Marcadores
- Campanhas (17)
- Comidas (1)
- Cultura (40)
- Dicas de Saúde (11)
- Direitos (8)
- DST/ HIV / Aids (21)
- Educação (22)
- Eventos (81)
- Histórias de Inkices/Orixas (4)
- Imagens (37)
- Juventude (2)
- LGBTT (141)
- Mulheres (22)
- Negritude (61)
- Nossos Trabalhos (4)
- Noticias (29)
- Politica (9)
- Religião (38)
- Videos (6)
terça-feira, 28 de maio de 2013
Portas abertas para a prevenção
Instituições religiosas de matriz africana no Rio Grande do Norte desenvolvem ações que contribuem para a ampliação do acesso da população a preservativos
"Mãe Luciene, a minha camisinha já chegou?". A pergunta faz parte da rotina da orientadora espiritual Luciene de Oya Togun, durante caminhadas pelas ruas do bairro Nossa Senhora da Apresentação, na periferia de Natal (RN). O loteamento, divisa com os municípios de São Gonçalo e Extremoz, abriga pessoas de baixa renda. A busca dos moradores locais por relações sexuais protegidas é resultado de cinco anos de abordagem preventiva realizada pelo terreiro Ojôloyá Jeje Obéotógundá. Durante as festas religiosas no barracão, além do batuque e das comidas de santo, os preservativos ocupam lugar de destaque nas cerimônias. Essa forma inovadora de acesso à camisinha tem-se revertido em prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis nas comunidades potiguares. O material colocado à disposição dos mais de 300 frequentadores do centro também chega às 19 comunidades religiosas da região, por meio de palestras de combate ao preconceito e de cuidados com a saúde.
Mas o reconhecimento de hoje enfrentou resistência no início. Mãe Luciene conta que na primeira reunião com os filhos de santo, ao expor o pênis de borracha para demonstrar como se coloca a camisinha, teve gente que deixou o barracão, dizendo que não tinha ido ali para ver aquela cena. "Só com o tempo foram entendendo que essa era a melhor forma de conscientizar as pessoas para a prevenção. Principalmente os jovens", diz.
Ela é taxativa ao ser perguntada por que trabalhar o tema saúde em um espaço de culto religioso. "É a mesma coisa de você me perguntar por que trabalhar a fé. A gente trabalha a natureza. Eu sou a minha árvore. A importância da preservação da saúde para nós é a importância da preservação da natureza, da vida", explica.
Leia essa matéria na íntegra e faça o download da revista completa no endereço http://goo.gl/peh6R
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário