No vídeo abaixo, do New York Times, o Reverendo Kapya Kaoma, de
Zâmbia, vivendo em Boston (EUA), reporta que conservadores americanos,
evangélicos, acreditando ter perdido a guerra cultural em seu país de
origem, agora se voltam para a África com o objetivo de combater o que
chamam de “imoralidade sexual”. Além de revelar a intenção desses
conservadores de implantar teocracias nos países africanos, substituindo
as constituições locais pela sua versão doentia da Bíblia, o Reverendo
Kaoma também denuncia a campanha persecutória que esses pastores do
diabo promovem contra a população homossexual local, especialmente em
Uganda.
O vídeo inteiro é um assombro, mas o destaque vai para os 07:26 quando
um pastor diz à multidão à sua frente que aqueles que estivessem
dispostos a matar homossexuais levantassem as mãos. Todos levantam!
Fonte:
http://www.tadashihp.com/2013/evangelicos-conclamam-fieis-a-matar-gays-em-uganda/
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quarta-feira, 24 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
25 sites gratuitos para quem está em busca de oportunidade de trabalho em Comunicação
CIEE: http://www.ciee.org.br/portal/index.asp
Trampos: http://trampos.co/
Cia de Estágio: http://www.ciadeestagios.com.br/
Trabalhando.com: http://www.trabalhando.com/
Estagiare: http://estagiare.com/
Viva Talentos: http://www.vivatalentos.com.br/
Vagas: https://novo.vagas.com.br/
Indeed: http://www.indeed.com.br/
Universia Emprego: http://www.universiaemprego.com.br/candidatos/
Comunica Vagas: http://comunicavagas.com/
Publicijobs: http://publicijobs.blogspot.com.br/
Nube: https://www.nube.com.br/
InfoJobs: http://www.infojobs.com.br/
Elancers: https://www.elancers.net/frames/wwf/frame_geral.asp
Via de Acesso: http://www.viadeacesso.org.br/cadastrovia/Default.aspx
Curso de E-commerce: http://www.cursodeecommerce.com.br/vagas/
Na Labuta: https://www.nalabuta.com/
Atlz: http://atlz.com.br/
Nape: www.nape.com.br
ABRE - Agência Brasileira de Emprego e Estágio: http://www.portalabre.com.br/home.php
Placement: http://www.placement.com.br/
Camacho Consultores: http://www.camachoconsultores.com.br/novo/
Page Talent: http://www.pagetalent.com.br/view/index.jsf
Clave Consultoria: http://www.claveconsultoria.com.br/content.asp?mn=8&cc=7&t=1
Cia de Talentos: http://www.ciadetalentos.com.br/programas-de-estagio/page/3/
Fonte:
http://ccommunication.wordpress.com/2013/07/22/25-sites-gratuitos-para-quem-esta-em-busca-de-oportunidade-de-trabalho-em-comunicacao/
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Trailer de Tão Longe é Aqui
A partir de memórias guardadas de uma longa viagem, uma carta é enviada
para o futuro. Sozinha, longe de casa e às vésperas de completar 30
anos, uma brasileira parte em uma jornada pela África. Na carta para sua
filha, ela conta dos encontros com mulheres que vivem em suas culturas e
tempos. Um diário, um road movie e um convite a todas as pessoas que
lideram seus próprios caminhos.
I Encontro de Lésbicas e Mulheres Bissexuais da Bahia (EnLesBi) acontece em agosto
Confira a programação aqui.
DIA 16 DE AGOSTO
11h: Credenciamento
12h: Ajeum (Almoço de acolhimento)
Tarde: Rodas de Conversa
14h: Roda de Conversa: Lesbianidades e Feminismos: que ginga é essa?
Objetivo: Discutir noções, princípios e desafios dos feminismos e das lesbianidades como lutas políticas.
16H: LANCHE
16:30h Roda de Conversa: Campanha 16 dias de Ativismo na UNEB: Longe da Laicidade do estado não há Direitos Humanos
Objetivo: Discutir a Laicidade do Estado como princípio dos Direitos Humanos
19h: Rede Solidária: Estado, Movimento e Academia – Bate Papo com os/as apoiadores/as do EnLesBi
Coquetel de Confraternização do Enlesbi 2013
DIA 17
Segundo dia
Amanhecer do Cuidar de Si
7h-7:40h – Atividade na Areia da Praia do Porto da Barra
8h – 10h Café Da Manhã Literário Com Declamação De Poesia De Autoria Lésbica/Bi
10:30h Roda de Conversa: Lesbofobia, Racismo e saúde LesBi
Objetivos: Discutir o impacto da lesbofobia e do racismo na saúde lésbica; discutir o cuidado de si como trilha de empoderamento LesBI
Tarde: Rodas de Conversa
14h Nossas histórias de ativismo – Tripé da Cidadania na Bahia é luta é de todas nós!
Propósito:
a) apresentar a pluralidade do ativismo protagonizado pelas LesBi organizadas de Salvador e Região Metropolitan;
b) Discutir o protagonismo do Fórum Baiano LGBT no debate e na construção do Tripé da Cidadania do Estado da Bahia
16h Deliberações Do Encontro – Definição Do Próximo Encontro de Lésbicas e Mulheres Bissexuais : Enlesbi 2015.
18h: Atividade Cultural
Sobre o Lesbi
Somos redes LESBI em movimento.
O I EnLésBi é espaço de construção política, lugar coletivo, colaborativo, e participativo. Ponto de diálogo entre os segmentos de lésbicas e mulheres bissexuais, academia e Estado.
O foco do Encontro é a construção da cidadania e dos Direitos Humanos das Lésbicas e Mulheres Bissexuais.
O objetivo é fomentar formação política no intuito de combater o racismo, a lesbofobia, o sexismo e demais expressões da violência de gênero. Também é propósito do encontro a construção de redes de solidariedade, a produção e difusão de conhecimentos relevantes para as lésbicas, mulheres bissexuais e suas/nossas lutas no Estado da Bahia.
Como pensar/fazer coletivo que é, o EnLesBi tá aberto novas colaborações, participações, críticas solidárias.
“Queremos mais lésbicas e mais mulheres bissexuais no poder”. Queremos revolucionar o mundo que apaga nossos sonhos, tomba nossos corpos e ceifa nossas vidas.
Vejam os critérios de participação, se inscreva, divulgue colabore.
Fonte:
http://www.doistercos.com.br/i-encontro-de-lesbicas-e-mulheres-bissexuais-da-bahia-enlesbi-acontece-em-agosto/
domingo, 21 de julho de 2013
Muito Bom... Vídeo inverte papéis entre homens e mulheres para questionar a cultura da violência na propaganda
Sarah Zelinsky, aluna do grupo de estudos de gênero da Universidade
de Saskatchewan, no Canadá, se uniu a outros dois colegas para criar o
vídeo ‘Representations of gender in advertising’ (‘Representações de
gênero na propaganda’), que propõe reproduzir anúncios publicitários com
uma troca de papéis entre homens e mulheres.
Com o objetivo de chocar e engajar o público, o filme mostra como a publicidade, muitas vezes, pode ser perversa com as mulheres.
“Algumas campanhas retratam a mulher como altamente sexual e submissa. E o homem, como dominante e agressivo”, destaca Sarah Zelinsky.
Confira:
Fonte:
https://www.acontecendoaqui.com.br/estudantes-do-canada-criam-video-que-inverte-papeis-entre-homens-e-mulheres-para-questionar-a-cultura-da-violencia-na-propaganda/
Com o objetivo de chocar e engajar o público, o filme mostra como a publicidade, muitas vezes, pode ser perversa com as mulheres.
“Algumas campanhas retratam a mulher como altamente sexual e submissa. E o homem, como dominante e agressivo”, destaca Sarah Zelinsky.
Confira:
https://www.acontecendoaqui.com.br/estudantes-do-canada-criam-video-que-inverte-papeis-entre-homens-e-mulheres-para-questionar-a-cultura-da-violencia-na-propaganda/
Expulso por traficantes, AfroReggae encerra suas atividades no Complexo do Alemão
A sede do AfroReggae e a pousada da ONG, na Rua Joaquim de Queiroz, na
Grota, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, amanheceram fechadas na
manhã deste sábado. Normalmente, aos sábados, a sede funciona até as
16h. A ausência de funcionários e integrantes do projeto no imóvel
confirmam a informação publicada hoje em reportagem da revista “Veja” de
que o AfroReggae teria sido expulso pelo tráfico.
Segundo a publicação, os bandidos chegaram a fazer ameaças à ONG,
dizendo que “a desobediência seria punida com a explosão da sede e uma
chacina”. Em seu twitter, o coordenador do AfroReggae, José Júnior,
disse que daria neste sábado uma “péssima notícia”: “Tenho uma pessima
noticia pra dar + q muito me orgulha de não omitir. Já comunicamos as
autoridades do nosso estado e país. Post amanhã”. No início da tarde,
ele postou o link da reportagem e acrescentou a frase “Não dá pra deixar
assassinarem inocentes”.
