A sede do AfroReggae e a pousada da ONG, na Rua Joaquim de Queiroz, na
Grota, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, amanheceram fechadas na
manhã deste sábado. Normalmente, aos sábados, a sede funciona até as
16h. A ausência de funcionários e integrantes do projeto no imóvel
confirmam a informação publicada hoje em reportagem da revista “Veja” de
que o AfroReggae teria sido expulso pelo tráfico.
Segundo a publicação, os bandidos chegaram a fazer ameaças à ONG,
dizendo que “a desobediência seria punida com a explosão da sede e uma
chacina”. Em seu twitter, o coordenador do AfroReggae, José Júnior,
disse que daria neste sábado uma “péssima notícia”: “Tenho uma pessima
noticia pra dar + q muito me orgulha de não omitir. Já comunicamos as
autoridades do nosso estado e país. Post amanhã”. No início da tarde,
ele postou o link da reportagem e acrescentou a frase “Não dá pra deixar
assassinarem inocentes”.
— Não estou sabendo de nada. Soube pela televisão do incêndio —disse uma moradora da Rua Joaquim de Queiroz, que não quis se identificar.
Jornal muda de sede
A reportagem diz ainda que o evento "Arraiá da Paz" mudou para "Arraiá do Alemão", a pedido do tráfico. Rene Silva, fundador do jornal comunitário, negou e disse que a mudança tem a ver com a estrutura da festa, que está em seu terceiro ano:
— Se o tráfico tivesse mandado mudar o nome, já teria mudado desde o início. Mudamos o nome agora porque mudou a equipe e a estrutura. O nome "Arraiá do Alemão" tem mais a cara da comunidade.
Rene contou ainda que o incêndio na pousada do AfroReaggae só acelerou a ida da equipe do jornal para outro espaço:
— Já queríamos ter o jornal em um espaço só nosso. O que aconteceu só acelerou isso. Alguns pais de jovens da equipe pediram para sairmos de lá, mas não estamos com medo.
Segundo Rene, a Prefeitura do Rio vai doar um terreno no Morro do Adeus para a construção da nova sede do jornal comunitário.
De acordo com a revista, o motivo da expulsão
tem nome, sobrenome e título religioso: pastor Marcos Pereira, líder da
Assembleia de Deus dos Últimos Dias, preso desde o início de maio sob a
acusação de estuprar fiéis.
Ele seria ligado a
Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que cumpre pena no presídio
de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná. Duas irmãs do traficante
frequentam a igreja de Marcos.
— Nunca sofremos
retaliação do tráfico, mas desde que comecei a denunciar o pastor
começaram os ataques. Uma pessoa disse que se não sairmos vão explodir a
sede e nos matar. Diante do receio, teremos que encerrar as atividades.
Não temos como garantir a segurança de ninguém — disse José Júnior à
“Veja”.
Apesar da aparente tranquilidade e do policiamento na comunidade, moradores e comerciantes evitam falar sobre o assunto.— Não estou sabendo de nada. Soube pela televisão do incêndio —disse uma moradora da Rua Joaquim de Queiroz, que não quis se identificar.
Jornal muda de sede
A reportagem diz ainda que o evento "Arraiá da Paz" mudou para "Arraiá do Alemão", a pedido do tráfico. Rene Silva, fundador do jornal comunitário, negou e disse que a mudança tem a ver com a estrutura da festa, que está em seu terceiro ano:
— Se o tráfico tivesse mandado mudar o nome, já teria mudado desde o início. Mudamos o nome agora porque mudou a equipe e a estrutura. O nome "Arraiá do Alemão" tem mais a cara da comunidade.
Rene contou ainda que o incêndio na pousada do AfroReaggae só acelerou a ida da equipe do jornal para outro espaço:
— Já queríamos ter o jornal em um espaço só nosso. O que aconteceu só acelerou isso. Alguns pais de jovens da equipe pediram para sairmos de lá, mas não estamos com medo.
Segundo Rene, a Prefeitura do Rio vai doar um terreno no Morro do Adeus para a construção da nova sede do jornal comunitário.
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