sexta-feira, 24 de maio de 2013

Vítima de homofobia, rapaz é brutalmente espancado no Rio

Todos ao ato contra a homofobia neste sábado, dia 25 de maio, às 21h

 

O jornalista, Fernando Soares, agredido por defender amigos em bar


Marília Macedo, da Secretaria Nacional LGBT do PSTU

Mais um caso de homofobia chocou o Rio de Janeiro no último dia 18 de maio, sábado. Fernando Soares jornalista, militante de movimentos sociais e realizador de trabalho de educação popular foi brutalmente agredido no Bar Sinuca de Bico, na Lapa. O rapaz estava com num grupo de dez amigos comemorando um aniversário neste estabelecimento, quando cinco homens de uma mesa ao lado que, segundo relatos de testemunhas, são frequentadores assíduos do bar, começaram a agredir verbalmente alguns amigos de Fernando com xingamentos homofóbicos.
Inconformado com o preconceito, Soares foi à mesa dos agressores para tentar acalmar os ânimos, mas os homens não esboçaram nenhuma reação naquele momento. Quando os amigos estavam indo embora, o rapaz foi ao banheiro, onde foi agredido covarde e brutalmente com socos na cabeça até cair no chão desacordado. Ao cair, o rapaz bateu com a cabeça na pia, por isso teve concussão cerebral, além da mandíbula fraturada. Minutos depois os amigos o encontraram completamente ensanguentado e o levaram para UPA de Botafogo, de onde foi encaminhado para o hospital Miguel Couto. Fernando já passou por uma bateria de exames e, segundo sua irmã, está lúcido, fora de perigo e deve ter alta em breve.
A família de Fernando Soares registrou a ocorrência nesse dia 21 na 5ª DP (Gomes Freire - Lapa). O delegado titular da 5ª DP, Alcides Alves Pereira, afirmou que, ao tomar conhecimento do fato pela imprensa, policiais da unidade foram ao hospital Miguel Couto hoje para ouvir a vítima. Os agentes também foram ao bar Sinuca de Bico para conversar com os proprietários em busca de possíveis testemunhas do crime. Segundo a assessoria da Polícia Civil do Rio, depois de receber alta, Soares passará por um exame de corpo de delito e a polícia buscará imagens de câmeras de segurança no entorno do bar, já que o mesmo não possui o equipamento.
A dura realidade dos jovens trabalhadores LGBT's
Apesar de não ser homossexual, Fernando foi covardemente espancado porque ousou defender a causa LGBT. A agressão sofrida pelo jornalista é mais uma prova cabal de que há uma onda de violência homofóbica em nosso país, que choca pela brutalidade e crueldade com que os assassinos matam os homossexuais, além da naturalidade com a qual julgam-se “no direito” de matá-los. Lamentavelmente, casos como esses tornam-se cada vez mais comuns. Em abril, o jovem trabalhador Eliwellton da Silva Lessa, de 22 anos, foi atropelado três vezes por um homofóbico em São Gonçalo e faleceu no dia 2 de maio.
As poucas estatísticas existentes, produzidas pelo próprio movimento (Grupo Gay da Bahia),  apontam que centenas de LGBT’s são assassinados todos os anos, o que torna o Brasil líder no ranking de assassinatos homofóbicos. No Brasil, pelo menos um LGBT é assassinado a cada 31 horas. Segundo o GGB, os jovens entre 20 e 29 anos representam 46% das vítimas de assassinatos.