— Não estou sabendo de nada. Soube pela televisão do incêndio —disse uma moradora da Rua Joaquim de Queiroz, que não quis se identificar.
Jornal muda de sede
A reportagem diz ainda que o evento "Arraiá da Paz" mudou para "Arraiá do Alemão", a pedido do tráfico. Rene Silva, fundador do jornal comunitário, negou e disse que a mudança tem a ver com a estrutura da festa, que está em seu terceiro ano:
— Se o tráfico tivesse mandado mudar o nome, já teria mudado desde o início. Mudamos o nome agora porque mudou a equipe e a estrutura. O nome "Arraiá do Alemão" tem mais a cara da comunidade.
Rene contou ainda que o incêndio na pousada do AfroReaggae só acelerou a ida da equipe do jornal para outro espaço:
— Já queríamos ter o jornal em um espaço só nosso. O que aconteceu só acelerou isso. Alguns pais de jovens da equipe pediram para sairmos de lá, mas não estamos com medo.
Segundo Rene, a Prefeitura do Rio vai doar um terreno no Morro do Adeus para a construção da nova sede do jornal comunitário.
De acordo com a revista, o motivo da expulsão
tem nome, sobrenome e título religioso: pastor Marcos Pereira, líder da
Assembleia de Deus dos Últimos Dias, preso desde o início de maio sob a
acusação de estuprar fiéis.
Ele seria ligado a
Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que cumpre pena no presídio
de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná. Duas irmãs do traficante
frequentam a igreja de Marcos.
— Nunca sofremos
retaliação do tráfico, mas desde que comecei a denunciar o pastor
começaram os ataques. Uma pessoa disse que se não sairmos vão explodir a
sede e nos matar. Diante do receio, teremos que encerrar as atividades.
Não temos como garantir a segurança de ninguém — disse José Júnior à
“Veja”.
Apesar da aparente tranquilidade e do policiamento na comunidade, moradores e comerciantes evitam falar sobre o assunto.— Não estou sabendo de nada. Soube pela televisão do incêndio —disse uma moradora da Rua Joaquim de Queiroz, que não quis se identificar.
Jornal muda de sede
A reportagem diz ainda que o evento "Arraiá da Paz" mudou para "Arraiá do Alemão", a pedido do tráfico. Rene Silva, fundador do jornal comunitário, negou e disse que a mudança tem a ver com a estrutura da festa, que está em seu terceiro ano:
— Se o tráfico tivesse mandado mudar o nome, já teria mudado desde o início. Mudamos o nome agora porque mudou a equipe e a estrutura. O nome "Arraiá do Alemão" tem mais a cara da comunidade.
Rene contou ainda que o incêndio na pousada do AfroReaggae só acelerou a ida da equipe do jornal para outro espaço:
— Já queríamos ter o jornal em um espaço só nosso. O que aconteceu só acelerou isso. Alguns pais de jovens da equipe pediram para sairmos de lá, mas não estamos com medo.
Segundo Rene, a Prefeitura do Rio vai doar um terreno no Morro do Adeus para a construção da nova sede do jornal comunitário.
Deficiente Fisico posa nu para protestar contra a cultura da beleza
Um político norueguês deficiente físico chamado Torstein Lerhol
que pesa 17 kg, posou nu para iniciar um debate sobre a nossa cultura
obcecada pela beleza. Em uma pesquisa, 7 em cada 10 pessoas concordaram
com ele no que se refere ao foco no corpo e na preocupação com a
estética ao redor do mundo.
Fotos: Henrik Fjørtoft
Fonte:
http://strange.com.br/curiosidades/deficiente-fisico-posa-nu-para-protestar-contra-a-cultura-da-beleza/
Fotos: Henrik Fjørtoft
Fonte:
http://strange.com.br/curiosidades/deficiente-fisico-posa-nu-para-protestar-contra-a-cultura-da-beleza/
Carta Capital: "Mate o Mc DaLeste": O perigo da intolerância cultural
Game permite assassinar o funkeiro. “Comemorar a morte de uma pessoa só porque você não gosta do estilo de música é osso, hein?". Por Joseh Silva
“Jogo bom, merece ganhar o jogo no ano 2013”; “Sacanagem não terem
criado ainda outros níveis com outros funkeiros”; “FUNKEIRO BOM É
FUNKEIRO MORTO”; “Ja baixei e joguei é divertido! :D zerei 3 vezes ja!
Muita alegria mata esse verme!!!!! hehehe”; “Não sou fã de funk , mas
comemorar a morte de uma pessoa só porque você não gosta do estilo de
música que ele faz é osso hein”; Estes são alguns dos 26.373
comentários embaixo do vídeo ilustrativo do jogo Mate o MC Daleste, que está disponível para download em alguns sites.
O jogo mostra Daleste em cima de um palco cantando a música “mata os
policia é a nossa meta”. Sucesso do Mc em um tempo que o funk
“proibidão” estava em evidencia na cidade de São Paulo. O cenário
mostra jovens sem camisa portando fuzis, a Regina Casé - fazendo alusão
ao programa Esquenta, o logotipo da rede Globo ao lado da bandeira do
PT e do programa Bolsa Família. A MC Tati Quebra Barraco também está em
cena. Todos são assassinados.
O vídeo revela o reflexo de uma sociedade reacionária, que reforça mais e mais a intolerância cultural. Um jovem índio (desaldeado) não é respeitado em uma escola caso ele chegue de cocar para assistir uma aula. O mesmo acontece com ciganos, hippies, negros, nordestinos, gays, povos tradicionais e de terreiros. Isto mostra que não somos capazes e conviver com as diferenças dentro da nossa própria espécie.
O motivo da assassinato do Daleste, Daniel Pelegrini, 20 anos, que aconteceu no último dia 6 de julho em uma festa junina na periferia de Campinas, ainda não foi desvendado. Assim como a morte de outros seis Mc`s, que foram assassinados, segue sem solução. Todos cantavam o estilo “proibidão”, que retrata o cotidiano da relação (de guerra) entre policia e crime organizado.
Os MC`s de funk fazem parte do universo da cultura periférica. Eles vêm das margens da cidade, onde o estado chega através das forças de repressão, e onde a ausência de politica pública é presente. São lugares onde falta investimento, e há violações constantes de diretos humanos. Ali cresce uma geração que não enxerga sentido nas escolas, mas que valoriza a tradição oral.
Assim como o Rap, o Funk nasce em um cenário periférico urbano e é utilizado como um instrumento de denúncia e também de entretenimento. No Rio de Janeiro (nas comunidades não ocupadas pelas UPPs), o funk cumpre o papel de empoderamento dos jovens. Gira a economia local, gera empregos, socializa sonhos e é um ótimo instrumento pedagógico, pois toca em assuntos e discorre sobre o mundo que muitos jovens vivem ou se identificam.
O funk vem crescendo, e um dos estilos responsáveis por isso é o ostentação. Trata-se de músicas onde os Mc`s escrevem letras sobre baladas, carrões, correntes de ouro, mulheres, mansões, aviões. Algo parecido com os clipes dos rappers norte americanos como 50Cent e Snoop Dogg. Daleste, em seus últimos sucessos, não cantava mais “proibidão”. Ele pregava, sim, a ascensão, a vida que a mídia tradicional mostra todos dias, o respeito que o dinheiro traz, que os jogadores de futebol mostram, a construção de um mundo em que a maioria dos jovens querem.
Cantar “proibidão” ou ostentação, na maioria dos casos, não é só uma questão de escolha, identidade ou bandeira, mas de sobrevivência mercadológica. A maioria dos artistas escrevem músicas de acordo com o que o seu público gosta, independente do estilo. No funk, não é diferente, mas por ser um estilo de música de origem pobre, negra e periférica sofre com a discriminação e a intolerância cultural.
O vídeo revela o reflexo de uma sociedade reacionária, que reforça mais e mais a intolerância cultural. Um jovem índio (desaldeado) não é respeitado em uma escola caso ele chegue de cocar para assistir uma aula. O mesmo acontece com ciganos, hippies, negros, nordestinos, gays, povos tradicionais e de terreiros. Isto mostra que não somos capazes e conviver com as diferenças dentro da nossa própria espécie.
O motivo da assassinato do Daleste, Daniel Pelegrini, 20 anos, que aconteceu no último dia 6 de julho em uma festa junina na periferia de Campinas, ainda não foi desvendado. Assim como a morte de outros seis Mc`s, que foram assassinados, segue sem solução. Todos cantavam o estilo “proibidão”, que retrata o cotidiano da relação (de guerra) entre policia e crime organizado.
Os MC`s de funk fazem parte do universo da cultura periférica. Eles vêm das margens da cidade, onde o estado chega através das forças de repressão, e onde a ausência de politica pública é presente. São lugares onde falta investimento, e há violações constantes de diretos humanos. Ali cresce uma geração que não enxerga sentido nas escolas, mas que valoriza a tradição oral.
Assim como o Rap, o Funk nasce em um cenário periférico urbano e é utilizado como um instrumento de denúncia e também de entretenimento. No Rio de Janeiro (nas comunidades não ocupadas pelas UPPs), o funk cumpre o papel de empoderamento dos jovens. Gira a economia local, gera empregos, socializa sonhos e é um ótimo instrumento pedagógico, pois toca em assuntos e discorre sobre o mundo que muitos jovens vivem ou se identificam.
O funk vem crescendo, e um dos estilos responsáveis por isso é o ostentação. Trata-se de músicas onde os Mc`s escrevem letras sobre baladas, carrões, correntes de ouro, mulheres, mansões, aviões. Algo parecido com os clipes dos rappers norte americanos como 50Cent e Snoop Dogg. Daleste, em seus últimos sucessos, não cantava mais “proibidão”. Ele pregava, sim, a ascensão, a vida que a mídia tradicional mostra todos dias, o respeito que o dinheiro traz, que os jogadores de futebol mostram, a construção de um mundo em que a maioria dos jovens querem.
Cantar “proibidão” ou ostentação, na maioria dos casos, não é só uma questão de escolha, identidade ou bandeira, mas de sobrevivência mercadológica. A maioria dos artistas escrevem músicas de acordo com o que o seu público gosta, independente do estilo. No funk, não é diferente, mas por ser um estilo de música de origem pobre, negra e periférica sofre com a discriminação e a intolerância cultural.
Líder da igreja Sara Nossa Terra aposta que o Brasil ainda terá um presidente evangélico
"O DINHEIRO & VOCÊ" --o título do livro aparece assim mesmo, em maiúsculas. A capa é ilustrada com notas de R$ 50 e R$ 100, pilhas de moedas e o nome do autor: bispo Robson Rodovalho.
"Descubra os segredos espirituais, emocionais e práticos para adquirir riquezas", ele promete na publicação, lançada na Feira Internacional Cristã, da Geo Eventos, empresa da Globo. Rodovalho esteve lá na quarta e posou ao lado do pastor Silas Malafaia, com quem agitou uma manifestação em Brasília, "pela vida", em junho.
O líder da igreja neopentecostal Sara Nossa Terra conta que, ao "estudar a origem do dinheiro", percebeu que lidava com "um bem que já tramitava no meio dos anjos, [pois] Lúcifer tinha, antes da queda, algum tipo de comércio".
Bandeja na mão, uma secretária entra com cafezinhos na sala onde ele conversa com Anna Virginia Balloussier, na sede da igreja. Ainda é cedo, e o prédio de dois andares (mais subsolo) na rua Augusta (lado Jardins), em São Paulo, está fechado com aquelas portas de aço típicas de algum tipo de comércio.
*
As salas são separadas por divisórias beges. Dentro de uma delas,
Rodovalho diz ter uma "visão administrativa" para a igreja. "Apliquei um
princípio de gestão moderno."
*
A Sara ficou conhecida no começo dos anos 2000 por atrair famosos como
Baby do Brasil, Monique Evans, Leila Lopes e Rodolfo, ex-vocalista da
banda Raimundos (todos já fora da igreja; Leila, morta em 2009). Mais
recentemente, já foram a cultos a atriz Deborah Secco, Ana Cláudia Rocha
(mulher do empresário Flávio Rocha, da Riachuelo) e Letícia Weber,
namorada de Aécio Neves.
*
O líder atribui o sucesso nas classes A e B a uma "identificação natural
com o traço intelectual" de sua congregação. "Os afins se atraem, né?"
Ele se apresenta como "professor, físico e empresário" --bispo, só "de
coração".
*
Não vê a atividade como profissão. Por isso, diz, não dá salário (só
ajuda de custo, de R$ 1.500 a R$ 5.000) para os cerca de 3.500 pastores,
"todos com curso universitário", que atendem nas 1.050 unidades da Sara
no Brasil.
*
O bispo também está na crista da onda quântica. Físico formado pela
Universidade Federal de Goiás, ele põe fé na ciência e lançou, no começo
do mês, um livro para defender que espiritualidade e pensamento
científico frequentem o mesmo lado do balcão.
*
Em duas horas de conversa, ele fala com intimidade de Albert Einstein e
usa termos como "postulados de Planck" (físico que inaugurou a quântica,
em 1900) para fenômenos associados à religião. Já ensinou a disciplina
na Universidade Federal de Goiás. Os alunos, conta, não estranhavam.
"Viram que você pode ser pastor sem ter uma cabeça dogmática."
*
Está com paletó preto (aberto), blusa branca por baixo (gola e punho se
destacam) e sapato de couro marrom. Comparado a outras lideranças,
Rodovalho é mais diplomático e discreto. Não fez os confessos implantes
de cabelo de Malafaia nem usa chapéu de vaqueiro como o apóstolo
Valdemiro Santiago --tampouco parece inatingível como o bispo Edir
Macedo.
*
As bandeiras, contudo, são as mesmas. Ele defende "os direitos civis",
mas critica o casamento gay ("não se muda o que é natural, mulher foi
feita para procriar com o esperma do homem"). E acha que o projeto de
lei 122, de combate à homofobia, "era extremamente discriminatório" ao
proibir pregações antigays nas igrejas.
*
"Falei mês passado, num seminário conduzido por Jean Wyllys [deputado
federal que defende os direitos dos homossexuais], a uma plateia só de
gays: 'Gente, vocês têm liberdade graças a um país cristão, tolerante.
Agradeçam ao cristianismo, base da democracia'."
*
Como outros evangélicos, também aponta preconceito na forma como a
imprensa lida com o dízimo. "Acho que são mais guerras de segmentos. A
mídia não é inocente, está a serviço do capital."
*
No site da Sara Nossa Terra, a animação de uma abelha com sardas e
bochecha rosada convida: "Clique aqui para doar" (mínimo de R$ 30).
*
Ao lado de sua mesa está uma intocada caixinha com água de coco
industrializada. Antes, fosse vodca ou água de coco, tanto fazia para o
jovem Rodovalho, filho e neto de plantadores de soja "de médio porte" em
Anápolis (GO), onde nasceu.
*
Numa pós-hippie "vida de adolescente, de gente perdida, sem orientação",
consumia de tudo um pouco. "Maconha, muito álcool... A gente fazia chá
de cogumelo." Coloca duas colheres de açúcar em seu chá atual
--hortelã--, servido numa xícara branca com desenho de flor, e segue:
"Andava com um revólver, calibre 38, na cintura".
*
Um dia, ainda na adolescência, a tragédia. Estava caçando com outro
rapaz, espingarda na mão. "A arma disparou, o pai dele estava atrás, o
tiro pegou nele." O homem morreu. Não houve processo legal. Mas
Rodovalho sentiu "muito desespero" e pouco conforto na religião da mãe,
espírita (na fazenda eram frequentes rituais com sacrifício de aves e
bodes). Aos 15 anos, ingressou na Igreja Presbiteriana. "A única coisa
que eu sabia é que era muito bom ler a Bíblia e muito gostoso orar. Ah,
não precisava de droga, de bebida, de nada."
*
Há 21 anos, mudou-se para Brasília e fundou a Sara Nossa Terra --hoje
liderada por ele e pela mulher, a bispa Maria Lúcia. Eles têm três
filhos e cinco netos.
*
Foi deputado federal, pelo DEM. Apresentou projetos solicitando da
criação do Dia do Bombeiro à proibição do uso de documentos
psicografados como prova judicial. Aprovou leis como a que permite o uso
da Lei Rouanet para a música gospel.
*
Seu gabinete em Brasília, todo de vidro, chamou a atenção do deputado
Clodovil. Imita o colega, morto em 2009: "Rodovalho, você é o único que
me dá atenção". Após "uma decepção forte", ele diz ter desistido da vida
parlamentar. Apoiou a eleição de Dilma Rousseff "porque o país foi
dirigido pela direita a vida inteira". E responde que, sim, um dia o
Brasil terá um presidente evangélico. "É natural, né?"
*
Hoje se dedica à carreira artística -ele é cantor gospel, tem rádios e
uma rede de TV, a Gênesis. É intérprete de canções como "Fogo e Paixão".
Enquanto Wando falava de "raio, estrela e luar", o pop de Rodovalho
homenageia Jesus, "raio de alegria que veio me encontrar". A família
vive entre Brasília e o apartamento de Perdizes, em SP.
