Os encontros fazem parte da Jornada Formativa de
Segurança Pública e Cidadania LGBT, lançada nesta terça-feira, no
auditório da Secretaria de Segurança Pública, no centro da cidade. "A
gente vai fazer a formação continuada em todo o Estado. Não vai ficar
focada na capital. Aqui, a segurança pública se divide em sete regiões
integradas. Nós vamos fazer as formações nas sete", disse Cláudio
Nascimento, superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos
e coordenador do Programa Rio sem Homofobia da Secretaria de Estado de
Ação Social e Direitos Humanos (Seasdh).
O programa é organizado pela Seasdh, por meio do
Programa Rio sem Homofobia, pela Subsecretaria de Educação, Valorização e
Prevenção, da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg) e pelas
polícias Civil e Militar.
Segundo Cláudio Nascimento, quase 5 mil policiais
passaram por um trabalho de formação nos últimos quatro anos. Desse
total, cerca de mil policiais do 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM),
de Copacabana, do 23º BPM, do Leblon, da 12ª Delegacia de Polícia, de
Copacabana, e da 13ª Delegacia, de Ipanema, todos na zona sul, fizeram
parte da experiência piloto para a Jornada Formativa.
Na avaliação do coordenador, a melhora no atendimento e
na atuação policial já é uma realidade no Rio. Ele destacou que junto há
a articulação de várias políticas que estão dando certo. "O Rio de
Janeiro é o primeiro Estado do País que tem a homofobia no registro de
ocorrência policial. Isso dá a dimensão dos crimes contra a população
LGBT. A inclusão da disciplina de homofobia e cidadania LGBT na matriz
curricular das duas policias do Rio também é importante para a formação
dos profissionais. Além disso, o acompanhamento dos crimes e o nível de
investigação geraram uma ambiência muito mais favorável", explicou.
De acordo com Cláudio Nascimento, a Polícia Civil
informou que 1,2 mil policiais que estão sendo contratados serão
incluídos na formação para atendimento à população LGBT. "No final, nós
vamos atingir 7,2 mil policiais em 18 meses", disse.
Durante o lançamento da Jornada Formativa de Segurança
Pública e Cidadania LGBT foi feito um debate sobre os resultados e
avanços no tratamento à população LGBT no Rio. "Hoje todos os
comandantes dos batalhões da Polícia Militar estavam aqui. Isso
demonstra o efetivo compromisso com o programa de formação continuada",
ressaltou.
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário