprovação da criminalização da discriminação por orientação sexual e identidade de gênero (PLC-122).

Mas a parada LGBT não pode ficar alheia a outras lutas contra a opressão, a discriminação e a injustiça social. Por isso, também defendemos:
- Apoio à greve dos profissionais da educação!;
- Pelo direito à livre manifestação: basta de repressão policial e criminalização dos protestos!
- Desmilitarização e democratização da polícia, como força de segurança e não de repressão contra o povo;
- Não às remoções da Copa;
- Pelo direito da mulher a decidir sobre o seu corpo: aborto legal, seguro e gratuito;
- Contra a repressão e pelo direito à terra dos povos indígenas;
- Contra a intolerância religiosa e a perseguição ao povo de santo;
- Aprovação da lei Gabriela Leite, pelos direitos dos/as trabalhadores/as sexuais (PL-4211);
- Não à internação compulsória!; pelo fim da política de guerra aos pobres: legalização das drogas, respeito aos direitos individuais dos usuários e tratamento do abuso na perspectiva da saúde;

Espero que estas ideias se espalhem por todas as paradas, daqui para frente,  e pelo Brasil inteiro! Confirme sua presença aqui e venha comigo com os pés no chão! A gente se vê domingo às 13h em frente ao Hotel Sofitel, próximo ao forte de Copacabana, no posto 06.
Traga o seu cartaz!
Jean Wyllys

Fonte: http://colunistas.ig.com.br/jean-wyllys/2013/10/10/vamos-a-parada-lgbt-com-os-pes-no-chao/

Agressor deverá pagar gastos com vítimas de homofobia, racismo e violência doméstica

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A Advocacia-Geral da União (AGU) pretende ir à Justiça para receber os gastos com benefícios pagos pela Previdência a vítimas de racismo ou homofobia. As ações são contra os agressores e acompanharão outras campanhas realizadas pela Procuradoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que já tornou alvo de processos motoristas responsáveis por acidentes de trânsito e culpados por violência doméstica.
Em São Paulo, são analisados 20 casos de homofobia. O procurador-geral do INSS, Alessandro Stefanutto, explica que o órgão quer avançar na política de combate à criminalidade. “Nós sabemos que esses casos são subnotificados. Nossa primeira triagem vai ser sobre notícias e associações”, diz.
A intenção de pedir o ressarcimento dos causadores de violência, no entanto, é juridicamente complexa. A tese, ainda nova nos tribunais, está sendo testada desde que o instituto passou a processar em massa empresas pelos gastos com acidente de trabalho, em 2007. Advogados de empresas reclamam que pagam Seguro Acidente de Trabalho (SAT), para cobrir o risco adicional do tipo de atividade exercida.
Os juristas também observam que a contribuição previdenciária, descontada dos salários e de empresas, existe justamente para financiar o sistema nos casos de aposentadoria por invalidez ou pensão por morte. Outra crítica é que o órgão estaria, a pretexto de políticas públicas, em uma tentativa de capitalizar com os processos, sem um embasamento legal.

A intenção dos procuradores do INSS, no entanto, é que pouco a pouco a jurisprudência se torne comum nos tribunais e as pessoas se acostumem a pagar as indenizações quando causarem qualquer tipo de lesão ou morte que leve a um desembolso da Previdência. Para isso, usam as máquinas das 100 procuradorias do INSS espalhadas pelo País para selecionar os casos e as cidades mais estratégicas. O objetivo no futuro é que todo o condenado criminalmente por agressão ou homicídio, em último caso, seja alvo de uma ação regressiva do INSS - como é chamada a cobrança.

Números
O INSS já moveu cerca de 2.952 ações regressivas previdenciárias para tentar ressarcir R$ 586.669.495,99. “A ideia é que todo mundo se acostume que, quando faz algo errado, a Previdência vai atrás dele buscar o prejuízo”, diz Stefanutto.

O INSS já entrou, por exemplo, com 11 ações desde o ano passado para cobrar os benefícios pagos por causa de condenados por violência doméstica contra a mulher. Três foram julgadas e apenas uma deu resultado contrário à Previdência.

No Rio Grande Sul, um homem que matou a ex-companheira, em 2009, foi condenado em fevereiro a pagar cerca de R$ 115 mil pela pensão dos dois filhos menores de idade do casal. As crianças tinham 8 e 10 anos, na época do crime. A mulher foi morta a facadas, na rua, depois ter registrado três ocorrências contra o agressor.

No mesmo Estado, entretanto, a Previdência perdeu a causa contra um homem que assassinou a ex-namorada, condenado a 19 anos de reclusão, em Caxias do Sul. A juíza federal Adriane Battisti, em decisão do dia 26, afirmou que “a responsabilidade do setor privado quanto ao pagamento dos benefícios previdenciários é restrita aos casos de acidente de trabalho”.


Fonte: Gazeta do Povo
http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/265-generos-em-noticias/21399-agressor-devera-pagar-gastos-com-vitimas-de-homofobia-racismo-e-violencia-domestica