*
Em 2012, fechou contrato com a Som Livre, gravadora da Globo, e visitou o
Projac com uma trupe de pastores, escoltado por Amauri Soares, então
coordenador dos projetos especiais da emissora. Acompanhou a gravação da
novela "Salve Jorge".
*
"No final dessa novela, mandaram um torpedinho pra mim: 'O último
capítulo tem uma surpresa'." Uma das vilãs se redimiu virando
evangélica, assim como a Carminha em "Avenida Brasil".
*
Antes, "quando [a Globo] se lembrava de evangélicos, era sempre caricatura de outro mundo, uma pessoa muito fanática, meio ET".
Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2013/07/1313829-lider-da-igreja-sara-nossa-terra-aposta-que-o-brasil-ainda-tera-um-presidente-evangelico.shtml
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2013/07/1313829-lider-da-igreja-sara-nossa-terra-aposta-que-o-brasil-ainda-tera-um-presidente-evangelico.shtml
domingo, 14 de julho de 2013
Muito Bom Curta Não Gosto dos Meninos fala sobre a descorberta da Diversidade Sexual
Curta-metragem "Não Gosto dos Meninos", inspirado no projeto internacional "It Gets Better".
produção | mirada + gringo
diretor | andre matarazzo + gustavo ferri
diretor de fotografia | gustavo ferri
camera | felipe santiago
editor | felipe santiago
produtor executivo | enio martins
pós produção | mirada
trilha | andrei moyssiadis
produtora | marcela fecuri
produção | mirada + gringo
diretor | andre matarazzo + gustavo ferri
diretor de fotografia | gustavo ferri
camera | felipe santiago
editor | felipe santiago
produtor executivo | enio martins
pós produção | mirada
trilha | andrei moyssiadis
produtora | marcela fecuri
Médicos do Sírio e do Einstein abrem clínica particular em Heliópolis
Bem na entrada da favela de Heliópolis, entre uma agência bancária e uma loja de departamentos, desponta uma clínica médica que só realiza consultas particulares. Não vale convênio, tampouco cartão do SUS.
Daniel Teixeira/AE
O criador do Dr. Consulta, Thomaz Srougi, e o diretor-geral, Cesar Camara
"Quem disse que essa população não pode ir ao médico particular?", questiona o criador do Dr. Consulta, Thomaz Srougi. Ele se refere ao seu público-alvo: gente sem plano de saúde e cansada das filas dos postos públicos. O perfil exato dos moradores da maior favela da cidade.
Para atendê-los, a estrutura é simples, porém bem equipada. Nos consultórios - separados por divisórias de fórmica e com cadeiras de plástico -, há equipamentos caros, como o usado em exames oftalmológicos e o de ultrassonografia, além do eletrocardiograma. Em casos mais sérios, em que seja necessária a internação, os pacientes são encaminhados ao hospital público.
O atendimento é feito por uma dúzia de médicos, todos formados em universidades conceituadas e integrantes do corpo clínico de hospitais de ponta, como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein. O diretor da clínica, por exemplo, é Cesar Camara, indicado por Miguel Srougi, um dos urologistas mais conceituados da cidade e pai de Thomaz.
Na quarta-feira passada, Cesar saiu de Heliópolis e tomou o metrô Sacomã em direção ao Sírio, para atender um dos seus pacientes. Em seu consultório, a consulta custa R$ 450, sete vez o que pagou cada um dos dez pacientes atendidos naquela tarde.
"Engajei-me no projeto porque consigo garantir um atendimento humanizado. Tem consultas em que levo 40 minutos, mesmo tempo que pratico no consultório particular, o que seria impossível na realidade dos convênios."
Todos os médicos dali já haviam atendido por planos privados e recebem em Heliópolis o mesmo que ganhariam em um convênio: cerca de R$ 40 por hora. A diferença é que estão livres das conhecidas metas de atendimento que encurtam as consultas a cada dia. "Selecionamos os médicos por esse perfil humanizado. É importante serem egressos das melhores universidades, mas isso não basta", diz Cesar.
De longe. Mesmo que a maioria do público não se atente ao nome do Sírio-Libanês costurado no jaleco do urologista - "a população daqui nunca ouviu falar do hospital", brinca Cesar -, já começa a pipocar por ali um ou outro paciente vindo de longe. Dia desses, Cesar atendeu um homem que havia se locomovido do Paraíso (bairro de classe média alta e a pelo menos meia hora de distância, de carro).
Se a pessoa tinha ou não dinheiro para pagar mais pelo atendimento, não interessa, diz Thomaz. "Essa procura é boa. Sinaliza que há muito espaço de crescimento."
Desde sua inauguração, em agosto de 2011, a clínica tem crescido 40% por mês e hoje realiza 600 procedimentos a cada 30 dias. A conta ainda não fecha porque houve investimento de cerca de R$ 1 milhão em estrutura, mas a receita tem aumentado à medida que a população descobre o local. Dos 300 mil habitantes da microrregião, só 10% conhecem a clínica, segundo pesquisa encomendada por Thomaz.
Nos sonhos do administrador, ele vê uma clínica em cada um dos 96 distritos da capital. Só para garantir o público, as próximas unidades devem ser instadas em bairros periféricos, como Itaquera e São Miguel Paulista, na zona leste. "Inspirei-me em projetos parecidos em países como Guatemala e México. Testei, adaptei e agora quero crescer, sempre seguindo essa lógica simples, de gerar renda ao mesmo tempo em que agrego um valor muito importante à população." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte:
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,medicos-do-sirio-e-do-einstein-abrem-clinica-particular-em-heliopolis,903810,0.htm
Com autorização judicial, transexual paraibana e empresário holandês decidem vir ao Brasil para oficializar sua união
Publicado pelo Solânea Online
Numa cerimônia discreta, reservada apenas para amigos e convidados, a
transexual paraibana Sofia Farias e o empresário holandês Ricardo
Stuurman se casaram na última quinta-feira (11), em João Pessoa.
Segundo o colunista social do Jornal Correio da Paraíba, Paulo Germano, o
casal está junto há mais de 4 anos. Sofia Farias e Ricardo Stuurman
residem atualmente na Espanha.
Este foi o 8º casamento homoafetivo na Capital paraibana após a
Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba publicar um provimento
autorizando a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Com a regulamentação do casamento civil homoafetivo, houve uma procura
grande nos cartórios de João Pessoa no mês de maio. Mas, o número de
casamento está abaixo do esperado, de acordo com o juiz Romero Feitosa
Carneiro, da Vara de Feitos Especiais da Capital, responsável por
celebrar os casamentos da Capital
Segundo o magistrado, houve a ideia de realizar um casamento coletivo
com aproximadamente 30 casais homossexuais em João Pessoa. Entretanto,
devido a baixa procura, isso será impossível.
“Logo no início da regulamentação, eu pensei que teríamos um casamento
coletivo, inclusive, eu tinha sugerido. Hoje, tenho certeza que não
haverá devido à baixa procura. Até agora contabilizei oito casamentos
homoafetivos em João Pessoa. Bem abaixo do que eu esperava”, lamentou o
juiz Romero Feitosa.
Fonte:
Inscrições para o Programa Mais Cultura Nas Escolas
Atenção, escolas e artistas!
As inscrições para o Programa Mais Cultura Nas Escolas estão abertas até 10 de agosto. Artistas, mestres das culturas populares, cinemas, pontos de cultura, museus, bibliotecas, arte educadores e outras iniciativas culturais agora podem elaborar Planos de Atividade Cultural em diálogo com projetos pedagógicos e com os eixos temáticos do Programa.
Participe!
Saiba mais: http://www.cultura.gov.br/ maisculturanasescolas
As inscrições para o Programa Mais Cultura Nas Escolas estão abertas até 10 de agosto. Artistas, mestres das culturas populares, cinemas, pontos de cultura, museus, bibliotecas, arte educadores e outras iniciativas culturais agora podem elaborar Planos de Atividade Cultural em diálogo com projetos pedagógicos e com os eixos temáticos do Programa.
Participe!
Saiba mais: http://www.cultura.gov.br/
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Versões - Preconceito - Muito Bom
Por trás de discursos de diversos setores da sociedade, esconde-se um
terrível preconceito. Muitas vezes, ele não é percebido nem por seus
interlocutores. As verdadeiras aversões do povo brasileiro são aqui
tratadas através de inversões. As contraversões dos discursos tornam-se
mais claras quando mudam seus alvos. Fazendo do comum, bizarro,
pretende-se mostrar uma outra versão do natural, que é, também, uma
alteração.