A maioria das vítimas são adolescentes e jovens trabalhadores, muitas vezes dos setores mais precarizados (telemarketing, faxina, comércio e etc.), que recebem salário mínimo e não podem pagar para se refugiar nos “guetos” gays, frequentados pela classe média e pela burguesia e, assim, exercer “livremente” sua sexualidade. Por isso, estão mais expostos, cotidianamente, a todo tipo de violência homofóbica.  Neste sentido, a cidadania LGBT tão alardeada pelas ONG’s e outras organizações do movimento, infelizmente, é só para os que podem pagar.
Para barrar a onda de violência, criminalização da homofobia já!
Apesar desta realidade alarmante, a homofobia ainda não é crime em nosso país. Este fato cria um terreno fértil à naturalização da homofobia que se manifesta na intolerância e nas variadas formas de violência física e psicológica, bestializando os LGBT’s e banalizando seu direito à vida.
Os governantes têm muita responsabilidade sobre esta realidade. Em 10 anos, o governo do PT, que tem maioria no Congresso, teve a oportunidade de aprovar a criminalização da homofobia. Contudo, contrariando as expectativas e a confiança que criou através do seu discurso pró-direitos LGBT's, o governo permitiu, com o aval de Dilma, que o senador homofóbico Marcelo Crivella retalhasse o PLC 122 (que criminaliza a homofobia), suspendeu o kit anti-homofobia nas escolas para salvar o ex-ministro Chefe da Casa Civil, Antônio Palocci de uma CPI, além de ter se retirado da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados para entregá-la ao controle do reacionário Partido Social Cristão (PSC) que elegeu o reconhecido machista, homofóbico e racista Marco Feliciano para a presidência da mesma.  
O Governo Federal fez uma opção política em não se chocar com um setor importante da sua base aliada no Congresso: a bancada evangélica e católica que faz coro contra a pauta do movimento. Para mantê-los como aliados e garantir a governabilidade necessária à implementação de suas principais medidas econômicas, Dilma utiliza os direitos LGBT’s como moeda de troca e, ao mesmo tempo, com um discurso “progressivo” segue iludindo diversos setores do movimento. Esta postura acaba fortalecendo a bancada homofóbica e suas figuras públicas, criando um clima favorável a proliferação da violência homofóbica.
Precisamos reagir e através da nossa mobilização exigir dos governos, principalmente, do Governo Federal a criminalização da homofobia e outras medidas de combate à violência como a introdução do kit anti-homofobia nas escolas, além da punição dos agressores de Fernando Soares. Estar ao lado do conjunto dos trabalhadores é muito importante para nos fortalecermos, pois o fim da homofobia pressupõe o fim da exploração que nela está apoiada. Somente na luta podemos transformar esta sociedade, que explora os trabalhadores e utiliza a homofobia para aprofundar essa exploração, numa sociedade verdadeiramente igualitária e livre, numa sociedade socialista!
Todos ao ato contra a homofobia neste sábado, dia 25 de maio, às 21h, com concentração em frente ao Big Bi!
  • Fora Feliciano e o PSC da CDHM!
  • Criminalização da homofobia, já!
  • Punição aos agressores de Fernando Soares!
  • Em defesa do kit anti-homofobia nas escolas!
  • Pela construção de uma sociedade socialista!
  • Todos e todas ao I Encontro Nacional LGBT da CSP-Conlutas dias 28, 29 e 30 de junho
Fonte:
http://www.pstu.org.br/node/19415

