domingo, 21 de julho de 2013

Muito Bom... Vídeo inverte papéis entre homens e mulheres para questionar a cultura da violência na propaganda

Sarah Zelinsky, aluna do grupo de estudos de gênero da Universidade de Saskatchewan, no Canadá, se uniu a outros dois colegas para criar o vídeo ‘Representations of gender in advertising’ (‘Representações de gênero na propaganda’), que propõe reproduzir anúncios publicitários com uma troca de papéis entre homens e mulheres.
Com o objetivo de chocar e engajar o público, o filme mostra como a publicidade, muitas vezes, pode ser perversa com as mulheres.
“Algumas campanhas retratam a mulher como altamente sexual e submissa. E o homem, como dominante e agressivo”, destaca Sarah Zelinsky.
Confira:





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Fonte:
https://www.acontecendoaqui.com.br/estudantes-do-canada-criam-video-que-inverte-papeis-entre-homens-e-mulheres-para-questionar-a-cultura-da-violencia-na-propaganda/

Campanha: "Carteira de Nome Social"

Expulso por traficantes, AfroReggae encerra suas atividades no Complexo do Alemão

Sede do AfroReggae permaneceu fechada neste sábado

A sede do AfroReggae e a pousada da ONG, na Rua Joaquim de Queiroz, na Grota, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, amanheceram fechadas na manhã deste sábado. Normalmente, aos sábados, a sede funciona até as 16h. A ausência de funcionários e integrantes do projeto no imóvel confirmam a informação publicada hoje em reportagem da revista “Veja” de que o AfroReggae teria sido expulso pelo tráfico.
Segundo a publicação, os bandidos chegaram a fazer ameaças à ONG, dizendo que “a desobediência seria punida com a explosão da sede e uma chacina”. Em seu twitter, o coordenador do AfroReggae, José Júnior, disse que daria neste sábado uma “péssima notícia”: “Tenho uma pessima noticia pra dar + q muito me orgulha de não omitir. Já comunicamos as autoridades do nosso estado e país. Post amanhã”. No início da tarde, ele postou o link da reportagem e acrescentou a frase “Não dá pra deixar assassinarem inocentes”.
Policiais da UPP do Alemão andam com armas em punho pelas vielas da comunidade
Policiais da UPP do Alemão andam com armas em punho pelas vielas da comunidade Foto: / Fabiano Rocha
De acordo com a revista, o motivo da expulsão tem nome, sobrenome e título religioso: pastor Marcos Pereira, líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, preso desde o início de maio sob a acusação de estuprar fiéis.
Ele seria ligado a Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que cumpre pena no presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná. Duas irmãs do traficante frequentam a igreja de Marcos.
— Nunca sofremos retaliação do tráfico, mas desde que comecei a denunciar o pastor começaram os ataques. Uma pessoa disse que se não sairmos vão explodir a sede e nos matar. Diante do receio, teremos que encerrar as atividades. Não temos como garantir a segurança de ninguém — disse José Júnior à “Veja”.
Apesar da aparente tranquilidade e do policiamento na comunidade, moradores e comerciantes evitam falar sobre o assunto.
— Não estou sabendo de nada. Soube pela televisão do incêndio —disse uma moradora da Rua Joaquim de Queiroz, que não quis se identificar.
Jornal muda de sede
Rene Silva, editor do jornal “Voz da comunidade”, explica que redação vai mudar de lugar
Rene Silva, editor do jornal “Voz da comunidade”, explica que redação vai mudar de lugar Foto: / Fabiano Rocha
A reportagem diz ainda que o evento "Arraiá da Paz" mudou para "Arraiá do Alemão", a pedido do tráfico. Rene Silva, fundador do jornal comunitário, negou e disse que a mudança tem a ver com a estrutura da festa, que está em seu terceiro ano:
— Se o tráfico tivesse mandado mudar o nome, já teria mudado desde o início. Mudamos o nome agora porque mudou a equipe e a estrutura. O nome "Arraiá do Alemão" tem mais a cara da comunidade.
Rene contou ainda que o incêndio na pousada do AfroReaggae só acelerou a ida da equipe do jornal para outro espaço:
— Já queríamos ter o jornal em um espaço só nosso. O que aconteceu só acelerou isso. Alguns pais de jovens da equipe pediram para sairmos de lá, mas não estamos com medo.
Segundo Rene, a Prefeitura do Rio vai doar um terreno no Morro do Adeus para a construção da nova sede do jornal comunitário.