Curta produzido em 2007.2 para a ECO - UFRJ
Curta produzido em 2007.2 para a ECO - UFRJ
Livro sobre Mulheres negras ganha versão digital
Livro sobre Mulheres negras ganha versão digital
Depois de dois grandes lançamentos em Santos e em São Paulo, da versão impressa do livro Mulheres Negras: histórias de resistência, de coragem, de superação e sua difícil trajetória de vida na sociedade brasileira, chegou a vez da versão digital.
Essa nova versão digital foi editada pela Espaço Científico Livre Projetos Editorias. A partir dessa edição, o livro recebeu o seu nº International Standard Book Number (ISBN). O ISBN é um sistema internacional padronizado que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país, a editora, individualizando-os inclusive por edição.
Utilizado também para identificar software, seu sistema numérico é convertido em código de barras, o que elimina barreiras linguísticas e facilita a circulação e comercialização das obras.
A edição digital do livro "Mulheres negras: histórias de resistência, de coragem, de superação e sua difícil trajetória de vida na sociedade brasileira", também já está disponível online para leitura e download gratuitos nos links abaixo:
http://issuu.com/ adeildovilanova/docs/ mulheres_negras_vers__o_dig ital_fin?workerAddress=ec2 -23-20-19-116.compute-1.am azonaws.com
http://issuu.com/ espacocientificolivre/docs/ mulheres_negras
A decisão de colocarmos o livro à disposição para leitura e download gratuitos parte de um posicionamento político e ideológico de que o conhecimento deve ser compartilhado por todos.
Depois de dois grandes lançamentos em Santos e em São Paulo, da versão impressa do livro Mulheres Negras: histórias de resistência, de coragem, de superação e sua difícil trajetória de vida na sociedade brasileira, chegou a vez da versão digital.
Essa nova versão digital foi editada pela Espaço Científico Livre Projetos Editorias. A partir dessa edição, o livro recebeu o seu nº International Standard Book Number (ISBN). O ISBN é um sistema internacional padronizado que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país, a editora, individualizando-os inclusive por edição.
Utilizado também para identificar software, seu sistema numérico é convertido em código de barras, o que elimina barreiras linguísticas e facilita a circulação e comercialização das obras.
A edição digital do livro "Mulheres negras: histórias de resistência, de coragem, de superação e sua difícil trajetória de vida na sociedade brasileira", também já está disponível online para leitura e download gratuitos nos links abaixo:
http://issuu.com/
http://issuu.com/
A decisão de colocarmos o livro à disposição para leitura e download gratuitos parte de um posicionamento político e ideológico de que o conhecimento deve ser compartilhado por todos.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Rock in Rio 2013 lança concurso de dança de rua e apresenta palco Street Dance
O festival terá um espaço especialmente dedicado à modalidade, o palco Street Dance. Com cenário inspirado nas ruas de Nova Iorque, o espaço contará com uma crew oficial (grupo de dançarinos residentes que se apresenta no palco) que vai promover apresentações de diversos estilos das danças urbanas. O palco terá batalhas individuais de dança e concurso nacional e internacional de street dance.
Com curadoria do Rio Hip Hop Kemp, Miguel Colker e Bruno Bastos serão os responsáveis por toda a programação do palco que abordará tendências e linguagens corporais. "Durante as apresentações, o público poderá conferir diversas modalidades das danças urbanas, como o Hip Hop; o Locking, estilo de dança funky associado ao hip hop; o Breaking + Tricks, com seus B.Boys, B. Girls e saltos mortais; o Robotting, com passos que remetem aos movimentos feitos por robôs; o Popping & Waving, passos caracterizados por contrações de grupamentos musculares específicos de partes do corpo, como o famoso moonwalk, eternizado por Michael Jackson; o Krumping, com movimentos livres e expressivos e o uso de pinturas faciais; entre outros", disse Miguel Colker, diretor do Rio Hip Hop Kemp.
Ao longo de cada dia, batalhas individuais de dança também estão programadas para animar o público. Os dançarinos duelarão ao som de hip hop, house, funky e breakbeats. O destaque deste palco será uma disputa entre grupos inscritos de todas as partes do país.
Para participar da etapa nacional do concurso é preciso ter mais de 16 anos e residir em qualquer cidade brasileira. Os participantes poderão concorrer individualmente ou em grupo formado por até quatro pessoas. As inscrições podem ser feitas no site do festival — www.rockinrio.com — de 11 de julho a 5 de agosto.
O segundo colocado levará US$ 7 mil como prêmio e o terceiro, US$ 3 mil.
Fonte:
http://virgula.uol.com.br/musica/festivais-de-musica/rock-rio-2013-lanca-concurso-de-danca-de-rua-e-apresenta-palco-street-dance
O amor é lindo! - Realização de Católicas pelo Direito de Decidir
O amor é a coisa mais linda da vida. Todos nós estamos aqui para
fazermos coisas bonitas pelo outro, e para amar e ser amado, ou amada.
Todas as pessoas têm o direito de amar e ser amadas. E todas devem ser
respeitadas.
Roteiro e direção de Elisa Gargiulo.
Realização de Católicas pelo Direito de Decidir
Apoio Elas - Fundo de Investimento Social
Roteiro e direção de Elisa Gargiulo.
Realização de Católicas pelo Direito de Decidir
Apoio Elas - Fundo de Investimento Social
Festa Julina do Urucungos 2013
Junte seus cumpadis e suas cumadis, família, amigos, companheiro (a) ou tico-tico no fubá, seu cachorro, gato e até mesmo seu papagaio e venham se aquecer na Festa Julina do Urucungos, Puítas e Quijengues. Vai ter vinho quente, quentão e a santa cervejinha gelada do Bar Mané da Hora... Os sagrados quitutes e barraca de brincadeiras pra molecada!!
Óia bem as atrações que vão se aquecer com a gente, sô!
- 18h: Brincadeira e Auto do Bumba-Boi com o Manifesta Maranhense
-19h: Jongo Dito Ribeiro
- 20h: Maracatucá
- 21h: "A Chegada de Lampião no Inferno" com núcleo A Mala dos Mamulengos
- 22h: Sanfoneiro Baiá
Estamos esperando ocêis pra subir o balão!
A partir das 17:00
Fonte:
Casamento gay é aprovado acidentalmente na Costa Rica
Legislativo da Costa Rica aprova por acidente casamento gay. Congressistas fizeram alteração na “Lei dos Jovens” e acabaram “esquecendo” que texto regulamentava união civil no país
Em uma decisão no mínimo inusitada, o Legislativo da Costa Rica aprovou por acidente nesta semana o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Os congressitas fizeram uma alteração no artigo 242 da “Lei dos Jovens”. Eles não perceberam, no entanto, que o texto anterior previa que o “casamento era um direito reconhecido apenas na relação entre homens e mulheres”.A lei aprovada diz agora que o país deve garantir “o direito de reconhecer qualquer cidadão sem nenhuma discriminação contrária aos direitos humanos”.
Ao ver que tinham se equivocado, a ala conservadora do Congresso correu para tentar anular a decisão. Eles pedem agora à presidente Laura Chinchilla para que não sancione a nova lei.
O congressita Manrique Oviedo conversou com Chinchilla, dizendo que foi “enganado” e acabou “cometendo um erro” no momento da votação, afirma o jornal La Nacion. Já o conservador Justo Orozco do foi além, dizendo que “não se pode conceder direitos para quem não merece”.
Fonte:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/07/casamento-gay-e-aprovado-acidentalmente-na-costa-rica.html
2º Orooni Encontro Metropolitano de Jovens de Candomblé
2º Orooni
Encontro Metropolitano de Jovens de Candomblé.
Local: Terreiro Abassá de Ogúm, Itapoa
Data: 28 de Julho
Encontro Metropolitano de Jovens de Candomblé.
Local: Terreiro Abassá de Ogúm, Itapoa
Data: 28 de Julho
Minas Gerais ganhou a sua primeira delegacia especializada em investigação de crimes praticados contra animais e a fauna silvestre
Minas Gerais ganhou a sua primeira delegacia especializada em
investigação de crimes praticados contra animais e a fauna silvestre.
Agora, denúncias de maus-tratos contra cães, gatos, cavalos e qualquer
outro bicho poderão ser feitas na Rua Piratininga, 105, no Bairro Carlos
Prates, Região Noroeste de Belo Horizonte. A Resolução 7.499, que cria a
Delegacia Especializada de Investigação de Crimes contra a Fauna foi
publicada no diário oficial Minas Gerais de quarta-feira e uma equipe de
investigadores da Polícia Civil já foi criada, sob o comando da
delegada Maria José Mendes Quintino.
E os investigadores já têm serviço. A juíza Flávia Birchal, do Juizado Especial Criminal, expediu mandado de busca e apreensão contra um morador de Belo Horizonte que mantém dois cães sem alimentação. Os cães deverão ser recolhidos e levados para abrigo municipal ou algum órgão ligado à Sociedade Protetora dos Animais. “Já investigamos a denúncia, e o proprietário desses animais pode ser enquadrado no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais. Ele pode pegar de três meses a um ano de detenção”, disse o delegado Afrânio Lúcio Vasconcelos, da Delegacia de Qualidade de Vida e Ecologia, que divide espaço com a nova unidade.
O policial explica que a lei diferencia abuso e maus-tratos contra animais. “Abuso é quando você utiliza o animal para o trabalho exigindo mais do que o suportável para a espécie, como um cavalo que puxa carroça, por exemplo. Maus-tratos é quando você deixa de alimentar o animal ou o agride”, explica Afrânio, lembrando que a Lei 9.605 existe desde 1998 e as denúncias eram feitas em qualquer unidade policial. Em Belo Horizonte, segundo ele, a média é de 30 denúncias por mês. Denúncia podem ser feitas pelos telefones 181 e (31) 3212-1339
E os investigadores já têm serviço. A juíza Flávia Birchal, do Juizado Especial Criminal, expediu mandado de busca e apreensão contra um morador de Belo Horizonte que mantém dois cães sem alimentação. Os cães deverão ser recolhidos e levados para abrigo municipal ou algum órgão ligado à Sociedade Protetora dos Animais. “Já investigamos a denúncia, e o proprietário desses animais pode ser enquadrado no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais. Ele pode pegar de três meses a um ano de detenção”, disse o delegado Afrânio Lúcio Vasconcelos, da Delegacia de Qualidade de Vida e Ecologia, que divide espaço com a nova unidade.
O policial explica que a lei diferencia abuso e maus-tratos contra animais. “Abuso é quando você utiliza o animal para o trabalho exigindo mais do que o suportável para a espécie, como um cavalo que puxa carroça, por exemplo. Maus-tratos é quando você deixa de alimentar o animal ou o agride”, explica Afrânio, lembrando que a Lei 9.605 existe desde 1998 e as denúncias eram feitas em qualquer unidade policial. Em Belo Horizonte, segundo ele, a média é de 30 denúncias por mês. Denúncia podem ser feitas pelos telefones 181 e (31) 3212-1339
Fonte:
Pesquisa em andamento sobre homens trans está sendo realizada pelo Nuh/UFMG
O Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (Nuh) da UFMG está
realizando pesquisa sobre acesso à saúde, dados de violência e outros
direitos sociais na população de homens trans em Minas Gerais e São
Paulo - em parceria com a Associação Brasileira de Homens Trans (ABHT). A
pesquisa será realizada entre os anos de 2013 e 2014.
Resumo da pesquisa:
Resumo da pesquisa:
Projeto: Transexualidades/Transgenereidades e Saúde Pública
no Brasil: entre a invisibilidade e a demanda por políticas públicas para
homens trans
Órgão financiador:
CNPq
Equipe da UFMG: Pesquisadores - Érica Souza (Profa. Depto.
Sociologia/Antropologia), Marco Aurélio Prado (Prof. Depto. Psicologia); Leonel
Santos (doutorando), Rafaela Vasconcelos (mestranda); Sofia Repolês e Joicinele
Pinheiro (bolsistas de graduação); Colaborador: Igor Monteiro (graduado) e
Isadora França Lima (graduanda). Pesquisadora externa: Paula Machado (Profa.
Depto. Psicologia UFRGS); Colaborador externo: Leonardo Tenório (Presidente da
ABHT).
Resumo:
As/os
transexuais e transgêneros são potencialmente agentes de deslocamentos em
relação ao binarismo de gênero e à matriz heterossexual que são vivenciadas,
corporificadas, na prática. Contudo, a patologização reduz essa experiência
diversa a uma doença e busca adequar os corpos trans ao modelo binário
heterossexual. Neste sentido, reitera a norma que pressupõe a relação causal e
direta entre sexo e gênero. Nota-se que nos campos do direito, saúde, educação,
trabalho, assistência social, segurança e direitos humanos iniciativas para a
população trans ainda se encontram geminais no Brasil. No caso especificamente de
homens trans, iniciativas relacionadas à direito, saúde, educação, trabalho,
assistência social, segurança e direitos humanos ainda são menos difundidas.
Ainda que no Brasil não haja um levantamento aprofundado sobre a população
trans masculina, uma série de preocupações se faz presente concernente a essa
população, principalmente relacionadas às consequências da violência de gênero, com orientação sexual e
identidade de gênero e o acesso limitado ao Sistema de Saúde. Dentro desse contexto, a partir de estudos
internacionais e de relatos de homens trans no Brasil, destacamos os vários
tipos de violência sofridos, além do risco de morte nessa população. Nesse
sentido, entendemos que o processo de transição deva ser uma escolha do
sujeito, uma ação autônoma, garantido pelo Estado e com acesso indiscriminado à
saúde. Em outras palavras, a vivência desse processo, marcado pela
invisibilidade, num cenário de autonomia dos sujeitos trans, deveria estar
desvinculada da patologização, pois é justamente essa ausência de legitimidade
e reconhecimento da autonomia e da autodeterminação do sujeito trans, que
reforça a vulnerabilidade dos homens trans em termos jurídicos, políticos e
sociais. Neste projeto abordamos essa temática pouco problematizada com foco na
carência de visibilidade e de acesso a políticas públicas de saúde integral e
específica para homens trans. Nossa pesquisa centralizará no mapeamento exclusivo
da população trans masculina no Brasil, em especial nos Estados de Minas Gerais
e São Paulo.
Os
principais objetivos são:
ü
Mapeamento
de redes sociais, discussões e articulações políticas da população trans
realizadas através da internet
ü
Mapeamento
regional dos indivíduos e identificação do perfil socioeconômico de transexuais
masculinos (moradia, renda, escolaridade, profissão, situação familiar, acesso
à saúde);
ü
Perfil
da transexualidade (fase em relação à transição, quais as aspirações/desejos em
relação às etapas da transição, e sob quais circunstâncias e motivos pelos
quais se submeteriam – ou não - às intervenções corporais; se já modificaram os
documentos);
ü
Caracterização
das violências e discriminações a que homens trans estão submetidos, em
diversos aspectos: violências simbólicas, físicas e verbais, problemas com
empregabilidade, dificuldades do uso do nome social e de acesso à saúde.
ü
Caracterização das principais formas pelas
quais homens trans tem acesso aos equipamentos da rede de saúde pública, as
insuficiências do serviço de saúde em atender tais indivíduos, problemas
sofridos em função do não acesso aos tratamentos de saúde e quais suas
principais demandas.
Metodologicamente,
propomos duas fases da pesquisa, além da observação participante e de uma
reunião preliminar e presencial com homens trans de BH e região a fim de
subsidiar a elaboração do questionário. Primeira fase: mapeamento através da
internet (redes sociais) considerando o âmbito nacional e aplicação de
questionários online em âmbito nacional; 2ª fase: entrevistas semiestruturadas
em âmbito regional (Minas Gerais e São Paulo).
A elaboração e aplicação de
questionários será resultado do primeiro mapeamento via internet e visará a
busca de dados fundamentais para conhecimento da população e em particular um
mapeamento das principais demandas da área de saúde. A partir dos
questionários, alguns sujeitos serão selecionados para a entrevista, a fim de
aprofundar a discussão sobre as demandas e elaboração de políticas públicas no
campo da saúde para o grupo em questão, além de dados que poderão subsidiar a
formulação de políticas para a saúde, mas que, levando em conta a escassez de
informações públicas sobre esses sujeitos, propiciarão a visibilidade de homens
transexuais enquanto grupo com sérios entraves ao acesso a direitos básicos. A
observação participante se dará através da participação em atividades
presenciais por parte dos homens trans, mapeadas através das discussões online,
negociadas com os responsáveis pela organização das atividades e mediadas pelo
presidente da ABHT. Durante a observação, conversas informais e registro em
diário de campo serão ferramentas básicas.
Espera-se
que os resultados toquem em questões como: o respeito ao uso do nome social
nesses serviços; os processos de mastectomia, hormonização, histerectomia,
metoidioplastia, transgenitalização e técnicas de reprodução assistida visando
à parentalidade (gravidez do homem trans, do parceiro ou da parceira), entre
outras formas e demandas de intervenção nos corpos de homens trans. O
levantamento contribuirá para o processo de reconhecimento das diversas
demandas sociais, bem como o contexto de invisibilidade desse grupo no âmbito
das políticas públicas. Procurar-se-á compreender tanto as especificidades
demandas dos homens trans quanto as insuficiências do serviço de saúde para a
população em questão a partir de uma perspectiva regional, porém situada num
contexto nacional de invisibilidade sociocultural e política dos homens trans.