Pense Nisso...

Vereador quer a volta dos rodeios em Campinas

Projeto do legislador tem o objetivo de derrubar a lei que proíbe a realização de eventos na cidade
 
23/05/2013 - 22h04 - Atualizado em 24/05/2013 - 07h20 | Bruna Mozer
bruna.pinto@rac.com.br 
A realização do rodeio foi proibida durante a gestão da prefeita Izalene Tiene                   A realização do rodeio foi proibida durante a gestão da prefeita Izalene Tiene

O vereador Gilberto Cardoso (PSDB), o Vermelho, quer revogar a lei que proíbe rodeios em Campinas. Ele protocola nesta sexta-feira (24) projeto de lei e, segundo apurou a reportagem, tem apoio de boa parte dos vereadores, que é a favor desse tipo de festa em Campinas.

A realização do rodeio foi proibida durante a gestão da prefeita Izalene Tiene (PT). Ativistas defendem que a prática se caracteriza como maus-tratos aos animais.

Vermelho afirma que vai pedir urgência na aprovação do projeto na sessão da próxima segunda-feira (27). Para isso, ele precisa da assinatura de seus colegas na Casa. “Os vereadores já se manifestaram a favor. Deve ser aprovado com tranquilidade”, disse. Se aprovado, o projeto tem de passar por aval do prefeito Jonas Donizette (PSB).

Segundo Vermelho, a volta dos rodeios na cidade é uma reivindicação dos moradores da região do Campo Grande, seu reduto eleitoral. Afirma que o evento terá de seguir todos os quesitos de segurança, como alvará e laudo do Corpo de Bombeiros, além de ter respeito com os animais.

Sua intenção é motivar esse tipo de festa nas regiões do Campo Grande e Ouro Verde. “A nossa preocupação é trazer cultura e diversão com muita segurança para a população”, disse.

A polêmica em torno dos rodeios ocorreu em 2004, quando o ex-vereador Sebastião dos Santos (PMDB) apresentou projeto para que os rodeios fossem permitidos novamente em Campinas. Associações e pessoas ligadas aos movimentos em defesa dos animais travaram um embate com os vereadores e associações que representam os profissionais e organizadores desses eventos na cidade.

Apesar de ter sido aprovado pelos vereadores, o prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos (PDT) vetou a lei. Argumentou, na época, que a Região Metropolitana de Campinas (RMC) conta com dois rodeios de grande porte — Jaguariúna e Americana — e que os aspectos econômicos positivos, como aumento na arrecadação de imposto, justificados pelo vereador não tinham sustentação.
 
Fonte:
http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/05/capa/campinas_e_rmc/62752-vereador-quer-a-volta-dos-rodeios-em-campinas.html


ESTRÉIA DE DOCUMENTÁRIO SOBRE HOMEM TRANSSEXUAL :


o Documentário "Olhe pra mim de novo" contará a vida de Sillvyo Nobrega , mostrando sua trajetória enquanto transexual e nordestino , levando a temática do preconceito , e mostrando que mesmo não sendo homossexuais sofrem exclusão humana e social , o documentário aborda de forma natural e simples o dia a dia de um homem trans sem maquiagem ou máscaras um homem simples e comum como qualquer outro.


Prêmio Abdias Nascimento abre inscrições

Estão abertas até 31 de julho de 2013 as inscrições para a 3ª edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento. Podem concorrer jornalistas profissionais de todo o país. Serão distribuídos R$ 35 mil em prêmios, em sete categorias.

Criado para valorizar o conteúdo jornalístico capaz de tornar visível o racismo como fator estrutural das desigualdades socioeconômicas do Brasil, o Prêmio simboliza a busca por um jornalismo plural, que valorize a diversidade brasileira. Em 2013, para facilitar as adesões, serão recebidas somente inscrições pela internet.

Segundo a coordenadora desta edição, Sandra Martins, um dos desafios este ano é aumentar os inscritos nas categorias Mídia Alternativa/Comunitária e Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros, além de mobilizar mais profissionais do Norte, do Nordeste, do Centro-oeste e do Sul, sensibilizando para temas que são foco do Prêmio.

"Dar visibilidade aos problemas da população negra brasileira, em especial das mulheres negras, de forma equilibrada e positiva na mídia, rompendo com o ciclo de repetição de estereótipos, é um desafio para ao jornalismo no país", afirmou Sandra, que também coordena a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), organizadora da iniciativa.

Serão aceitas reportagens inéditas, publicadas ou veiculadas na imprensa brasileira entre 1 de agosto de 2012 e 31 de julho de 2013. Saiba mais no Regulamento.

Lançado em 2011 pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ), por meio da Cojira-Rio, o Prêmio homenageia o ex-senador Abdias Nascimento, ícone da luta contra o racismo e defensor dos direitos humanos, falecido naquele ano.