Deficiente Fisico posa nu para protestar contra a cultura da beleza

Um político norueguês deficiente físico chamado Torstein Lerhol que pesa 17 kg, posou nu para iniciar um debate sobre a nossa cultura obcecada pela beleza. Em uma pesquisa, 7 em cada 10 pessoas concordaram com ele no que se refere ao foco no corpo e na preocupação com a estética ao redor do mundo.
Fotos: Henrik Fjørtoft
Fonte:
http://strange.com.br/curiosidades/deficiente-fisico-posa-nu-para-protestar-contra-a-cultura-da-beleza/




Carta Capital: "Mate o Mc DaLeste": O perigo da intolerância cultural

Game permite assassinar o funkeiro. “Comemorar a morte de uma pessoa só porque você não gosta do estilo de música é osso, hein?". Por Joseh Silva

 
“Jogo bom, merece ganhar o jogo no ano 2013”; “Sacanagem não terem criado ainda outros níveis com outros funkeiros”; “FUNKEIRO BOM É FUNKEIRO MORTO”; “Ja baixei e joguei é divertido! :D zerei 3 vezes ja! Muita alegria mata esse verme!!!!! hehehe”; “Não sou fã de funk , mas comemorar a morte de uma pessoa só porque você não gosta do estilo de música que ele faz é osso hein”; Estes são alguns dos 26.373 comentários embaixo do vídeo ilustrativo do jogo Mate o MC Daleste, que está disponível para download em alguns sites.
 O jogo mostra Daleste em cima de um palco cantando a música “mata os policia é a nossa meta”. Sucesso do Mc em um tempo que o funk “proibidão” estava em evidencia na cidade de São Paulo.  O cenário mostra jovens sem camisa portando fuzis, a Regina Casé  - fazendo alusão ao programa Esquenta, o logotipo da rede Globo ao lado da bandeira do PT e do programa Bolsa Família. A MC Tati Quebra Barraco também está em cena. Todos são assassinados.

O vídeo revela o reflexo de uma sociedade reacionária, que reforça mais e mais a intolerância cultural. Um jovem índio (desaldeado) não é respeitado em uma escola caso ele chegue de cocar  para assistir uma aula. O mesmo acontece com ciganos, hippies, negros, nordestinos, gays, povos tradicionais e de terreiros. Isto mostra que não somos capazes e conviver com as diferenças dentro da nossa própria espécie.
O motivo da assassinato do Daleste, Daniel Pelegrini, 20 anos, que aconteceu no último dia 6 de julho em uma festa junina na periferia de Campinas, ainda não foi desvendado. Assim como a morte de outros seis Mc`s, que foram assassinados, segue sem solução. Todos cantavam o estilo “proibidão”, que retrata o cotidiano da relação (de guerra) entre policia e crime organizado.

Jogo mc da leste.jpg

Os MC`s de funk fazem parte do universo da cultura periférica. Eles vêm das margens da cidade, onde o estado chega através das forças de repressão, e onde a ausência de politica pública é presente. São lugares onde falta investimento, e há violações constantes de diretos humanos. Ali cresce uma geração que não enxerga sentido nas escolas, mas que valoriza a tradição oral.

Assim como o Rap, o Funk nasce em um cenário periférico urbano e é utilizado como um instrumento de denúncia e também de entretenimento. No Rio de Janeiro (nas comunidades não ocupadas pelas UPPs), o funk cumpre o papel de empoderamento dos jovens. Gira a economia local, gera empregos, socializa sonhos e é um ótimo instrumento pedagógico, pois toca em assuntos e discorre sobre o mundo que muitos jovens vivem ou se identificam.

O funk vem crescendo, e um dos estilos responsáveis por isso é o ostentação. Trata-se de músicas onde os Mc`s escrevem letras sobre baladas, carrões, correntes de ouro, mulheres, mansões, aviões. Algo parecido com os clipes dos rappers norte americanos como 50Cent e Snoop Dogg. Daleste, em seus últimos sucessos, não cantava mais “proibidão”. Ele pregava, sim, a ascensão, a vida que a mídia tradicional mostra todos dias, o respeito que o dinheiro traz, que os jogadores de futebol mostram, a construção de um mundo em que a maioria dos jovens querem.

Cantar “proibidão” ou ostentação, na maioria dos casos, não é só uma questão de escolha, identidade ou bandeira, mas de sobrevivência mercadológica. A maioria dos artistas escrevem  músicas de acordo com o que o seu público gosta, independente do estilo. No funk, não é diferente, mas por ser um estilo de música de origem pobre, negra e periférica sofre com a discriminação e a intolerância cultural.
 