Museu londrino conta história da homossexualidade
Bustos do imperador romano Adriano (com uniforme militar, à esquerda) e de seu companheiro Antínoo
The Trustees of the British Museum
LONDRES. Enquanto o mundo começa afinal a reconhecer juridicamente os
direitos dos casais de pessoas do mesmo sexo, o British Museum acaba de
inaugurar um projeto ousado iniciado há sete anos. O livro “A little
gay history: desire and diversity across the world” (“Uma pequena
história gay: desejo e diversidade pelo mundo”, em tradução livre),
recém-publicado pela editora da instituição, é um catálogo com peças que
comprovam que o homossexualidade faz parte da história da Humanidade há
pelo menos 4 mil anos.
A publicação deve colocar ainda mais lenha na fogueira do debate que ganhou o planeta nos últimos anos. E talvez seja argumento final contra aqueles que defendiam o projeto que ficou conhecido como a “cura gay”, que tramitava no Congresso Nacional até a semana passada, quando foi engavetado.
- Não se trata da História de uma minoria, mas sim de parte da História da Humanidade. O desejo por pessoas do mesmo sexo sempre existiu em todas as culturas - disse ao GLOBO o curador do museu, Richard Parkinson, que está à frente do projeto desde 2006.
Peças selecionadas do acervo
Das milhões de peças do acervo do museu, 44 foram selecionadas em um primeiro momento para o livro, mas outras poderão ser identificadas a partir de novas pesquisas. Entre as escolhidas estão os bustos do imperador Adriano (117-138 d.C.) e do seu amante Antínoo. Este último, depois de morrer afogado no Rio Nilo com apenas 18 anos, foi declarado deus por ordem do imperador em luto, que também mandou fazer esculturas em sua homenagem e erguer uma cidade com o seu nome, Antinoópolis. De acordo com o British Museum, pesquisas realizadas com os visitantes, por ocasião de uma grande exposição sobre o imperador romano em 2008, mostravam que poucos sabiam da sua preferência por homens.
Xilogravuras eróticas japonesas também são destaques da publicação, em versões que mostram duas mulheres e dois homens fazendo sexo. Nesta última, um deles está vestido de mulher no estilo do tradicional teatro kabuki, em que atores interpretavam tanto os papéis masculinos quanto os femininos. Outra peça em destaque é a “Taça de Warren” (10 d.C.), considerada a aquisição individual mais cara já feita pelo museu, no valor de 1,8 milhão de libras (cerca de R$ 5,8 milhões). A taça de vinho romana é decorada com cenas de sexo entre homens e teria sido encontrada perto de Jerusalém. Também tem destaque uma lâmpada de cerâmica turca do século I que mostra duas mulheres fazendo sexo.
Bem antes destes objetos, no século XVIII a.C., a Epopeia de Gilgamesh, um dos poemas mais antigos de que se tem notícia, já tratava do desejo por pessoas do mesmo sexo. A tabuleta encontrada no Iraque conta a história do deus-herói Gilgamesh e seu companheiro íntimo, “o cabeludo e selvagem Enkidu”, como descreve o texto do museu. Ambos lutam e derrotam a deusa Ishtar. Enkidu, no entanto, morre pouco depois, o que leva Gilgamesh a passar o resto do poema atormentado pelo luto e tentando superar a morte do amigo. Antes mesmo de conhecê-lo, Gilgamesh fora alertado de que o amaria como uma esposa.
Para o museu, tal intimidade não significa necessariamente desejo sexual. Mas alguns historiadores discutem sobre o uso de palavras ou expressões que poderiam ser interpretados desta maneira, e se Gilgamesh e
Enkidu não eram apenas amigos, mas amantes: “uma relação homossocial ou homossexual? Não há contato sexual claro, mas a relação é descrita de maneira erótica”. O British Museum optou deliberadamente por não realizar uma exposição específica com as peças selecionadas para o catálogo. A explicação é simples: achou-se que singularizar um punhado de peças da coleção seria, mais uma vez, lidar com este tema universal como um assunto de minorias.
- Não se trata de um estudo da academia, como os que já foram feitos, que só será lido pela comunidade ou pelos acadêmicos gays. O que queremos é despertar os cidadãos em geral para o assunto. Estamos fazendo um trabalho para uma audiência maior, para todos os públicos. Esta é uma História que pertence a todos, que fez parte de todos os períodos em todas as culturas - ressaltou Parkinson.
Mesmo assim, tudo o que está no livro pode ser visto, seja virtualmente (a coleção completa do museu está disponível em www.britishmuseum.org), seja ao vivo e em cores. As coordenadas estão indicadas no site. Como nem todos os objetos estão em exibição permanente por questões de conservação, recomenda-se o agendamento prévio para estes itens específicos.
- A evidência do desejo por pessoas do mesmo sexo e as ideias de gênero foram sistematicamente deixadas de lado no passado, mas os museus, com as suas coleções, podem nos permitir olhar para trás e identificar a diversidade ao longo da História - afirmou o curador.
De acordo com Parkinson, estes tipos de evidência, muitas vezes parciais e, em alguns casos, ambíguas, foram sistematicamente escondidas ao longo da História, ou simplesmente censuradas. Assim, o projeto do livro começou quando o museu foi procurado por uma especialista que queria reunir essas informações do passado. O curador admitiu que a iniciativa enfrentou algumas dificuldades básicas, tais como a escolha das melhores palavras para tratar o tema. Para ele, o emprego do termo “gay” está longe de ser o mais adequado. O ideal seria “desejo por pessoas do mesmo sexo”, que acredita estar mais descolado de rótulos, mas, reconheceu, ele não atingiria o público geral com o mesmo entendimento.
- Estamos falando do rótulo. Existem muitas maneiras de ser gay, não só os estereótipos, e acho que “desejo por pessoas do mesmo sexo” é mais adequado para falar deste passado mais distante. Não dá para usar o mesmo rótulo dos dias de hoje - avaliou.
As peças no catálogo, que já está à venda na loja do museu e nas principais livrarias londrinas, também incluem objetos modernos, tais como bótons de campanhas pelos direitos homossexuais.
A publicação deve colocar ainda mais lenha na fogueira do debate que ganhou o planeta nos últimos anos. E talvez seja argumento final contra aqueles que defendiam o projeto que ficou conhecido como a “cura gay”, que tramitava no Congresso Nacional até a semana passada, quando foi engavetado.
- Não se trata da História de uma minoria, mas sim de parte da História da Humanidade. O desejo por pessoas do mesmo sexo sempre existiu em todas as culturas - disse ao GLOBO o curador do museu, Richard Parkinson, que está à frente do projeto desde 2006.
Peças selecionadas do acervo
Das milhões de peças do acervo do museu, 44 foram selecionadas em um primeiro momento para o livro, mas outras poderão ser identificadas a partir de novas pesquisas. Entre as escolhidas estão os bustos do imperador Adriano (117-138 d.C.) e do seu amante Antínoo. Este último, depois de morrer afogado no Rio Nilo com apenas 18 anos, foi declarado deus por ordem do imperador em luto, que também mandou fazer esculturas em sua homenagem e erguer uma cidade com o seu nome, Antinoópolis. De acordo com o British Museum, pesquisas realizadas com os visitantes, por ocasião de uma grande exposição sobre o imperador romano em 2008, mostravam que poucos sabiam da sua preferência por homens.
Xilogravuras eróticas japonesas também são destaques da publicação, em versões que mostram duas mulheres e dois homens fazendo sexo. Nesta última, um deles está vestido de mulher no estilo do tradicional teatro kabuki, em que atores interpretavam tanto os papéis masculinos quanto os femininos. Outra peça em destaque é a “Taça de Warren” (10 d.C.), considerada a aquisição individual mais cara já feita pelo museu, no valor de 1,8 milhão de libras (cerca de R$ 5,8 milhões). A taça de vinho romana é decorada com cenas de sexo entre homens e teria sido encontrada perto de Jerusalém. Também tem destaque uma lâmpada de cerâmica turca do século I que mostra duas mulheres fazendo sexo.
Bem antes destes objetos, no século XVIII a.C., a Epopeia de Gilgamesh, um dos poemas mais antigos de que se tem notícia, já tratava do desejo por pessoas do mesmo sexo. A tabuleta encontrada no Iraque conta a história do deus-herói Gilgamesh e seu companheiro íntimo, “o cabeludo e selvagem Enkidu”, como descreve o texto do museu. Ambos lutam e derrotam a deusa Ishtar. Enkidu, no entanto, morre pouco depois, o que leva Gilgamesh a passar o resto do poema atormentado pelo luto e tentando superar a morte do amigo. Antes mesmo de conhecê-lo, Gilgamesh fora alertado de que o amaria como uma esposa.
Para o museu, tal intimidade não significa necessariamente desejo sexual. Mas alguns historiadores discutem sobre o uso de palavras ou expressões que poderiam ser interpretados desta maneira, e se Gilgamesh e
Enkidu não eram apenas amigos, mas amantes: “uma relação homossocial ou homossexual? Não há contato sexual claro, mas a relação é descrita de maneira erótica”. O British Museum optou deliberadamente por não realizar uma exposição específica com as peças selecionadas para o catálogo. A explicação é simples: achou-se que singularizar um punhado de peças da coleção seria, mais uma vez, lidar com este tema universal como um assunto de minorias.
- Não se trata de um estudo da academia, como os que já foram feitos, que só será lido pela comunidade ou pelos acadêmicos gays. O que queremos é despertar os cidadãos em geral para o assunto. Estamos fazendo um trabalho para uma audiência maior, para todos os públicos. Esta é uma História que pertence a todos, que fez parte de todos os períodos em todas as culturas - ressaltou Parkinson.
Mesmo assim, tudo o que está no livro pode ser visto, seja virtualmente (a coleção completa do museu está disponível em www.britishmuseum.org), seja ao vivo e em cores. As coordenadas estão indicadas no site. Como nem todos os objetos estão em exibição permanente por questões de conservação, recomenda-se o agendamento prévio para estes itens específicos.
- A evidência do desejo por pessoas do mesmo sexo e as ideias de gênero foram sistematicamente deixadas de lado no passado, mas os museus, com as suas coleções, podem nos permitir olhar para trás e identificar a diversidade ao longo da História - afirmou o curador.
De acordo com Parkinson, estes tipos de evidência, muitas vezes parciais e, em alguns casos, ambíguas, foram sistematicamente escondidas ao longo da História, ou simplesmente censuradas. Assim, o projeto do livro começou quando o museu foi procurado por uma especialista que queria reunir essas informações do passado. O curador admitiu que a iniciativa enfrentou algumas dificuldades básicas, tais como a escolha das melhores palavras para tratar o tema. Para ele, o emprego do termo “gay” está longe de ser o mais adequado. O ideal seria “desejo por pessoas do mesmo sexo”, que acredita estar mais descolado de rótulos, mas, reconheceu, ele não atingiria o público geral com o mesmo entendimento.
- Estamos falando do rótulo. Existem muitas maneiras de ser gay, não só os estereótipos, e acho que “desejo por pessoas do mesmo sexo” é mais adequado para falar deste passado mais distante. Não dá para usar o mesmo rótulo dos dias de hoje - avaliou.
As peças no catálogo, que já está à venda na loja do museu e nas principais livrarias londrinas, também incluem objetos modernos, tais como bótons de campanhas pelos direitos homossexuais.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/historia/museu-londrino-conta-historia-da-homossexualidade-8937034#ixzz2YmvVP2QO
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Seminário "Direito dos Povos de Terreiro: direito urbanístico em face dos terreiros"
O
seminário "Direito dos Povos de Terreiro: direito urbanístico em face
dos terreiros" tem por tema esta comunidade tradicional ignorada nas
políticas públicas, cujos parcos direitos assegurados são constantemente
violados. Os discentes da disciplina direito urbanístico apresentarão
palestras sobre a legalização da situação fundiária de terreiros,
tombamento, reconhecimento de imunidade tributária e como o planejamento
urbano pode incorporar a proteção de seus territórios. O público alvo
do evento são os povos de terreiro do Município
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Oficina para meninas e mulheres que querem aprender a programar projetos web em SP
Evento - São Paulo
RodAda Hacker, dia 27 de julho, no Pacaembu.
Uma oficina para meninas e mulheres que querem aprender a programar projetos web, além de trocar, compartilhar e construir projetos incríveis na rede. Um dia inteiro de mão-na-massa para quem quer aprender fazendo e se divertindo!
Mais informações: http://rodadahacker.com/
Fonte:
RodAda Hacker, dia 27 de julho, no Pacaembu.
Uma oficina para meninas e mulheres que querem aprender a programar projetos web, além de trocar, compartilhar e construir projetos incríveis na rede. Um dia inteiro de mão-na-massa para quem quer aprender fazendo e se divertindo!
Mais informações: http://rodadahacker.com/
Fonte:
A ancestralidade da cultura Afro em cena no Teatro Sesi Rio Vermelho – Lenda das Yabás.
A ancestralidade da cultura Afro em cena no Teatro Sesi Rio Vermelho – Lenda das Yabás.
O QUE: Espetáculo “Lenda das Yabás”
QUANDO: Sábados de Julho, às 20:h.
ONDE: Teatro Sesi Rio Vermelho (Rua Borges dos Reis, 09, Salvador, Rio Vermelho)
INGRESSOS: R$ 20, (int.) – R$ 10, (meia) – Classificação: 16 anos
CONTATOS: 71- 3018-7122/ 3328-3628 – www.lendadasyabas.blogspot .com.br
RESUMO SOBRE O ESPETÁCULO:
O Espetáculo Lenda das Yabás, que está em cartaz há ininterruptos seis meses, realiza no Teatro Sesi Rio Vermelho aos Sábados (06, 13, 20 e 27) de Julho ás 20h.
A encenação que tem texto e direção de Fábio S. Tavares (Escombros, Benedita, Fogueira) apresenta a história da ancestralidade da cultura afro-brasileira utilizando-se das lendas de sete Yabás: Yansã, Obá, Ewá, Oxum, Nanã, Otim e Yemanjá descrevendo a fúria de um Deus (Olorum) que age de acordo com suas emoções. O espetáculo traz os Orixás em forma humana e sua dramaturgia valoriza a oralidade das personagens frisando que todo ser vivo possui uma parcela divina sendo capaz de se conectar com Deus com base nas suas energias e ações emitidas.
A história contada pelos 22 atores da Companhia de Teatro Terra Brasilis se localiza num passado e tempo indefinidos onde revoltado com a destruição e discórdias que os homens vêm causando a aiê (Terra) Olorum infertiliza as mulheres (as Yabás) e prende a chuva para que a terra fique seca causando a extinção da raça humana. Exu, que consegue chegar a Olorum tornando-se guardião do segredo que poderá salvar os homens e a Terra da destruição aproveitando-se da situação e ao longo de toda história causa diversas armadilhas buscando a vingança pelo mau que os homens lhe causaram exigindo festa e comida para revelar o segredo até que Oxalá vem ao reino de Xangô para selar a paz entre Olorum e os homens transformando-os em orixás e conscientizando os Seres que ali antes viviam sem valorizar o que lhes é dado de forma generosa pelo Deus Maior.
O QUE: Espetáculo “Lenda das Yabás”
QUANDO: Sábados de Julho, às 20:h.
ONDE: Teatro Sesi Rio Vermelho (Rua Borges dos Reis, 09, Salvador, Rio Vermelho)
INGRESSOS: R$ 20, (int.) – R$ 10, (meia) – Classificação: 16 anos
CONTATOS: 71- 3018-7122/ 3328-3628 – www.lendadasyabas.blogspot
RESUMO SOBRE O ESPETÁCULO:
O Espetáculo Lenda das Yabás, que está em cartaz há ininterruptos seis meses, realiza no Teatro Sesi Rio Vermelho aos Sábados (06, 13, 20 e 27) de Julho ás 20h.
A encenação que tem texto e direção de Fábio S. Tavares (Escombros, Benedita, Fogueira) apresenta a história da ancestralidade da cultura afro-brasileira utilizando-se das lendas de sete Yabás: Yansã, Obá, Ewá, Oxum, Nanã, Otim e Yemanjá descrevendo a fúria de um Deus (Olorum) que age de acordo com suas emoções. O espetáculo traz os Orixás em forma humana e sua dramaturgia valoriza a oralidade das personagens frisando que todo ser vivo possui uma parcela divina sendo capaz de se conectar com Deus com base nas suas energias e ações emitidas.
A história contada pelos 22 atores da Companhia de Teatro Terra Brasilis se localiza num passado e tempo indefinidos onde revoltado com a destruição e discórdias que os homens vêm causando a aiê (Terra) Olorum infertiliza as mulheres (as Yabás) e prende a chuva para que a terra fique seca causando a extinção da raça humana. Exu, que consegue chegar a Olorum tornando-se guardião do segredo que poderá salvar os homens e a Terra da destruição aproveitando-se da situação e ao longo de toda história causa diversas armadilhas buscando a vingança pelo mau que os homens lhe causaram exigindo festa e comida para revelar o segredo até que Oxalá vem ao reino de Xangô para selar a paz entre Olorum e os homens transformando-os em orixás e conscientizando os Seres que ali antes viviam sem valorizar o que lhes é dado de forma generosa pelo Deus Maior.
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