Categoria Formato Prêmio
Mídia Impressa PDF e/ou link. R$ 5 mil
Televisão Link da reportagem + roteiro em PDF. Também serão aceitos vídeos hospedados no site Youtube. R$ 5 mil
Rádio Link da reportagem + roteiro em PDF. Também serão aceitos áudios hospedados nos sites Youtube e Radiotube. R$ 5 mil
Mídia Alternativa/Comunitária Ver as orientações de cada categoria. R$ 5 mil
Internet PDF e/ou link. R$ 5 mil
Fotografia Até 900 pixels em formato JPEG R$ 5 mil
Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros Ver as orientações de cada categoria. R$ 5 mil

A iniciativa conta com apoio das Cojiras de Alagoas, do Distrito Federal, de São Paulo e da Paraíba, além do Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros e da Diretoria de Relações de Gênero e Promoção da Igualdade Racial dos Sindicatos do Rio Grande do Sul e da Bahia, respectivamente. As entidades integram a Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Étnico-racial (Conajira), da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj).

Sobre Abdias Nascimento:
O ex-senador Abdias Nascimento se tornou ícone da defesa dos direitos humanos e do combate ao racismo. Desenvolveu vasta produção intelectual como ativista, político, artista plástico, escritor, poeta e dramaturgo. Natural de São Paulo, participou dos primeiros congressos de negros. No Rio, criou o Teatro Experimental do Negro (TEN).

abdias interna

Como jornalista, foi repórter do Jornal Diário e trabalhou em vários periódicos. Fundou o Jornal Quilombo e  foi filiado ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio. Acumulou vários títulos, entre eles, o de professor emérito da Universidade de Nova York e Doutor Honoris Causa da Universidade de Brasília e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Acesse o regulamento: www.premioabdiasnascimento.org.br
Realização: Cojira-Rio /SJPMRJ
Patrocínio: Ford Foundation, Fundo Baobá e Oi
Parceria: Fenaj, Ipeafro, UNIC-Rio, Cultne e Sated
Apoio: W. K. Kellogg Foundation, Fundação Palmares e ANPR
Informações: (21) 3906-2450
Fale conosco:  premioabdiasnascimento@gmail.com


Fonte: Palmares

Juíza Sônia Moroso é a primeira magistrada a casar-se com outra mulher no Brasil

É o primeiro caso no Brasil em que uma magistrada assume sua relação homoafetiva. Sônia Maria Mazzetto Moroso, da 1ª Vara Criminal de Itajaí (SC), casou-se com a servidora municipal Lilian Regina Terres.

Juiza Sônia Moroso união homoafetiva
Sônia e a companheira comemoram união estável homoafetiva

A juíza Sônia Maria Mazzetto Moroso, titular da 1ª Vara Criminal de Itajaí (SC) assinou no sábado o documento que a torna casada com Lilian Regina Terres, servidora pública municipal. Esta é a primeira união civil homoafetiva registrada em Santa Catarina, após a decisão do STF.

A primeira do Brasil ocorreu em Goiânia (GO), no dia 9 de maio, entre Liorcino Mendes e Odílio Torres. Até agora, ninguém da magistratura brasileira tinha antes, assumido publicamente esse tipo de relacionamento.

É a primeira pelo menos no Estado de Santa Catarina e eu sou a primeira juíza brasileira a assumir, comemorou Sônia.

Ela e Lilian já tinham um relacionamento estável antes da união oficial. Elas se uniram no dia 29 de maio do ano passado, numa cerimônia abençoada pela religião umbandista.

O juiz Roberto Ramos Alvim, da Vara de Família da comarca, autorizou o casamento civil das duas mulheres. O ato foi, então, celebrado no Cartório Heusi.

Familiares e amigos delas acompanharam a cerimônia. Rafaello, filho da juíza Sônia, também estava presente e ansioso pela união. O meu filho me chama de mãe e se dirige à Lilian como mamusca, conta Sônia.

Com o casamento, Lilian e Sônia decidiram acrescentar os sobrenomes uma da outra, ficando Sônia Maria Mazzetto Moroso Terres e Lilian Regina Terres Moroso.


Fonte:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/07/juiza-sonia-moroso-e-primeira.html
Ano de 2011