 

Líder da igreja Sara Nossa Terra aposta que o Brasil ainda terá um presidente evangélico








"O DINHEIRO & VOCÊ" --o título do livro aparece assim mesmo, em maiúsculas. A capa é ilustrada com notas de R$ 50 e R$ 100, pilhas de moedas e o nome do autor: bispo Robson Rodovalho.

"Descubra os segredos espirituais, emocionais e práticos para adquirir riquezas", ele promete na publicação, lançada na Feira Internacional Cristã, da Geo Eventos, empresa da Globo. Rodovalho esteve lá na quarta e posou ao lado do pastor Silas Malafaia, com quem agitou uma manifestação em Brasília, "pela vida", em junho.

O líder da igreja neopentecostal Sara Nossa Terra conta que, ao "estudar a origem do dinheiro", percebeu que lidava com "um bem que já tramitava no meio dos anjos, [pois] Lúcifer tinha, antes da queda, algum tipo de comércio".

Bandeja na mão, uma secretária entra com cafezinhos na sala onde ele conversa com Anna Virginia Balloussier, na sede da igreja. Ainda é cedo, e o prédio de dois andares (mais subsolo) na rua Augusta (lado Jardins), em São Paulo, está fechado com aquelas portas de aço típicas de algum tipo de comércio.
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As salas são separadas por divisórias beges. Dentro de uma delas, Rodovalho diz ter uma "visão administrativa" para a igreja. "Apliquei um princípio de gestão moderno."
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A Sara ficou conhecida no começo dos anos 2000 por atrair famosos como Baby do Brasil, Monique Evans, Leila Lopes e Rodolfo, ex-vocalista da banda Raimundos (todos já fora da igreja; Leila, morta em 2009). Mais recentemente, já foram a cultos a atriz Deborah Secco, Ana Cláudia Rocha (mulher do empresário Flávio Rocha, da Riachuelo) e Letícia Weber, namorada de Aécio Neves.
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O líder atribui o sucesso nas classes A e B a uma "identificação natural com o traço intelectual" de sua congregação. "Os afins se atraem, né?" Ele se apresenta como "professor, físico e empresário" --bispo, só "de coração".
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Não vê a atividade como profissão. Por isso, diz, não dá salário (só ajuda de custo, de R$ 1.500 a R$ 5.000) para os cerca de 3.500 pastores, "todos com curso universitário", que atendem nas 1.050 unidades da Sara no Brasil.
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O bispo também está na crista da onda quântica. Físico formado pela Universidade Federal de Goiás, ele põe fé na ciência e lançou, no começo do mês, um livro para defender que espiritualidade e pensamento científico frequentem o mesmo lado do balcão.
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Em duas horas de conversa, ele fala com intimidade de Albert Einstein e usa termos como "postulados de Planck" (físico que inaugurou a quântica, em 1900) para fenômenos associados à religião. Já ensinou a disciplina na Universidade Federal de Goiás. Os alunos, conta, não estranhavam. "Viram que você pode ser pastor sem ter uma cabeça dogmática."
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Está com paletó preto (aberto), blusa branca por baixo (gola e punho se destacam) e sapato de couro marrom. Comparado a outras lideranças, Rodovalho é mais diplomático e discreto. Não fez os confessos implantes de cabelo de Malafaia nem usa chapéu de vaqueiro como o apóstolo Valdemiro Santiago --tampouco parece inatingível como o bispo Edir Macedo.
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As bandeiras, contudo, são as mesmas. Ele defende "os direitos civis", mas critica o casamento gay ("não se muda o que é natural, mulher foi feita para procriar com o esperma do homem"). E acha que o projeto de lei 122, de combate à homofobia, "era extremamente discriminatório" ao proibir pregações antigays nas igrejas.
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"Falei mês passado, num seminário conduzido por Jean Wyllys [deputado federal que defende os direitos dos homossexuais], a uma plateia só de gays: 'Gente, vocês têm liberdade graças a um país cristão, tolerante. Agradeçam ao cristianismo, base da democracia'."
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Como outros evangélicos, também aponta preconceito na forma como a imprensa lida com o dízimo. "Acho que são mais guerras de segmentos. A mídia não é inocente, está a serviço do capital."
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No site da Sara Nossa Terra, a animação de uma abelha com sardas e bochecha rosada convida: "Clique aqui para doar" (mínimo de R$ 30).
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Ao lado de sua mesa está uma intocada caixinha com água de coco industrializada. Antes, fosse vodca ou água de coco, tanto fazia para o jovem Rodovalho, filho e neto de plantadores de soja "de médio porte" em Anápolis (GO), onde nasceu.
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Numa pós-hippie "vida de adolescente, de gente perdida, sem orientação", consumia de tudo um pouco. "Maconha, muito álcool... A gente fazia chá de cogumelo." Coloca duas colheres de açúcar em seu chá atual --hortelã--, servido numa xícara branca com desenho de flor, e segue: "Andava com um revólver, calibre 38, na cintura".
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Um dia, ainda na adolescência, a tragédia. Estava caçando com outro rapaz, espingarda na mão. "A arma disparou, o pai dele estava atrás, o tiro pegou nele." O homem morreu. Não houve processo legal. Mas Rodovalho sentiu "muito desespero" e pouco conforto na religião da mãe, espírita (na fazenda eram frequentes rituais com sacrifício de aves e bodes). Aos 15 anos, ingressou na Igreja Presbiteriana. "A única coisa que eu sabia é que era muito bom ler a Bíblia e muito gostoso orar. Ah, não precisava de droga, de bebida, de nada."
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Há 21 anos, mudou-se para Brasília e fundou a Sara Nossa Terra --hoje liderada por ele e pela mulher, a bispa Maria Lúcia. Eles têm três filhos e cinco netos.
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Foi deputado federal, pelo DEM. Apresentou projetos solicitando da criação do Dia do Bombeiro à proibição do uso de documentos psicografados como prova judicial. Aprovou leis como a que permite o uso da Lei Rouanet para a música gospel.
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Seu gabinete em Brasília, todo de vidro, chamou a atenção do deputado Clodovil. Imita o colega, morto em 2009: "Rodovalho, você é o único que me dá atenção". Após "uma decepção forte", ele diz ter desistido da vida parlamentar. Apoiou a eleição de Dilma Rousseff "porque o país foi dirigido pela direita a vida inteira". E responde que, sim, um dia o Brasil terá um presidente evangélico. "É natural, né?"
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Hoje se dedica à carreira artística -ele é cantor gospel, tem rádios e uma rede de TV, a Gênesis. É intérprete de canções como "Fogo e Paixão". Enquanto Wando falava de "raio, estrela e luar", o pop de Rodovalho homenageia Jesus, "raio de alegria que veio me encontrar". A família vive entre Brasília e o apartamento de Perdizes, em SP.
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Em 2012, fechou contrato com a Som Livre, gravadora da Globo, e visitou o Projac com uma trupe de pastores, escoltado por Amauri Soares, então coordenador dos projetos especiais da emissora. Acompanhou a gravação da novela "Salve Jorge".
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"No final dessa novela, mandaram um torpedinho pra mim: 'O último capítulo tem uma surpresa'." Uma das vilãs se redimiu virando evangélica, assim como a Carminha em "Avenida Brasil".
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Antes, "quando [a Globo] se lembrava de evangélicos, era sempre caricatura de outro mundo, uma pessoa muito fanática, meio ET".

domingo, 14 de julho de 2013

Muito Bom Curta Não Gosto dos Meninos fala sobre a descorberta da Diversidade Sexual

Curta-metragem "Não Gosto dos Meninos", inspirado no projeto internacional "It Gets Better".

produção | mirada + gringo
diretor | andre matarazzo + gustavo ferri
diretor de fotografia | gustavo ferri
camera | felipe santiago
editor | felipe santiago
produtor executivo | enio martins
pós produção | mirada
trilha | andrei moyssiadis
produtora | marcela fecuri

Médicos do Sírio e do Einstein abrem clínica particular em Heliópolis

Bem na entrada da favela de Heliópolis, entre uma agência bancária e uma loja de departamentos, desponta uma clínica médica que só realiza consultas particulares. Não vale convênio, tampouco cartão do SUS.

 

O criador do Dr. Consulta, Thomaz Srougi, e o diretor-geral, Cesar Camara - Daniel Teixeira/AE
Daniel Teixeira/AE
O criador do Dr. Consulta, Thomaz Srougi, e o diretor-geral, Cesar Camara
 
Quem passa ali, estranha. Muitos moradores custam a ter coragem de entrar. Só perdem o medo na medida em que o boca a boca se espalha ou quando leem um cartaz bem à frente do portão que informa, em linguagem clara e direta, o valor das consultas: R$ 40 para clínico-geral e R$ 60 para qualquer uma das dez especialidades oferecidas, que pode ser dividido em duas parcelas.

"Quem disse que essa população não pode ir ao médico particular?", questiona o criador do Dr. Consulta, Thomaz Srougi. Ele se refere ao seu público-alvo: gente sem plano de saúde e cansada das filas dos postos públicos. O perfil exato dos moradores da maior favela da cidade.

Para atendê-los, a estrutura é simples, porém bem equipada. Nos consultórios - separados por divisórias de fórmica e com cadeiras de plástico -, há equipamentos caros, como o usado em exames oftalmológicos e o de ultrassonografia, além do eletrocardiograma. Em casos mais sérios, em que seja necessária a internação, os pacientes são encaminhados ao hospital público.

O atendimento é feito por uma dúzia de médicos, todos formados em universidades conceituadas e integrantes do corpo clínico de hospitais de ponta, como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein. O diretor da clínica, por exemplo, é Cesar Camara, indicado por Miguel Srougi, um dos urologistas mais conceituados da cidade e pai de Thomaz.

Na quarta-feira passada, Cesar saiu de Heliópolis e tomou o metrô Sacomã em direção ao Sírio, para atender um dos seus pacientes. Em seu consultório, a consulta custa R$ 450, sete vez o que pagou cada um dos dez pacientes atendidos naquela tarde.

"Engajei-me no projeto porque consigo garantir um atendimento humanizado. Tem consultas em que levo 40 minutos, mesmo tempo que pratico no consultório particular, o que seria impossível na realidade dos convênios."

Todos os médicos dali já haviam atendido por planos privados e recebem em Heliópolis o mesmo que ganhariam em um convênio: cerca de R$ 40 por hora. A diferença é que estão livres das conhecidas metas de atendimento que encurtam as consultas a cada dia. "Selecionamos os médicos por esse perfil humanizado. É importante serem egressos das melhores universidades, mas isso não basta", diz Cesar.

De longe. Mesmo que a maioria do público não se atente ao nome do Sírio-Libanês costurado no jaleco do urologista - "a população daqui nunca ouviu falar do hospital", brinca Cesar -, já começa a pipocar por ali um ou outro paciente vindo de longe. Dia desses, Cesar atendeu um homem que havia se locomovido do Paraíso (bairro de classe média alta e a pelo menos meia hora de distância, de carro).
Se a pessoa tinha ou não dinheiro para pagar mais pelo atendimento, não interessa, diz Thomaz. "Essa procura é boa. Sinaliza que há muito espaço de crescimento."

Desde sua inauguração, em agosto de 2011, a clínica tem crescido 40% por mês e hoje realiza 600 procedimentos a cada 30 dias. A conta ainda não fecha porque houve investimento de cerca de R$ 1 milhão em estrutura, mas a receita tem aumentado à medida que a população descobre o local. Dos 300 mil habitantes da microrregião, só 10% conhecem a clínica, segundo pesquisa encomendada por Thomaz.
Nos sonhos do administrador, ele vê uma clínica em cada um dos 96 distritos da capital. Só para garantir o público, as próximas unidades devem ser instadas em bairros periféricos, como Itaquera e São Miguel Paulista, na zona leste. "Inspirei-me em projetos parecidos em países como Guatemala e México. Testei, adaptei e agora quero crescer, sempre seguindo essa lógica simples, de gerar renda ao mesmo tempo em que agrego um valor muito importante à população." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte:
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,medicos-do-sirio-e-do-einstein-abrem-clinica-particular-em-heliopolis,903810,0.htm

 

Com autorização judicial, transexual paraibana e empresário holandês decidem vir ao Brasil para oficializar sua união


Publicado pelo Solânea Online


Numa cerimônia discreta, reservada apenas para amigos e convidados, a transexual paraibana Sofia Farias e o empresário holandês Ricardo Stuurman se casaram na última quinta-feira (11), em João Pessoa.
 
Segundo o colunista social do Jornal Correio da Paraíba, Paulo Germano, o casal está junto há mais de 4 anos. Sofia Farias e Ricardo Stuurman residem atualmente na Espanha.
 
Este foi o 8º casamento homoafetivo na Capital paraibana após a Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba publicar um provimento autorizando a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
 
Com a regulamentação do casamento civil homoafetivo, houve uma procura grande nos cartórios de João Pessoa no mês de maio. Mas, o número de casamento está abaixo do esperado, de acordo com o juiz Romero Feitosa Carneiro, da Vara de Feitos Especiais da Capital, responsável por celebrar os casamentos da Capital
 
Segundo o magistrado, houve a ideia de realizar um casamento coletivo com aproximadamente 30 casais homossexuais em João Pessoa. Entretanto, devido a baixa procura, isso será impossível.
 
“Logo no início da regulamentação, eu pensei que teríamos um casamento coletivo, inclusive, eu tinha sugerido. Hoje, tenho certeza que não haverá devido à baixa procura. Até agora contabilizei oito casamentos homoafetivos em João Pessoa. Bem abaixo do que eu esperava”, lamentou o juiz Romero Feitosa.
 
Fonte: